Olho para um lado, quase por cima do ombro direito e na minha cabeça:
Um dia após o Natal. Cansado de estar deitado e lendo saio por aí. Perto de minha casa tem uma mata e em três anos ou mais nunca me aventurei por ela. O que será que encontrarei? Um casal ou duas pessoas fazendo o que eu gostaria de estar fazendo? Um cadáver recém largado lá por algum traficante?
Mas eu, Benito, sou um rebelde sem causa, não um suicida.
Rita Lee diz que “o mundo é tão... chatinho”.
E acho que ela está certa.
Não gosto de estar aqui, onde a vida se resume em perder ou vencer.
Para os vencedores, tudo.
Para quem perde, só a pequenês.
Eu sou um rebelde sem causa, não um suicida.
Rita Lee diz que “o mundo é tão... chatinho”.
E acho que ela está certa.
Não gosto de estar aqui, onde a vida se resume em perder ou vencer.
Para os vencedores, tudo.
É uma delícia o sabor da vitória. Eu sei.
Do solitário na quadra da escola fiz o melhor lançamento de vôlei.
Todos me olharam... parabenizaram...
Tenho também três brigas. Gritos de incentivo ao sangue. Perdi uma. Ganhei uma e a outra não sei.
Quando vejo uma vitória ou, dependendo do ponto de vista, derrota e o mundo se rejubilando com o vencedor em volta do perdedor só com sua dor... Não consigo achar graça.
Eu sou um rebelde sem causa, não um suicida.
Rita Lee diz que “o mundo é tão... chatinho”.
E acho que ela está certa.
Não gosto de estar aqui, onde a vida se resume em perder ou vencer.
Para quem perde, só a pequenês.
É um horror o sabor da derrota. Eu sei.
Quando penso nas minhas derrotas. Quanta vergonha.
Um treinamento. A técnica: escolher um para todos irem contra. Fui chamado, fui tratado “vampiro de energia”. Rirri. Mantive-me forte. Sóbrio na solidão. Coração machucado. Olhar firme.
Quando olho para quem perde. Quanta dor me vêm.
Não gosto de estar aqui.
Eu sou um rebelde sem causa, não um suicida.
Rita Lee diz que “o mundo é tão... chatinho”.
E acho que ela está certa.
Não gosto de estar aqui, onde a vida se resume em perder ou vencer.
Para os vencedores, tudo.
Para quem perde, só a pequenês.
Sou um rebelde sem causa, não um suicida.
Hoje a vida é tão boa. Não há mais Ditadura no Brasil.
Só há o panes et futebol et carnaval.
Hoje a vida é tão bela. Não há pelo que lutar.
E por que não me sinto feliz? O que está errado? O quê?
Quero uma causa.
Não para lutar, mas para viver.
Quero um mundo onde não haja vencedores e muito menos perdedores.
Talvez aí esteja o erro. Não temos a causa:
Fazer da Terra o Mundo Ideal.
Olho para um lado, quase por cima do ombro esquerdo e na minha cabeça:
Segunda de carnaval. Cansado de estar deitado e lendo saio por aí. Já falei da mata e da aventura que tive nela. Vi uma bela mata com um cupinzeiro e algum lixo. E só.
Quero fazer da Terra o Mundo Ideal
Do Brasil seu mais lindo Jardim
E de Minas, seu coreto.
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