1° a imagem.
2° um texto sério.
3° algo ameno e interessante.
Companheirada
Algumas datas sao importantes e devem ser lembradas sempre. Uma delas e o 1° de maio, dia do Trabalhador(a). E uma data que procuramos resgatar nossas lutas, reafirmar nossos sonhos e praticar a unidade e solidariedade. Este ano se conseguiu uma grande conquista política: com exceção da CGT, as centrais se unificaram com os movimentos sociais. Assumindo o nosso principio: unidade na diversidade. Somos todos trabalhadores (as). Todos (as) sabemos como se busca jogar sobre as nossas costas a responsabilidade de uma crise gerada pelo capital. Por isto, convidamos a toda a companheirada para estar presente no dia 30 de abril, na Praça da Rodoviária. A concentração inicia as 14 horas, com o inicio do ato as 17, com uma passeata. TEMA: NAO VAMOS PAGAR PELA CRISE. Cada movimento pode e deve levar sua forma de se manifestar, de dar visibilidade a sua luta.
ESPERAMOS POR TODA A COMPANHEIRADA.
O movimento que precisar de ônibus pode fazer contato com o comitê mineiro (32613468 - Diana), pelo E-mail da CUT cutmg@terra.com.br, ou pelo faz 2102-1900 dizendo a quantidade de pessoas, endereço detalhado, e a pessoa responsável com telefone. Ate segunda feira.
Vamos a luta companheirada.
Acima carta que recebi da grandiosa Dirlene e abaixo texto que recebi do meu caro Aroldo Chagas.
No Curso de Medicina, o professor se dirige ao aluno e pergunta:
-Quantos rins nós temos?
-Quatro! - Responde o aluno.
-Quatro? - Replica o professor, arrogante, daqueles que sentem prazer em tripudiar sobre os erros dos alunos.
-Traga um feixe de capim, pois temos um asno na sala. - ordena o professor a seu auxiliar.
-E para mim um cafezinho! - Replicou o aluno ao auxiliar do mestre.
O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala. O aluno era, entretanto, o humorista Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), mais conhecido como o 'Barão de Itararé'.
Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre:
-O senhor me perguntou quantos rins 'nós temos'. 'Nós' temos quatro: dois meus e dois seus. 'Nós' é uma expressão usada para o plural.Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.
A vida exige muito mais compreensão do que conhecimento! Às vezes as pessoas, por terem um pouco a mais de conhecimento ou 'acreditarem' que o tem, se acham no direito de subestimar os outros...
E haja capim!!!
PERCEPÇÕES E CONCEPÇÕES DE UM ARTEIRO ARTISTA E DE UM ARTISTA CIDADÃO.
sábado, 25 de abril de 2009
sexta-feira, 24 de abril de 2009
CABEÇA CHEIA
Depois da oficina “La Lactricia”, ministrada por Sandra Bittencourt. Andando pela BR por cerca de uma hora, saindo da Biblioteca Central de Idéias até o fim do Centro de Ipatinga (que não fica na verdade no centro da cidade) depois das 17 horas o trânsito terrível. Vum. Vuum. Bi. Vuuuuuuum. Vum. Um pequeno elástico roliço vermelho sobre um galhinho. Piso no galhinho e o elástico pula batendo em minha calça. Três passos e paro. Que isso? Volto e olho. Uma cobrinha vermelho-alaranjada. Cabeça preta. Coral? Falsa coral? Pensei. O que importa é que torci e indagora torço para que ela tenha uma boa e longa vida. Continuo andando. Vum. Vuuuuuuuum. Ôapé. Vuuuuuuuum. Vum. As coisas começam a girar. Leve sensação de enjôo. Continuo andando. E qual é o ponto alto de nossa estória? Se quer saber, você que se vire... Uarrarrá.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
QUADRADOS AMARELOS E CORAÇÕES VERMELHOS
Eu saio comigo na minha pessoa e
encontro você consigo na sua pessoa.
Enquanto eu me prendo a mim mesmo
você se abre para mim.
Convivemos tanto que tento me libertar de mim mesmo
mas você, cansado de se anular, começa a se segurar.
Chocamos.
Primeiro eu e você.
Depois você e eu.
Cada um se prendendo a si.
Finalmente, você se parte para eu entrar.
Eu entrando em você cresço.
E ambos já abertos e crescidos
Ficamos um só ser em dois indivíduos.
encontro você consigo na sua pessoa.
Enquanto eu me prendo a mim mesmo
você se abre para mim.
Convivemos tanto que tento me libertar de mim mesmo
mas você, cansado de se anular, começa a se segurar.
Chocamos.
Primeiro eu e você.
Depois você e eu.
Cada um se prendendo a si.
Finalmente, você se parte para eu entrar.
Eu entrando em você cresço.
E ambos já abertos e crescidos
Ficamos um só ser em dois indivíduos.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
MALARRUMADA
Caro amigo repasse a seus amigos e inimigos tambem.
Se der apareça por la, para uma conversa.
Convidamos quem estiver por perto e longe tambem...
Papo de Anjo - Cia. Malarrumada
(Oficina e Bate Papo - Uma hora antes oficina e depois da apresentação Bate Papo - Todos são nossos convidados)
18.04.09
Parque Ipanema - Ipatinga ás 16:00
19.04.09
Praça da Estação - Coronel Fabriciano ás 10:00
Avise os amigos o balão pode ser seu...hão hão oh balão.
Abraços
Marcelo Oliveira
Cia.Malarrumada
Se der apareça por la, para uma conversa.
Convidamos quem estiver por perto e longe tambem...
Papo de Anjo - Cia. Malarrumada
(Oficina e Bate Papo - Uma hora antes oficina e depois da apresentação Bate Papo - Todos são nossos convidados)
18.04.09
Parque Ipanema - Ipatinga ás 16:00
19.04.09
Praça da Estação - Coronel Fabriciano ás 10:00
Avise os amigos o balão pode ser seu...hão hão oh balão.
Abraços
Marcelo Oliveira
Cia.Malarrumada
quinta-feira, 16 de abril de 2009
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Oi pessoal
A ocupacao Dandara, realizada na madrugada de 09/04/09 com 150 famílias, pelo Fórum de Moradia do Barreiro, Brigadas Populares e MST, no Ceu Azul que tem um terreno com 40 hectares e está abandonado desde a década de 70, tem tambem uma dívida acumulada de impostos na casa de 18 milhões de reais. A Construtora Modelo (http://www.construtoramodelo.com.br) que se alega proprietária, conseguiu o final da tarde de hoje, a reintegracao de posse. Os advogados da ocupacao vao entrar amanha pela manha, com o agravo contra a liminar de despejo. Estamos todos torcendo para que os advogados do movimento consigam este agravo pois a ocupacao que iniciou com 150 familia, hoje, apenas 5 dias depois da ocupacao, ja conta com mais de mil familias. O que nos podemos fazer para fortalecer esta luta e fazer o maximo de divulgacao, esperando que o judiciario faça justica social e suspenda a liminar.
Maiores informações nos telefones
31 85223029
31 97026725
Saudacoes
Dirlene
-- Um outro mundo é possível. um outro brasil é necessário!
A ocupacao Dandara, realizada na madrugada de 09/04/09 com 150 famílias, pelo Fórum de Moradia do Barreiro, Brigadas Populares e MST, no Ceu Azul que tem um terreno com 40 hectares e está abandonado desde a década de 70, tem tambem uma dívida acumulada de impostos na casa de 18 milhões de reais. A Construtora Modelo (http://www.construtoramodelo.com.br) que se alega proprietária, conseguiu o final da tarde de hoje, a reintegracao de posse. Os advogados da ocupacao vao entrar amanha pela manha, com o agravo contra a liminar de despejo. Estamos todos torcendo para que os advogados do movimento consigam este agravo pois a ocupacao que iniciou com 150 familia, hoje, apenas 5 dias depois da ocupacao, ja conta com mais de mil familias. O que nos podemos fazer para fortalecer esta luta e fazer o maximo de divulgacao, esperando que o judiciario faça justica social e suspenda a liminar.
Maiores informações nos telefones
31 85223029
31 97026725
Saudacoes
Dirlene
-- Um outro mundo é possível. um outro brasil é necessário!
terça-feira, 14 de abril de 2009
Hércules Malta - CMDCA Ipatinga
Olá, sou Hércules Malta, Nº 25
31 anos solteiro e estudante de psicologia.
Hoje estou lhe convidando para participar comigo da vida das crianças e adolescentes de nosso município, principalmente as que se encontram em situação de risco. Estou me dispondo a assumir esta função tão importante, a de Conselheiro Tutelar.
Desde os meus 16 anos sempre me envolvi diretamente nos movimentos em prol da vida, teatro de conscientização popular, trabalhos com a terceira idade, atividades pastorais, o que me conduziu a uma breve inserção na vida religiosa, onde meus laços se estreitaram rumo a atuação com nossos pequenos, trabalhando na Cidade do Menor em Cel. Fabriciano e por ultimo como educador social do Abrigo Municipal de Ipatinga sem abandonar outras atividades paralelas como Coordenador da Pastoral do Menor, membro do CMDCA ( Conselho dos Direitos da Criança e Adolescente de Ipatinga ) e membro do Conselho da Comunidade da Comarca de Ipatinga, trabalhando junto aos sentenciados.
Eu busco dar o meu melhor e fazer a minha parte no que me for possível e convido a você para fazer parte dessa luta. Estou certo que como eu muitos são aqueles que não se acomodam e tentam sempre, reconhecendo a importância de participar, se não atuando diretamente ainda sim se comprometem e escolhendo pessoas que realmente representem nossos pequenos.
O processo de eleição esta aberto para todos os eleitores, bastando se cadastrar para as eleições até 24/04/09 na sede do CMDCA à rua Pouso Alegre, nº 34, Centro – Ipatinga, no horário de 08:00 às 18:00h, para se cadastrar o eleitor deverá apresentar o título de eleitor e documento de identidade oficial com foto, os mesmos documentos serão necessários no dia das eleições a realizar-se 24/05/09
Eu acredito nas pessoas, por isso busco sempre estar pronto para partilhar, escutar, participar. Escolhi trabalhar com crianças, assumir causas e lutar sempre. Que a minha vida não seja vã e que o meu pouco faça alguma diferença.
Email para contato herculesmalta@yahoo.com.br
31 anos solteiro e estudante de psicologia.
Hoje estou lhe convidando para participar comigo da vida das crianças e adolescentes de nosso município, principalmente as que se encontram em situação de risco. Estou me dispondo a assumir esta função tão importante, a de Conselheiro Tutelar.
Desde os meus 16 anos sempre me envolvi diretamente nos movimentos em prol da vida, teatro de conscientização popular, trabalhos com a terceira idade, atividades pastorais, o que me conduziu a uma breve inserção na vida religiosa, onde meus laços se estreitaram rumo a atuação com nossos pequenos, trabalhando na Cidade do Menor em Cel. Fabriciano e por ultimo como educador social do Abrigo Municipal de Ipatinga sem abandonar outras atividades paralelas como Coordenador da Pastoral do Menor, membro do CMDCA ( Conselho dos Direitos da Criança e Adolescente de Ipatinga ) e membro do Conselho da Comunidade da Comarca de Ipatinga, trabalhando junto aos sentenciados.
Eu busco dar o meu melhor e fazer a minha parte no que me for possível e convido a você para fazer parte dessa luta. Estou certo que como eu muitos são aqueles que não se acomodam e tentam sempre, reconhecendo a importância de participar, se não atuando diretamente ainda sim se comprometem e escolhendo pessoas que realmente representem nossos pequenos.
O processo de eleição esta aberto para todos os eleitores, bastando se cadastrar para as eleições até 24/04/09 na sede do CMDCA à rua Pouso Alegre, nº 34, Centro – Ipatinga, no horário de 08:00 às 18:00h, para se cadastrar o eleitor deverá apresentar o título de eleitor e documento de identidade oficial com foto, os mesmos documentos serão necessários no dia das eleições a realizar-se 24/05/09
Eu acredito nas pessoas, por isso busco sempre estar pronto para partilhar, escutar, participar. Escolhi trabalhar com crianças, assumir causas e lutar sempre. Que a minha vida não seja vã e que o meu pouco faça alguma diferença.
Email para contato herculesmalta@yahoo.com.br
CONSELHO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
OI.
Sou Hércules malta ( n° 25 )
É momento de participação, estamos na reta final do cadastro de eleitores a votação para Conselheiros tutelares, ate dia 24 deste mês de Abril, este é uma cargo de muita responsabilidade e importância. A partir de meu engajamento e experiência na atuação junta a rede de proteção, venho pedir a sua colaboração para poder trabalhar diretamente no conselho.
Não deixemos de participar e motivar todos próximos a nós para contribuírem com o seu voto, é desta forma que podemos garantir que pessoas de capacidade possam assumir estas vagas e contribuir com a criança e o adolescente de nosso município, em uma função que mexe diretamente com a vida destes.
Vai em anexo uma breve apresentação minha, um material que pode ser impresso e repassado, espero que através de seu voto possamos juntos chegar a ocupar uma vaga de conselheiro, para que eu posa trabalhar com a dedicação que sempre trabalhei, em abrigos ou qualquer outra função que já desempenhei, trabalhando com o que gosto, a defesa da vida, não só como ocupação, mas como dedicação de fé a causa, por acreditar que podemos contribuir com a construção de um mundo melhor, começando na defesa dos mais fracos, e neste caso as crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social.
Meu n° de campanha è 25, vamos fazer uma corrente reenviando esta mensagem e reforçando a importância da participação social.
O cadastro esta sento feito no CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e dos Adolescente) e também no CREAS no ideal e os 4 CRAS
( Centro de Referência da Assistência Social - Casa da família )
Rua: Mangaratiba Nº: 195 Bairro: Veneza II;
Rua: Ester Nº: 20 Bairro: Canaã;
Rua: Crisântemo Nº: 33 Bairro: Esperança;
e no Bairro limoeiro.
Sou Hércules malta ( n° 25 )
É momento de participação, estamos na reta final do cadastro de eleitores a votação para Conselheiros tutelares, ate dia 24 deste mês de Abril, este é uma cargo de muita responsabilidade e importância. A partir de meu engajamento e experiência na atuação junta a rede de proteção, venho pedir a sua colaboração para poder trabalhar diretamente no conselho.
Não deixemos de participar e motivar todos próximos a nós para contribuírem com o seu voto, é desta forma que podemos garantir que pessoas de capacidade possam assumir estas vagas e contribuir com a criança e o adolescente de nosso município, em uma função que mexe diretamente com a vida destes.
Vai em anexo uma breve apresentação minha, um material que pode ser impresso e repassado, espero que através de seu voto possamos juntos chegar a ocupar uma vaga de conselheiro, para que eu posa trabalhar com a dedicação que sempre trabalhei, em abrigos ou qualquer outra função que já desempenhei, trabalhando com o que gosto, a defesa da vida, não só como ocupação, mas como dedicação de fé a causa, por acreditar que podemos contribuir com a construção de um mundo melhor, começando na defesa dos mais fracos, e neste caso as crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social.
Meu n° de campanha è 25, vamos fazer uma corrente reenviando esta mensagem e reforçando a importância da participação social.
O cadastro esta sento feito no CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e dos Adolescente) e também no CREAS no ideal e os 4 CRAS
( Centro de Referência da Assistência Social - Casa da família )
Rua: Mangaratiba Nº: 195 Bairro: Veneza II;
Rua: Ester Nº: 20 Bairro: Canaã;
Rua: Crisântemo Nº: 33 Bairro: Esperança;
e no Bairro limoeiro.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
AMIGOS ÍNTIMOS
Somos amigos. Estava atravessando uma pinguela e escorreguei. Quando ia caindo ele me segurou. Foi assim que a gente se conheceu. Meses depois nos vimos outra vez e batemos um papo legal. Mais um mês depois, eu acho, talvez dois, a gente se esbarrou no cinema e após o filme fomos comer alguma coisa. Eu, ele e as menina que a gente levou. Ele tava sem grana então banquei a coisa toda. Fiquei sabendo depois que nem almoçado aquele dia ele tinha. Uai! Ele foi no cinema porque mulher cê sabe, né. Teve que guardar o dinheiro do almoço pro filme. Não me lembro que filme era não. Tava mais interessado em amassar a menina que no filme. Rirri. Ele tava desempregado. Foi bom ver ele, acho. Uma semana depois ele lamentou em meus ombros o fim do namoro. Fiquei contente não sei porque, mas consolei ele dizendo que mulher é que nem biscoito... come uma e depois mais oito... Rirri. Eu também passei por maus momentos e ele me ajudou também. Fomos ao futebol várias vezes. E jogamos um monte de peladas junto. Bons companheiros. E assim nossa amizade foi crescendo. Mas é claro que somos amigos... Ou fomos, sei lá. E a nossa amizade foi ficando maior e a gente se conheceu. Amigos íntimos. Bem, amigos mesmo, de intimidades. De verdade. É! Mas ele é gringo. Veio pro Brasil moleque, na época de conhecer as meninas. Rirri. E o seu país, Paraguai, exporta muito pra cá. E ele começou a ser muambeiro e foi ficando cada vez mais conhecido no pedaço. Ele é bom de lábia. Sabe encantar as pessoas. Me encantô! E estava concorrendo com nós. E o chefe... Meu chefe? Uai, meu chefe é o Azul Bamba. Cá pra nós... Acho ele, o Bamba, meio bambi. Rirri. Também pudera. Gostar das azulinhas... Rirri. O chefe? Bem, o chefe mandou apagá-lo. Eu não queria. O cara é camarada. Só que amigos, amigos, negócios a parte. Sim! Eu fiz isso. Apaguei ele. Por quê? E ainda pergunta? Ai! Aiai! Ta bom, desculpa. A gente era amigo, mas ele estava dando preju, ora. Eu fiz assim: Fui. Chamei ele para umas cervejas e depois uma esticada. Vamos nos encontrar com umas meninas, falei. Aí. Bem, enquanto távamos pra começar o bem bão eu “pá”. Uma só, certeiro no peito. Seu olhar ta gravado na minha retina. Ele descendo na cama. É descendo. Não desabou não. Tava sentado e deitou lentamente, acho. Não sei. Acho. Ajoelhei. Peguei sua mão. Dei uns soluços. E com sua mão ainda na minha sentei ao seu lado. Uma lágrima escorreu do meu olho e caiu no rosto dele. Mas aí foi demais. Chorar por homem? Mas chorei. Tenho vergonha de ter chorado, mas confesso. Para um homem que nem eu, nada é pior que chorar, principalmente por um homem, mesmo que seja amigo. Bem! A lágrima caiu no seu rosto, já disse, e aí ele parou de respirar. Continuei segurando sua mão. Mas já não tinha lágrima mais não. Nem sequer um soluço. Mas continuei segurando sua mão. A esquerda, mais perto do coração. Beijei ela. Ta olhando o quê? Acha beijar a mão pior que chorar? Acho os dois muito esquisito, mas fiz. Não sei porque. Depois levantei. Saí. Vocês ouviram o tiro. Ah! Foi alguém no motel que falou pro cês. Bem. Agora to aqui.
Na minha cabeça a estória acontece no seguinte cenário:
Entre uma e quatro horas da manhã; sentado sobre um caixote de madeira; sem camisa e com mãos algemadas para trás numa sala escura da Delegacia confessando para três policiais.
Trecho d’A Entrevista do Pasquim (Entrevista realizada em Paris, em fins de outubro de 1.978, e publicada no Pasquim nº 490, de 17/11/78) e que retirei da publicação “Pasquim apresenta: Fernando Gabeira” – editora Codecri – 3ª edição – e que me inspirou o conto acima:
Gabeira – “... Dentro da casa estabeleceu-se que iríamos contar o que havia ocorrido para o Embaixador. A gente procurou dialogar todo o tempo com ele e em momento algum o enganamos. Até torcíamos juntos. Quando o manifesto saiu fomos correndo pra lá: ‘Saiu o manifesto’! Nós e ele íamos ficando cada vez mais salvos”.
Ziraldo – “Vocês ficaram amigos?”.
Gabeira – “Claro. A gente não queria matá-lo e ele também não queria morrer”.
Ziraldo – “Vocês elegeram um executador?”.
Gabeira – “Não, era o cara que estivesse de plantão”.
Ziraldo – “E se fosse você?”.
Gabeira – “As vezes imagino isso, mas creio,,, era o que eu tinha que fazer, né”.
Na minha cabeça a estória acontece no seguinte cenário:
Entre uma e quatro horas da manhã; sentado sobre um caixote de madeira; sem camisa e com mãos algemadas para trás numa sala escura da Delegacia confessando para três policiais.
Trecho d’A Entrevista do Pasquim (Entrevista realizada em Paris, em fins de outubro de 1.978, e publicada no Pasquim nº 490, de 17/11/78) e que retirei da publicação “Pasquim apresenta: Fernando Gabeira” – editora Codecri – 3ª edição – e que me inspirou o conto acima:
Gabeira – “... Dentro da casa estabeleceu-se que iríamos contar o que havia ocorrido para o Embaixador. A gente procurou dialogar todo o tempo com ele e em momento algum o enganamos. Até torcíamos juntos. Quando o manifesto saiu fomos correndo pra lá: ‘Saiu o manifesto’! Nós e ele íamos ficando cada vez mais salvos”.
Ziraldo – “Vocês ficaram amigos?”.
Gabeira – “Claro. A gente não queria matá-lo e ele também não queria morrer”.
Ziraldo – “Vocês elegeram um executador?”.
Gabeira – “Não, era o cara que estivesse de plantão”.
Ziraldo – “E se fosse você?”.
Gabeira – “As vezes imagino isso, mas creio,,, era o que eu tinha que fazer, né”.
sábado, 4 de abril de 2009
POR QUE ESTAMOS/SOMOS ASSIM?
Era uma vez um cãozinho marrom-amarelado que atravessou a rua. Sua pata esquerda da frente deve ter sido quebrada e agora está torta.
Era uma vez três cachorrinhos que atravessaram a rua. Um era preto, outro malhado e do terceiro eu não me lembro.
O cachorrinho marrom-amarelado enfrentou o trânsito, esperou um carro, andou mais um pouco e de outro carro desviou e finalmente chegou do outro lado.
No rascunho que escrevo nossa estória há restos de paçoca. Mas o que paçoca tem a ver com nossa estória? A mesma coisa, acho, que temos a ver com a estória dos cachorrinhos...
Os três cachorrinhos rosnaram e deram uma corrida no nosso herói solitário que voltou de onde saiu. Como correr? Imagina a cena de uma patinha torta tentando ser rápida?
Era uma vez três cachorrinhos que atravessaram a rua. Um era preto, outro malhado e do terceiro eu não me lembro.
O cachorrinho marrom-amarelado enfrentou o trânsito, esperou um carro, andou mais um pouco e de outro carro desviou e finalmente chegou do outro lado.
No rascunho que escrevo nossa estória há restos de paçoca. Mas o que paçoca tem a ver com nossa estória? A mesma coisa, acho, que temos a ver com a estória dos cachorrinhos...
Os três cachorrinhos rosnaram e deram uma corrida no nosso herói solitário que voltou de onde saiu. Como correr? Imagina a cena de uma patinha torta tentando ser rápida?
quinta-feira, 2 de abril de 2009
PELAS GRADES DA JANELA
15-31\3\09
Foram tardes de muito calor. Insuportável. Finalmente umas trovoadas prometeram alívio. E não eram políticas. Ventos se uniram as trovoadas e me disseram que a tarde iria amainar. Por fim, os relâmpagos se uniram aos dois e juntos cumpriram a promessa.
O meu quarto é o mais quente da casa. Na verdade transformei a sala em quarto. E o sol o rodeia do seu nascer ao ocaso. Mas finalmente a chuva me deu o ar de sua graça. Pego uma cadeira e a ponho lado a lado com a janela. Vou à cozinha, faço um café com leite e volto para meus aposentos. Sento na cadeira, como biscoitos mergulhados na beberagem. Alguns pensamentos até tentam me invadir, mas não consigo pensar em nada. Apenas olho para a chuva que cai lindamente sobre o micro jardim.
No meu quarto, pela janela, atrás das suas grades olho para a chuva que cai lá fora. Pelas grades de minha janela o vento me acaricia, os trovões me dizem para esquecer Régio enquanto os relâmpagos me fazem vê-lo.
Como a culpa dói.
Os trovões me dizem:
- Está apaixonado?
Nada ouço.
- Até parece que está apaixonado.
Continuo quase sem ouvir.
- Apaixonado por um macho.
- Apaixonado ou não apaixonado. Eis a questão.
De tanto falar consigo perceber que eles conversam comigo.
- Que dizem?
- Está apaixonado pelo centauro?
- Não! Não é paixão que me faz chorar por dentro. É a minha falha que dói. O meu erro é que me fere. Perdi um amigo. Grande amigo. Talvez mais que um irmão.
- Ainda achamos que está apaixonado.
- Também achei que estava. Mas não era nem é.
Volto para dentro de mim deixando os trovões, os relâmpagos e o vento conversando entre si. Sem eu perceber, a chuva, mãe dos três, pede silêncio enquanto me acarinha.
Pela manhã:
Não sei se é pardal ou beija-flor.
Seja o que for é um amor.
O que sei é que a semana promete gente bacana.
Então sorrio a beça com livro cabeça.
Como seria bom ser feliz.
Didi, Nena, Cida, Bruno, Diane visitam minha cabeça.
Um quarto de século. É o que tenho que esperar. Vinte e cinco anos e voltam os centauros. Errei! Que posso fazer agora? Viver! Se não posso desfazer o feito. Faço o melhor com quem encontrar. Viverei esperando os próximos vinte e cinco anos até encontrá-lo. Se ele aceitar minha desculpa, bom! Se não aceitar, pelo menos tentei. Enquanto isso e depois disso o que farei é viver. Viver, repito, é o que farei.
Vinte e cinco anos.
Estou diante da rocha. E olho para mim. É agora meia noite. Quem virá?
- Ele virá, Benito!
- Maria Tereza!
- Só vim dizer que estou torcendo por vocês.
- Como sabe que será ele?
- Ora! Você sabe tão bem quanto eu. O que faço você faz tão bem também.
Ela vai embora me deixando um sorriso em meus lábios.
- Você?
- Espere, Régio, não vá! Só me deixe falar. Depois, pode ir. Por favor.
- Fale!
- Perdão! Eu errei. Só isso queria dizer. Adeus!
- Adeus!
Encaminho para casa. Sem lágrimas. Sem sorriso. Em paz. Durmo tranqüilo. Acordo com alguém à porta. Sinto Maria Tereza que entra. Prepara-me o café da manhã enquanto vou ao banheiro. Tudo é um silêncio gostoso. E à porta, prestes a sair:
- Benito. Volte hoje à rocha.
- A mim, você quer dizer.
- Não. À rocha. Ele estará lá.
- Disse algo para você?
- Sim!
- O quê?
Maria Tereza se encaminha para uma árvore na calçada.
- O que acabei de dizer. Para você ir.
Ela se desvanece atrás da árvore.
O dia passa normal. Estou em paz.
Meia noite. Bebo a água do riacho.
- Benito!
Estende sua mão para mim. Um sorriso. E mais sabedoria em seus olhos.
Respondo ao cumprimento. Um sorriso. E mais sabedoria em meus olhos.
- Estou feliz, Régio. Você me perdoou.
- Sim! Estudei também a sua alma. Em meu mundo aprendi a ler corações. Com Maria Tereza entendi coisas que ignorava. E me surpreendo por você não guardar rancor... pela rocha...
- Uma parte minha pensou nisso. Meu todo recusou isso. Se antes fui parte do Traidor hoje eu sou eu integral.
- Estou contente por você está aqui.
- Também estou, por você ter me perdoado. E os outros centauros?
- Estão vivendo a vida deles.
- Então vou indo. Só Deus sabe o quanto estou feliz em rever você.
- Vim convidar você para conhecer meu mundo.
Fala enquanto me virava e somente olho para ele, ainda meio de lado.
- Venha comigo, irmãozinho.
Outra vez de frente para ele não tenho fala. Finalmente, após um tempo indefinido:
- E os outros centauros e seres de lá?
- Estão vivendo a vida deles.
- Eu quero ir...
- Venha e fique o próximo quarto de século conosco.
Quero ir, mas é muito tempo fora. E minha vida? Meus livros? O teatro? A contação de estórias? A Seicho-No-Ie? Tudo isso penso.
- Fique comigo, Benito.
- Vou!
- Suba em mim para irmos.
Uma névoa surge e nos envolve levando-nos.
É um mundo bonito. Florestas imensas. Campinas sem fim. Cidades diversas. Mais de uma para cada espécie. E sou o único humano. Se não contar bruxos e feiticeiros. Alguns me recebem com pedras pelo que fui. A maioria me recebe com flores pelo que sou. Todas as crianças me rodeiam para ouvir estórias do lado de lá; daí onde você me ler. Quantos anos será que teria no seu mundo? Seu mundo? Tem horas que fico confuso com qual é meu mundo. Aqui pouco mudo, mas não tarda e voltarei para aí. Aqui é bom. Sentirei saudades. Mas é aí que quero morar. Minha casa. Será que me acostumarei? Bem! Deixemos eu voltar para sabermos. Até daqui a pouco.Ah! Ia me esquecendo. Aqui eu me transmuto em bichos e na forma dos seres daqui se eu quiser. E minhas capacidades mentais aumentaram. E ninguém me estranha
Foram tardes de muito calor. Insuportável. Finalmente umas trovoadas prometeram alívio. E não eram políticas. Ventos se uniram as trovoadas e me disseram que a tarde iria amainar. Por fim, os relâmpagos se uniram aos dois e juntos cumpriram a promessa.
O meu quarto é o mais quente da casa. Na verdade transformei a sala em quarto. E o sol o rodeia do seu nascer ao ocaso. Mas finalmente a chuva me deu o ar de sua graça. Pego uma cadeira e a ponho lado a lado com a janela. Vou à cozinha, faço um café com leite e volto para meus aposentos. Sento na cadeira, como biscoitos mergulhados na beberagem. Alguns pensamentos até tentam me invadir, mas não consigo pensar em nada. Apenas olho para a chuva que cai lindamente sobre o micro jardim.
No meu quarto, pela janela, atrás das suas grades olho para a chuva que cai lá fora. Pelas grades de minha janela o vento me acaricia, os trovões me dizem para esquecer Régio enquanto os relâmpagos me fazem vê-lo.
Como a culpa dói.
Os trovões me dizem:
- Está apaixonado?
Nada ouço.
- Até parece que está apaixonado.
Continuo quase sem ouvir.
- Apaixonado por um macho.
- Apaixonado ou não apaixonado. Eis a questão.
De tanto falar consigo perceber que eles conversam comigo.
- Que dizem?
- Está apaixonado pelo centauro?
- Não! Não é paixão que me faz chorar por dentro. É a minha falha que dói. O meu erro é que me fere. Perdi um amigo. Grande amigo. Talvez mais que um irmão.
- Ainda achamos que está apaixonado.
- Também achei que estava. Mas não era nem é.
Volto para dentro de mim deixando os trovões, os relâmpagos e o vento conversando entre si. Sem eu perceber, a chuva, mãe dos três, pede silêncio enquanto me acarinha.
Pela manhã:
Não sei se é pardal ou beija-flor.
Seja o que for é um amor.
O que sei é que a semana promete gente bacana.
Então sorrio a beça com livro cabeça.
Como seria bom ser feliz.
Didi, Nena, Cida, Bruno, Diane visitam minha cabeça.
Um quarto de século. É o que tenho que esperar. Vinte e cinco anos e voltam os centauros. Errei! Que posso fazer agora? Viver! Se não posso desfazer o feito. Faço o melhor com quem encontrar. Viverei esperando os próximos vinte e cinco anos até encontrá-lo. Se ele aceitar minha desculpa, bom! Se não aceitar, pelo menos tentei. Enquanto isso e depois disso o que farei é viver. Viver, repito, é o que farei.
Vinte e cinco anos.
Estou diante da rocha. E olho para mim. É agora meia noite. Quem virá?
- Ele virá, Benito!
- Maria Tereza!
- Só vim dizer que estou torcendo por vocês.
- Como sabe que será ele?
- Ora! Você sabe tão bem quanto eu. O que faço você faz tão bem também.
Ela vai embora me deixando um sorriso em meus lábios.
- Você?
- Espere, Régio, não vá! Só me deixe falar. Depois, pode ir. Por favor.
- Fale!
- Perdão! Eu errei. Só isso queria dizer. Adeus!
- Adeus!
Encaminho para casa. Sem lágrimas. Sem sorriso. Em paz. Durmo tranqüilo. Acordo com alguém à porta. Sinto Maria Tereza que entra. Prepara-me o café da manhã enquanto vou ao banheiro. Tudo é um silêncio gostoso. E à porta, prestes a sair:
- Benito. Volte hoje à rocha.
- A mim, você quer dizer.
- Não. À rocha. Ele estará lá.
- Disse algo para você?
- Sim!
- O quê?
Maria Tereza se encaminha para uma árvore na calçada.
- O que acabei de dizer. Para você ir.
Ela se desvanece atrás da árvore.
O dia passa normal. Estou em paz.
Meia noite. Bebo a água do riacho.
- Benito!
Estende sua mão para mim. Um sorriso. E mais sabedoria em seus olhos.
Respondo ao cumprimento. Um sorriso. E mais sabedoria em meus olhos.
- Estou feliz, Régio. Você me perdoou.
- Sim! Estudei também a sua alma. Em meu mundo aprendi a ler corações. Com Maria Tereza entendi coisas que ignorava. E me surpreendo por você não guardar rancor... pela rocha...
- Uma parte minha pensou nisso. Meu todo recusou isso. Se antes fui parte do Traidor hoje eu sou eu integral.
- Estou contente por você está aqui.
- Também estou, por você ter me perdoado. E os outros centauros?
- Estão vivendo a vida deles.
- Então vou indo. Só Deus sabe o quanto estou feliz em rever você.
- Vim convidar você para conhecer meu mundo.
Fala enquanto me virava e somente olho para ele, ainda meio de lado.
- Venha comigo, irmãozinho.
Outra vez de frente para ele não tenho fala. Finalmente, após um tempo indefinido:
- E os outros centauros e seres de lá?
- Estão vivendo a vida deles.
- Eu quero ir...
- Venha e fique o próximo quarto de século conosco.
Quero ir, mas é muito tempo fora. E minha vida? Meus livros? O teatro? A contação de estórias? A Seicho-No-Ie? Tudo isso penso.
- Fique comigo, Benito.
- Vou!
- Suba em mim para irmos.
Uma névoa surge e nos envolve levando-nos.
É um mundo bonito. Florestas imensas. Campinas sem fim. Cidades diversas. Mais de uma para cada espécie. E sou o único humano. Se não contar bruxos e feiticeiros. Alguns me recebem com pedras pelo que fui. A maioria me recebe com flores pelo que sou. Todas as crianças me rodeiam para ouvir estórias do lado de lá; daí onde você me ler. Quantos anos será que teria no seu mundo? Seu mundo? Tem horas que fico confuso com qual é meu mundo. Aqui pouco mudo, mas não tarda e voltarei para aí. Aqui é bom. Sentirei saudades. Mas é aí que quero morar. Minha casa. Será que me acostumarei? Bem! Deixemos eu voltar para sabermos. Até daqui a pouco.Ah! Ia me esquecendo. Aqui eu me transmuto em bichos e na forma dos seres daqui se eu quiser. E minhas capacidades mentais aumentaram. E ninguém me estranha
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