segunda-feira, 29 de junho de 2015

BUSCA

BÚSQUEDA


Obax nafisa.


Em português

- Benito e João, como estão suas manhãs? – Pergunta Paulo.
- Bem, obrigado! E você? – Responde Benito e também João: Bem!
- Eu estou... Assim: Ainda está escuro onde vivo, mas os carros já estão acordados.
Já eu estou assim: Uma libélula entrou no meu quarto. – Diz Benito. – Ela buscava a luz do abajur. No entanto, encontrou meus livros e neles pousou. Penso que estão querendo dar uma voltinha... Os livros e a libélula. E eu quero ir com eles.
- Ontem à noite duas luzes voavam rente ao chão e três pontinhos brancos pulavam com quase suavidade. – Fala João. – Lentamente uma sombra se condensa ligando-os. Um gatinho preto e branco se incorpora. Para! Me olha! Eu o chamo, ele pensa bem e vem até mim. Passo a mão em suas costas, em suas orelhas e ele cerra os olhinhos. Jamais tinha visto ele antes... – Benito o interrompe para corrigir: “Jamais o tinha visto antes”. João ignora e continua seu relato. – Não sei se o verei. Mas o gatinho preto e branco e a noite escura deram luz ao meu instante.
- Mais cedo eu tinha caminhado com meu cachorrinho. – Fala Paulo. – Estudei um pouquinho. Agora eu vou rezar, depois tomarei meu café da manhã e estudarei um pouco mais. E vocês?
João responde em seguida e depois, Benito:
- Os pássaros e os galos cantam e sua música é melhor que a dos carros.
- Com certeza! Rerrê. Eu irei ler e escrever um pouco porque os pássaros cantam...
As nuvens cinza
O ruído da fábrica
Os bêbados e as putas
E todos os perdidos na noite
Não me fazem rir

Fazem-me sorrir
Todos que se buscam
Os festeiros e os amantes
O som de galos e pássaros
E as nuvens que voam

- Conversa esquisita essa que tivemos, né Benito?
- Também achei.
Os dois caminham pela rua arborizada com o sol no rosto.


En español

- Benito e Juan, ¿Cómo están sus mañanas? – Pregunta Pablo.
- ¡Bien, gracias! ¿Y tú? – Contesta Benito y Juan también responde: ¡Bien!
- Yo estoy… Así: Aún está oscuro donde vivo, pero los coches ya están despiertos.
Ya he estado así: Una libélula se adentró en mi habitación. – Habla Benito. – Ella buscaba la luz de la lámpara. No obstante encontró mis libros y en ellos posó. Pienso que están pensando en salir… Los libros y la libélula. Y quiero ir con ellos.
- Anoche dos luces voleaban ras al piso y tres puntitos blancos brincaban con casi suavidad. – Charla Juan. – Lentamente una sombra se condensa ligándolos. Un gatito negro y blanco se incorpora. ¡Para! ¡Mírame! Yo le llamo, él piensa y camina hasta mí. Paso la mano en sus espaldas, en sus orejas y él cierra los ojitos.  Jamás vi él antes… – Benito lo interrumpe para corregirlo: “Jamás lo vi antes”. Juan lo ignora y continúa su relato. – No sé se lo veré. Pero, el gatito negro y la noche oscura alumbraron mi instante.
- Más temprano, yo caminé con mi perrito. – Pablo charla. – Estudié un poquito. Ahora me voy a orar, después desayunar e estudiar más un poco. ¿Y vosotros?
Benito responde y pasado un rato Juan contesta:
- En seguida iré leer y escribir un poco porque los pájaros cantan…
- Los pájaros e los gallos cantan y su música es mejor que de los coches.

Las nubes grises
El ruido de la fábrica
Los borrachos y las putas
Y todos los perdidos en la noche
No me hacen reír

Me hacen sonreír
Todos que se buscan
Los festivos y los amantes
El sonido de gallos y pájaros
Y las nubes que vuelan

- Benito, plática extraña esa… ¿No es verdad?
- Pienso lo mismo.
Los dos caminan por la calle arborizada con el sol en sus rostros.


Ofereço aos aniversariantes da semana:
Jessica Magalhães, Hudson Dias, Melquis E. Lopes, Pierre André, Claudia Turatti, Beatriz Myrrha, Daniel R. Salgado, Guilherme Rodrigues, Joice Soares e Mayra F. Gonçalves.
Sucesso também ao Grupo Farroupilha.

Recomendo a leitura das poesias sem nome de Karine Faria


Escrito entre el día 03 de julio de 2014 y el día 29 de junio de 2015.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

A PROCURA

LA CAZADA


pedras camufladas em palavras.
stones disguised as words.

(Barbosa, 2014, p. 60-61).

Obax nafisa.


Em português

A noite no Centro de Ipatinga está clareada pelos postes, embaralhada de pedestres e embarulhada pelos carros. Em um ponto de ônibus duas mulheres casadas conversam. Ambas reclamam que não ganham presentes de seus respectivos maridos. Creio que sem perceber uma falou: “Toda vez que ele me dá algo eu digo que é feio, brega, de mau gosto. Mas é mesmo...”. Meu pensamento se perdeu na reflexão: se toda demonstração de carinho é devolvida com chacota porque continuar ganhando? Nisso, passou um pássaro rente ao meu nariz. Sem violência, com uma tranquilidade de Ave-Maria ao som de viola. E meu pensamento achou o caminho de casa.
- Benito! Que faz aqui, rapaz?
- Oi, garota! Eu estava escutando William Cereja proferindo uma palestra.
- William Cereja? William Cereja... William Cereja... Ah! O autor de livros escolares?
- Isso mesmo!
- E qual era o assunto?
- O tema era Recursos e opções didáticos para ensinar às crianças.
- E o que ele falou?
- Deixa-me pegar a folha onde anotei suas palavras... Um momento, por favor. Encontrei. “Para criar leitores é necessário trabalhar com bons textos: clássicos, atuais, com temas do momento, interessantes, emocionantes, textos não verbais e etc.”. Disse mais: “Quanto mais nova é a criança, mais o foco deve ser a leitura. A criança geralmente chega na sala já letrada, mesmo que não alfabetizada. Por exemplo, ao olhar uma placa de trânsito tendo um ‘E’ cortado e ela sabendo que significa não poder estacionar naquele local é letramento. Ainda que o foco da escola seja leitura, nada impede que a escrita seja trabalhada, que se escreva alguma coisa”. E ele falou mais coisas interessantes para nós, professores.
- É? E que mais ele disse?
Corro os olhos pela folha e volto a ler: “Quem escreve quer ser lido. Portanto, pode-se, por exemplo, trabalhar a escrita em uma carta. Todavia, temos que enviá-la. Escrever o envelope, pôr o selo, levar ao correio e esperar a resposta. Pode-se trabalhar também, outro exemplo, a carta de solicitação. Através de tais cartas estarão sendo trabalhados a produção textual e a cidadania”.
- Belas palavras...
- Interessantes, não? Mas na verdade penso que os grandes pecados são sete... São sete os pecados mortais: gula, luxúria, avareza, ira, inveja, preguiça e orgulho ou vaidade. Mas o ódio não é um dos pecados capitais. É muito engraçado isso, mas porque não estou me divertindo?
- Ah! Por que está falando isso? Que mudança de assunto...
- Estava pensando em uma conversa de duas mulheres que escutei um pouquinho antes de você chegar e em tudo que ouço saindo das bocas dos cristãos, dos religiosos em geral.
- Mas... a ira não seria o mesmo que ódio?
- Não, não são a mesma coisa. Ira seria sinônimo de raiva, de nervoso, de mau humor. Ódio é uma aversão mortal. Comparar ira com ódio é como comparar picada de formiguinha com picada de escorpião.
- Penso diferente. Por exemplo, quando Boechat mandou o “é mala e faia” procurar uma rola foi movido pelo ódio resguardado e escondido pelos homossexuais e alimentado pela raiva ao sujeitim execrável. E dentro dele existe uma crença cultural na superioridade do homem sobre a mulher. Então ódio e raiva são sinônimos ou ao menos estão interligadas.
- Huuum! Realmente! Mandar alguém procurar rola, ou dizer “chupa, maria!” e etc. é preconceito. Preconceito porque acha que homem é melhor que mulher e que mulher é superior ao guei. Afinal, se a mulher é inferior, é por “defeito de nascença”; já o guei é alguém com o sexo superior que se rebaixa à insignificância feminina... É crença tão triste.
- Isso mesmo!
- Mas ainda não vejo que ódio e raiva sejam a mesma coisa. Em alguns casos até se confundem e alguns dicionários os colocam como sinônimas. Mas...
- ... Mas olha! Chegou meu ônibus. Adeus!
- Vá com Deus!


En español

La noche en el Centro de Ipatinga se aclaró por postes de luz y está barajada de peatones y embarullada por los coches. En una parada de autobús dos mujeres casadas charlan. Ambas protestan que no ganan regalos de sus respectivos esposos. Creo que sin percibir una habló: “Siempre que él me da un regalo lo digo que es feo, empalagoso, de malo gusto y hortera. Pero… ¡es mismo!”. Mi pensamiento se perdió en reflexión: ¿Se toda demonstración de cariño es devuelta con chacota porque continuar ganando? En ese momento pasó un pájaro rente a mi nariz. Sin violencia, con una tranquilidad de Ave-María al sonido de viola. Y mi pensamiento encontró el camino de casa.
- ¡Benito! ¿Qué haces aquí?
- ¡Hola, Muchacha! Yo estaba escuchando William Roberto Cereja profiriendo una conferencia.
- ¿William Cereja? ¿Quién es él?
- Es un autor brasileño de muchos libros escolares. Cereja habló acerca de Recursos y opciones didácticos para la enseñanza de los niñitos.
- Pero… ¿Fue interesante para nosotros, maestros de español, las palabras de él?
- Fueron sí. Me encanté con él y con sus palabras.
- ¿Qué él habló?
- Déjame coger la hoja donde anoté sus palabras… Un ratito, por favor. Encontré. “Para crear lectores es necesario trabajar con buenos textos: clásicos, actuales, con temas del momento, interesantes, emocionantes, textos no verbales y otros más”. Dice más: “Cuanto más joven es el niño, más el foco debe ser la lectura. El niño generalmente llega en aula ya letrado, mismo que no alfabetizada. Por ejemplo, al mirar una señal de tránsito teniendo un ‘E’ cortado y él sabiendo que simboliza no poder estacionar en aquél sitio significa que es letrado. Aunque el foco en la escuela sea lectura, nada impide que la escrita sea trabajada, que se escriba alguna cosa”. E él dice más cosa interesante para nosotros, maestros.
- ¿Qué más él habló?
Corro los ojos por la hoja y vuelvo a leer: “Quien escribe desea ser leído. Entonces es bueno, por ejemplo, trabajar la escrita en una carta. Sin embargo, es necesario enviarla. Escribir el sobre, poner el timbre o sello de correo, llevar al correo y esperar la respuesta. Se puede trabajar también, otro ejemplo, la carta de solicitación. A través de tales cartas estarán siendo trabajados la producción textual e la ciudadanía”.
- Exquisitas palabras…
- Bellas, ¿no? Pero en verdad pienso que los grandes pecados son siete… Son siete los pecados mortales: gula, lujuria, avaricia, ira, envidia, pereza y orgullo o vanidad. Sin embargo el odio no es uno de los pecados capitales. Es mucho divertido eso; pero, ¿porque no estoy contento?
- ¡Ah! ¿Por qué estás hablando eso? Qué cambio de asunto…
- Estaba pensando en una plática de dos mujeres que escuché un ratito antes de tú llegares y en todo que oigo saliendo de las bocas de los cristianos, de los religiosos en general.
- Pero... ¿La ira no sería lo mismo que odio?
- ¡No, no es lo mismo! Ira sería sinónimo de rabia, de nervioso, de malo humor. Odio es una aversión mortal. Comparar ira con odio es como comparar picadura de hormiguita con picadura de alacrán.
- Pienso diferente. Por ejemplo, cuando Boechat, el periodista brasileño, dice al “mala faya” salir en búsqueda de un pollo fue movido por el odio resguardado y escondido por los homosexuales y alimentado por la rabia al sujeto execrable. Y en su interior existe la creencia cultural en la superioridad del hombre sobre la mujer. Entonces, odio y rabia son sinónimos o al menos están conectados. 
- ¡Realmente! Decir a alguien para cazar pollo, o llamarlo de “maricón” o alguna otra cosa con sentido sexual es prejuicio. Prejuicio porque piensa que hombre es mejor que mujer y que mujer es superior al homosexual. Al fin, se la mujer es inferior, es por “defecto de nacencia”; ya el homosexual es alguien con el sexo superior que se rebaja a la insignificancia femenina… Es una lástima tal creencia.
- ¡Verdad!
- Pero, todavía no veo que odio y rabia sean la misma cosa. En algunos casos hasta se confunden y algunos diccionarios los ponen como sinónimos. Pero…
- … Pero, ¡mira! Llegó el autobús. ¡Adiós!
- ¡Va con Dios!


Ofereço aos aniversariantes:
Lígia Schmidt, Wagney Machado, Jhordany V. Siman, Julio Madeira, André Q. Silva, Camila Giacometti, Rinaldo A. Gomes, Feliciana Saldanha, Mª Carmo Vitarelli, Wendel Rafael, Lavínia Lemos, Elaine Lima, Emi Eidi e Helio G.T. Melo.

Recomendo a leitura de Natureza Real, de Bispo Filho:

BARBOSA, Jurandir. Quase Verbo. 2ª ed. São Paulo: Catrumano, 2014. Companheiro \ Partner.

Parte do texto é fruto do apanhamento que fiz da palestra Recursos e Opções Didáticas para o Ensino Fundamental 1, promovida pela Editora Saraiva em parceria com Pitágoras e proferida pelo Doutor William Roberto Cereja em Ipatinga na noite de 09 de junho de 2015.

Escrito entre 30 de junho de 2014 e 22 de junho de 2015.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

RIO IRRIGANDO

RÍO IRRIGANDO


Por Rubem Leite y Luis Gonzáles.

Obax nafisa.


En mi cielo no canta apenas un pájaro.
Vuelan tamaños y colores en plurales plumas.
Sueño y vuelo, soy cóndor de paz.
Luís Gonzáles – en el Facebook – 28/6/2014


Em português

Em meu céu não há somente um pássaro
Tem alguns cantores e outros negros grandes
Ao sonhar ser um eu me amparo
Até me transpor aos andes

Em minha terra tem majestosa harpia
Voando acima de cães e cobras
Se não sonha, a vida se prende em hídria
Que nos reduz a sombras

Vê! A vida é rua?
Também pode ser árvore
Onde tem quem sua

Olhe! Se a vida é ferro
Também pode ser rio
Irrigando-nos sem erro


En español

En mi cielo no hay sólo un pájaro
Hay algunos cantantes y otros negros grandes
Al soñar ser uno mi amparo
Hasta me transponer a los Andes

En mi tierra hay más de un jaguar
Entre perros y culebras
Si no sueñas, la vida hace agua
Que nos conduce a las tinieblas

¡Ve! ¿La vida es calle?
También puede ser árbol
Dónde hay quien batalle

¡Mira! Si la vida es piedra
También puede ser río
Irrigando un hierba


Ofereço aos aniversariantes:
Raphael Vidigal, Ariene Medina, Margareth Cheloni Leite, Sueli B. Dutra, Mª Lurdes F. Lopes, Bruno Coelho, Loris Morena, Ton Xavier, Alexandre R. Lecko, Gianmarco F. Cerdan e Adriane Lima.

Recomendo a leitura de Zoom, de William Delarte; e Imortal, de karine Faria. Respectivamente:

Revisión de Luis Gonzáles y según él:
Cóndor pelo plan cóndor da dictadura, mas cóndor es el pájaro de los Andes y también la escuadrilla de aviones que bombardearon Guernika. El cóndor fue endemoniado por Hitler y Pinochet. Sin embargo en este texto rescato el símbolo del pájaro latinoamericano, pájaro de paz y poder.


Escrito entre el día 28 de junio de 2014 y el día 15 de junio de 2015.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

A NOITE

LA NOCHE


Obax nafisa.


Em português

“A árvore!”, ela gritou e todos correram seus olhos até Vera. A garota voava com passo flexível tendo em sua mão um copo de arak azul e verde. Tampando-a uma doce espuma branca. “A árvore! De Olavo Bilac”, disse e todos aplaudiram sua interpretação da timidez e vergonha diante do público.
- Bem vindos ao quarto Sarau de Arak! Comam, bebam e se encantem com as palavras. E não se calem. Falem, comam e bebam!
O branco sorriso do céu
E as árvores rendeiras
Ilumina a noite
Serenam o dia.
Recita-nos Benito e em seguida lê “Lua morta \ Rua torta \ Tua porta”, poema de Cassiano Ricardo que lhe foi dado por Vera.
- Benito, sente-se conosco! – Fala Cláudio Castro e Rejane, sua esposa, sorri. Também sorriem Robinson Ayres e Maura, sua esposa. Os quatro recebem Benito e a mim e conosco discutem suas ações de melhoria da cidade.
Na mesa próxima, um par de olhos o olha com tédio e antipatia. Mas ele não percebe nada e se senta tranquilo. Nena de Castro, Goretti de Freitas e Nancy Maestri leem bons poemas. Tiago Lauar canta e encanta.
- Com licença! Vou musicar um pouco. – Diz Claudio e uma borboleta amarela e negra sai de seu violão. A borboleta amarela tinha largas linhas negras.
Tanta gente boa e eu lhes faço companhia.
- Noite, eu vou embora. Vem comigo?
E saímos juntos diante do olhar da lua. Ainda caminhávamos quando Benito se sentiu cansado e na rua dormiu. Os olhos com tédio e antipatia da mesa próxima lhe deu um sedativo sem ele perceber...


En español

“¡El árbol!”, ella gritó y todos corrieron sus ojos hasta Vera. La muchacha volaba con paso cimbreante teniendo en su mano un vaso con arak azul y verde. Tapándola una dulce espuma blanca. “¡El árbol!, de Olavo Bilac”, dice y todos aplaudieron su interpretación de la timidez y vergüenza delante el público.
- ¡Bien venidos al cuarto Sarao de Arak! Coman, beban y se encanten con las palabras. Y no se callen. ¡Hablen, coman y beban!
La blanca sonrisa del cielo
Y los árboles tejedores
Iluminen la noche
Llenándonos de celo.
Recítanos Benito y en la cola leer “Luna muerta \ Calle tuerta \ Tu puerta”, poema de Cassiano Ricardo.
- Benito, ¡siéntate con nosotros! – Habla Claudio Castro y Rejane, su esposa, sonreír. También sonrieren Robinson Ayres y Maura, su esposa. Los cuatro reciben Benito y a mí y con nosotros discuten sus acciones de mejoría de la ciudad.
En la mesa prójima, una pareja de ojos lo mira aburrida y con antipatía. Pero él nada percibe y se sienta tranquilo. Nena de Castro, Goretti de Freitas, Nancy Maestri leen buenos poemas. Tiago Lauar canta y encanta.
- ¡Permiso! Voy a musicar un poco. – Dice Claudio y una mariposa amarilla y negra sale de su guitarra. La mariposa amarilla tenía anchas líneas negras.
Tanta gente buena y los hice compañía.
- Noche, me voy. ¿Viene conmigo?
Y salimos juntos delante la mirada de la luna. Todavía caminábamos cuando Benito sintió cansancio y en la calle durmió. Los ojos aburridos y antipáticos de la mesa prójima le dieron sedante sin él percibir…


Ofereço como presente de aniversário a:
Amanda Vita, Moisés Salatiel, Ubirathan do Brasil, Luciano A. Maciel, Thieres Tayroni, João Camargo, Fabi Dolabela, Claudiane Dias e Bryan S. Rodrigues.

Recomendo a leitura de (sem título), de Karine Faria; e (sem título) de Rafael Cabral:

Em banto, obax nafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.


Escrito originariamente en español en el principio de la tarde de 24 de mayo de 2015 y reescrito entre el día siguiente y 08 de junio del mismo año. Perdóname cualquier error. ¡Gracias!

segunda-feira, 1 de junho de 2015

CHEIRO DE HISTÓRIA II

OLOR DE HISTORIA II


Rubem Leite e Oliveira Prazeres

Obax nafisa.


New widowed is as unripe firewood.
She cries, but she catches fire.

Em português

Você e eu estamos à sombra na barraca do Marcelo. Ao redor tem muitas árvores; umas com flores e outras só com folhas. Mas aaah! Da vegetação vem um cheiro bom de histórias... Ou talvez o perfume venha de uma laranjeira existente em minha imaginação. Todavia, na mesa seguinte, bem à nossa frente, há um homem de trinta anos. Ou mais ou menos. Camisa branca, de mangas cortadas e escrito “Fuck you White Metal”. Seus longos cabelos têm três cores naturais. Preto, marrom e louro. Não me parecem limpos, mas também não estão sem lavar a mais de três ou quatro dias, acho. No fim das contas seu semblante parece um misto de Simpsons e busto medieval da proa de navios.
Roberto quer esquecer o chefe chato que lhe disse ser dispensável. E ele não é e nem se sente inútil. E sabe fazer as coisas. Então dá o seu melhor e canta a vendedora de água de coco que bebe caipirinha. Uma angolana de pele marrom e falsos cabelos lisos marrons com preto e minha vizinha que perdeu o marido brasileiro para a penitenciária do Ipaba (MG).
O papo dele a cativa. Arrazoam sobre músicas sertanejas (que ele “gosta”... Rerrê) e aversão ao futebol. Conversam, conversam e falam do capitalismo mais a pobreza de alguns. E falam, falam e conversam até o fim do Feirarte.
E vão para a casa dela. Sem ele saber que fora seduzido e abduzido. Mas só Deus sabe para onde e por quê.
- Entre e esteja à vontade. – Diz ela soltando de forma sensual os falsos cabelos lisos marrons e preto.
Roberto olha petrificado para a beleza da mulher que pega alguns copos e uma cerveja para ambos, repara na quantidade de livros pela casa. Percebe do gosto apurado que ela tem pela literatura e por pequenas peças de arte… E isso o fascina. Ela liga o velho rádio e deixa tocar suavemente as músicas sertanejas no ar. “Gosto de música sertaneja. Mas é uma pena não tocarem músicas de minha Angola”. O doce aroma da casa vem da leve fumaça à base de um incenso de flores. Eles trocam flertes enquanto vão embebedando-se, dançam de um jeito atrevido: um toque angolano na dança brasileira. E vão perdendo-se um para o outro enquanto seus corpos se tocam temporalmente.
Ali ambos se deixam levar pelo momento fogoso. Roberto se vai esquecendo do chefe que lhe acusara ser dispensável e ela nem mais se lembra do marido detido na penitenciária do Ipaba. Trocam juras de amor, mas lá bem no fundo de suas almas, ambos sabem que não passa da força do álcool, solidão e daquela paixão desfreada que nasceu lá no Feirarte. Socorrem-se da sala para o quarto onde envolvem-se entre os lençóis e doam-se ao prazer um do outro, entre gozo de ternura fazem amor.
De madrugada o galo da vizinha canta à forma mineira e os pequenos raios de sol que irrompe da janela do quarto os desperta do leve sono, Roberto vai recolhendo suas roupas entre as vestes femininas e botões espalhadas pelo quarto e diz para ela, que ainda estava deitada na cama:
- “O que aconteceu entre a gente ontem foi legal, mas...”. Diz ele sob efeito da dor de cabeça provocada pela ressaca enquanto se veste.
- Foi um momento gostoso de fraqueza. Ambos somos adultos e bem sabemos o que fizemos. Até porque eu sou casada e sei que tu também. Então é melhor mesmo a gente ficar por aqui, ficamos só pela amizade e quem sabe a gente se vê por aí. – Respondeu como quem estava constrangida pela traição de ambos, mas de alguma forma sabia que era apenas o começo de uma longa história entre eles.
- Realmente sabe que não pode voltar a acontecer?
- Tu sabes que pode voltar a acontecer...
Roberto tomou seu rumo: família e trabalho. Pensa nas constantes chatices do chefe e o quanto sofria em sua fria cama. Adriana volta para seus afazeres diários. Na memória de Roberto ficou gravado a emoção daquele momento e começou a aguardar ansiosamente pelo dia em que voltariam a cruzar-se na próxima edição do Feirarte. Resoluta, Adriana olha através de um espelho e planeja a próxima abdução.


En español

Tú y yo estamos a sombra del quiosco del Marcelo. Alrededor tiene muchos árboles. Unos con flores y otros solamente con hojas. ¡Pero aaah! De la vegetación viene un excitante olor de historias... O tal vez el olor venga de un naranjo existente en mí imaginación. Sin embargo, en la mesa prójima, a nuestra frente, hay un hombre de treinta años. O más o menos. Camisa blanca con mangas cortadas y escritas “Fuck you White Metal”. Su largo pelo tiene tres colores naturales. Negro, marrón y rubio. A mí no parece limpio, pero también no está sin lavar a más de tres o cuatro días, lo creo. En fin de cuentas, su semblante parece un misto de Simpsons y busto medieval de proa de navíos.
Roberto quiere olvidar del aburrido jefe que lo dice ser uno dispensable. Y él no lo es y ni se siente inútil. Y sabe hacer las cosas. Entonces él da lo mejor de sí y echa un piropo a la vendedora de agua de coco que bebe caipirinha¹. Una india peruana de piel marrón, de pelo lacio y negro hecho una chanate y mi vecina que perdió el marido brasileño para la penitenciaria de Ipaba (MG²).
La charla de él la cativa. Discuten sobre músicas sertanejas³ (que a él “les gustan”… Jejé) y aversión al fútbol. Platican, platican y hablan del capitalismo más la pobreza de algunos. Y charlan, charlan y platican hasta el fin del Feirarte.
Y se van para a casa de ella. Sin él saber que fuera seducido y abducido. Pero, solamente Dios sabe para dónde y por qué.
- Adelante y siéntate bien. – Dice ella soltando sensualmente los lindos pelos lisos y negros.
Roberto mira petrificado la belleza de una mujer tan guapa mientras ella coge dos vasos y una cerveza para ambos, observa la cuantidad de libros en los muebles. Percibe el gusto apurado que ella tiene por la literatura y por pequeñas piezas de arte… Eso lo encanta y fascina. Ella enciende la antigua radio y deja la música volar suavemente en el aire. “Me apasiona la música brasileña, de preferencia el sertanejo. Sin embargo, siento falta de las músicas de Perú.  Canciones que no callan en tu alma, te golpean el pecho por dentro, tu corazón late como un tambor esa lonja de vida que te hace sentir profundezas”. El agradable aroma de la casa procede del humo de un incienso de flores. Ellos intercambian coquetas mientras se emborrachan, bailando de una manera atrevida: un toque indígena en la danza brasileña. Y se van perdiendo uno para el otro mientras sus cuerpos se tocan temporalmente.
Allí ambos se dejan llevar por el momento fogoso. Roberto se va olvidando del jefe que le acusara ser dispensable y ella ni más se recuerda del marido detenido en la cárcel de Ipaba. Intercambian votos de amor. Sin embargo, en el hondo de sus almas, ambos saben que es solamente la fuerza del alcohol, soledad y de aquella pasión descontrolada nascida en el Feirarte que los mueve y une. Se van de la sala para la habitación adonde se envuelven entre las sábanas y se donan al placer uno del otro, entre gozo de ternura hacen el amor.
En la mañana temprana el gallo de la vecina canta a la manera minera y los pequeños rayos de sol que arrompen de la ventana de la habitación los despiertan del leve sueño, Roberto saca sus ropas entre las vestes femeninas y botones esparcidos por la habitación y dijo a ella, aún acostada en la cama:
- “Fue buena nuestra noche, pero…”. Dijo él bajo efecto del dolor de cabeza provocada por la resaca mientras se veste.
- Fue un momento excito de flaqueza. Ambos somos adultos y bien sabemos lo que hicimos. Hasta porque soy casada y sé que tú también. Entonces lo mejor es la gente no se ver más… Sin embargo, se nuestros ojos se cogieren… – Respondió como se constreñida por la traición de los dos. Pero, de alguna manera sabía que era solamente el inicio de una larga historia entre ellos.
- ¿Realmente sabes que no puede volver a acontecer?
- Tú sabes que puede volver a acontecer…
Roberto sale pensando en su familia y trabajo. Piensa en la lata que es su jefe y lo que sufría en su fría cama. Adriana limpia su casa. En la memoria de Roberto se quedó gravado la emoción de aquél momento y empezó a esperar por el día que volverían a cruzarse en la próxima edición del Feirarte. Resoluta, Adriana ojea través de un espejo y planea la próxima abducción.


Ofereço como presente de aniversário a:
Andreia V. Dutra, Aniyan C. Abraham, Rita de Cassia Carvalho, José Carlos Rosa, Kilder Andrade, Gabriela Macedo, Valdiene Gomes, Thânia Ezequiel, Bruno Grossi, Selma Albergaria, Rodolfo Gatti, Adriana Garcia, Isadora Zeferino, Leandro Silva, Vilma A. Januário, Danielle Guerra, Alexandre Magno e Lua Salles.

Recomendo a leitura de A Árvore no Meio do Jardim, de Carlos Glauss, http://artedoartista.blogspot.com.br/2015/05/a-arvore-no-meio-do-jardim.html

¹ Caipirinha (la pronunciación es caipiriña) es una bebida brasileña hecha con aguardiente, limón y azúcar refinado.
² MG es una provincia brasileña. Su nombre es Minas Gerais y es la más rica en cultura e historia.
³ La música sertaneja es un estilo musical brasileño heredado de la “música caipira” y de las modas de violas. Se caracterizan por sus melodías sencillas y melancólicas. Puede ser relacionada con “la música country” por ser conocida como “música do interior”.

Em banto, obax nafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.


Escrito entre 06 de janeiro de 2014 e 01 de junho de 2015. E por gentileza, perdoa-me qualquer erro de espanhol.