Potira
itapitanga.
Em português
Edgar Allan Cat sobe em uma caixa perto da dama da noite e dorme.
Enquanto isso Don Perro de la Mancha deita diante de mim e me conta seu plano.
- ... É uma máquina que faz renascer os dentes que se perderam. Eu me
inspirei nos crocodilos; que sempre que perdem um dente outro nasce. Tem muitos
anos que estou estudando os jacarés e descobri seu segredo dentário. A gente
vai ficar rico.
- É verdade! Todos os dentistas vão querê-la.
Depois que falei, Don Perro dispara a correr no Feirarte e sorvo um pouco
da bebida feita pelo Marcelo em sua barraca. É um coquetel cor de vinho e muito
gostosa. Só, estou em minha mesa em uma manhã que não está quente e o sol não
brilha. Mas está agradável.
- O que você está lendo?
Pergunta-me Allan Cat, meu gato que dormia até agora debaixo da dama da
noite. Don Perro, louco como sempre, corre atrás de uma borboleta amarela.
- Um conto de Eduardo Galeano.
- Dele conheço somente Las Venas Abiertas de América Latina; no original,
não a tradução. Qual é o assunto do conto?
- Que Uruguai se tornou independente da Espanha para ser dependente da
Inglaterra e que os uruguaios que mais lutaram pela independência – os negros,
índios e outros – foram os desprotegidos em sua Constituição.
- Boa história para ser lida 15 de Novembro...
- Rerrê. Triste verdade.
- Políticas e políticos, isso sim são dentes de crocodilo... Mas, como se
chama o conto?
- “La Jura de la
Constitución”. Leia também, Allan Cat, “La Indepedencia”, do mexicano
Octavio Paz.
Nem se passou um minuto e meu gato voltou a dormir e Don Perro se
aproxima de mim.
- No que tá pensando? – Pergunta-me.
- Em um amor não vivido...
- Então na vale a pena pensar... Você tem o meu amor.
Enquanto pensava me sentia emparedado em um túmulo. Mas meu cachorrinho
me arrancou de uma síncope. Sorrio enquanto lhe vejo correndo atrás de uma
pomba cinzenta.
Ao longe, um homem se levanta suas cadeiras da cadeira, levanta sua
camisa, acaricia seu peito, sua tatuagem e a frente de sua calça olhando a
mulher que o olha. E se senta. O que será que passa na cabeça dela que não vai
com ele para algum outro lugar...?
- Benito! – Camile Gracián me fala. – Sempre aqui...
- Sempre... Sente-se comigo!
- Estou com Lorraine.
- Sentem as duas. Gosto de estar com vocês.
Ela se senta e sem demora chega sua namorada e se junta a nós. Mas,
Camile está aborrecida.
- Que aconteceu, menina, para estar tão nervosa?
- Um certo diretor que se sente excepcional me disse umas coisas... e...
e eu lhe disse em bom português “Não me enrole que não sou seu beck”.
- Rerrê. Éééé. Presunção é dente de jacaré...
- No entanto, meu amor, estamos aqui para relaxar.
Lorraine fala e eu digo:
- Então... Marcelo! Traga três bebidas pra gente tragar, por favor.
Allan Cat sai de cima da caixa e se deita no colo de Camile e Don Perro
chega e se deita debaixo da cadeira de Lorraine enquanto bebemos.
En español
Edgar Allan Cat sobe en
una caja cerca del oloroso árbol dama da noite y se duerme. Mientras tanto Don
Perro de la Mancha se acosta a mis pies y me cuenta tu plan.
- … Es una máquina que
hace nacer los dientes que si perdieron. Me he inspirado en los cocodrilos; que
siempre que pierde un diente otro lo nace. Hace ya dos años que estoy estudiado
los caimanes y descubrí su secreto dentario. A gente se quedará dueño de la
plata.
- ¡Verdad! Todos los
dentistas se van a quererla.
Después que hablé Don
Perro se pone a correr en el Feirarte y sorbo un poco de la bebida hecha por
Marcelo en su quiosco. Es una bebida color de vino y exquisita. Solo, estoy en
mi mesa en una mañana que no está calorosa ni brilla el sol. Pero, está
agradable.
- ¿Qué lees?
Me pregunta Allan Cat,
mi gato que dormía hasta ahora bajo del árbol de dulce olor fuertísimo. Don
Perro, loco como siempre, corre tras una mariposa amarilla.
- Un cuento de Eduardo
Galeano.
- De él solamente
conozco Las Venas Abiertas de América Latina. ¿El cuento habla de qué?
- Que Uruguay se quedó independiente
de España para ser dependiente de Inglaterra y que los uruguayos que más
lucharon por la independencia – negros, indios y otros – fueron los
desprotegidos en su Constitución.
- Buena historia para
ser leída en 15 de Noviembre…
- ¡Jejé! Triste verdad.
- Políticas y políticos,
eso sí son dientes de cocodrilo… Pero, ¿cómo se llama el cuento?
- “La Jura de la Constitución”.
Lea también, Allan Cat, “La Independencia”, del mexicano Octavio Paz.
Ni un rato se pasó y mi
gato se vuelve a dormir y Don Perro se acerca de mí.
- ¿En qué piensas? – Me
pregunta.
- En un amor no vivido…
- Entonces no vale la
pena pensar… Tienes tú mi amor.
Mientras pensaba me
sentía emparedado en un túmulo. Pero, mi perro me sacó de un síncope. Sonrío mientras
lo miro tras una paloma gris.
Lejos, un hombre se
levanta de su silla, levanta su camisa, acariña su pecho, su tatuaje y la
frente de su pantalón mirando la mujer que lo mira. Y se sienta. ¿Qué se pasa
en la cabeza de ella que no se va con él para algún otro logar…?
- ¡Benito! – Me habla
Camile Gracián. – Siempre acá…
- Siempre… ¡Siéntate
conmigo!
- Estoy con Lorraine.
- Sienten las dos.
Vosotras me encantan.
Ella se sienta y no
tarda tu novia llega y se pone en la silla. Pero, Camila está medio aburrida.
- ¿Qué pasas que estás
nerviosa?
- Un cierto director que
se siente excepcional me dijo unas cosas… y… y le dije en bueno castellano “No
me enrolle que no soy marihuana”.
- ¡Jajá! Ser presumido es
diente de caimán poco dormido.
Las dos ríen.
- Sin embargo, cariño,
estamos acá para relajar.
Charla Lorraine y digo:
- Entonces… ¡Marcelo, traiga
tres bebidas para nosotros, por favor!
Allan Cat sale de arriba
de la caja y se acosta en el regazo de Camile y Don Perro llega y se acosta
debajo de la silla de Lorraine mientras bebemos.
Ofereço como presente de aniversario:
Márcia Veloso, Lara Luft, Adele Ramos, Dalbert Benjamim, Cleonice
P.F. Leite, Kátia Ferreira, Dressa Dumont, Sandra H. Martins, Antonio D
Sebastião, Mailson F. Viana, Patrícia M. Silva, Jayane Santos, Silvana
Alvarenga, Thalyanne Neves, Franquilaine Alcântara, Karen Porfiro, Amanda
Novais, Cássia Toledo, Patrícia Loures, Jeferson A. Fernandes, Marcelo
Oliveira, Márcio Mendes, Mariza Batista, Aldrin G. Martins e Eliane JM Santos.
Junho é mês quente porque muitos aniversariam em março...
Diquinha de português:
Concordância de gênero em “a gente”:
Na linguagem informal, mas aceita pela ‘gramática normativa
do português padrão’, “gente”, quando precedida do artigo “a”, vale como o
pronome “nós”. Mas ainda de acordo com as regras gramaticais, como a palavra
“gente” é feminino, o adjetivo concordará em número e gênero com o substantivo,
não importa se o falante incluído no “nós” seja homem; por exemplo: “Benito, a
gente vai ficar rica”. Entretanto, como “a gente” é expressão informal (quero
dizer que não se submete radicalmente ao português padrão) é flexível o seu uso
(principalmente se entre os falantes houver alguém do sexo masculino) porque
reflete a função do pronome que assume (nós). Então não é incorreto dizer
“Benito, a gente vai ficar rico”.
Maiores informações (todas acessadas 12 de março de 2016):
Michaelis
Escolar, versão 3.0 agosto de 2008, Amigo Mouse Software, Editora Melhoramentos
Ltda.
Recomendo a leitura de:
“Ministro da Nação”, de Vinicius Siman:
e “Maria
Teresa Carbonell, 90 años, ex-militante del POUM: ‘No caigas en la mezquindad’”,
de Javier Villanueva:
Escrito
originariamente en español entre los días 15 de noviembre de 2015 y 13 de marzo
de 2016.