domingo, 20 de março de 2016

GUNTHER ESTEBANEZ na história do Graffiti




O Graffiti é aplicado em História da Arte como expressões artísticas produzidas por riscar um desenho em uma superfície. As primeiras formas desta expressão foram as pinturas rupestres feitas com ossos de animais, terra, carvão ou sangue. 
Este estilo de arte é frequentemente vinculado à cultura hip-hop deriva dos anos 1960 e teve os estilos derivados do subúrbio da cidade de Nova York. Há uma tradição significativa do Graffiti na América do Sul, sobretudo no Brasil. São Paulo é geralmente considerado o atual centro de inspiração para muitos artistas no mundo.
Alguns artistas adotam os estilos de escreverem seus próprios nomes. A "Tag" é a escrita mais básica do nome de um codinome, podem conter mensagens sutis e por vezes enigmáticas. Um estilo mais clássico é o “Wildstyle”, letras entrelaçadas pintadas de forma razoavelmente ilegível geralmente envolvendo pontos de ligação e desenhos. O “Stencil”, outro exemplo de Graffiti é um estilo mais moderno usa moldes vazados que podem ser estampados varias vezes. E também “Sticks” (adesivos) como uma maneira de intervenção rápida.
Com a popularização e legitimação como Arte, o Graffiti alcançou um nível de comercialização. Os artistas de rua foram convidados para pintarem em campanhas publicitárias de grandes empresas. Alguns destes artistas, aos poucos migraram para ilustração e design, mantiveram sua prática artística e o estilo concebendo e produzido, logotipos, ilustrações, calçados e moda.
Gunther Estebanez é um artista Brasileiro, nascido no interior das Minas Gerais, Brasil. Surgido da pop-arte publicitária iniciou seus trabalhos por volta de 1995 quando trabalhava no ramo de outdoor. Dedicou à difusão do Graffiti e a qualidade artística regional. Começou pintando na rua a fim de ter seus trabalhos expostos para todos, para que pudessem ver a qualquer hora, de forma gratuita, afinal, esta é a filosofia do Graffiti.
Hoje aos 37 anos de idade Gunther comemora 20 anos de carreira, tendo pintando em boa parte do Brasil levado sua arte por onde passou. . Propõe a ocupação de espaços com arte, sobretudo com Graffiti. Dedica-se além dos trabalhos de grafitagem, à decoração, ilustração, cenotécnica e figurino, também à algumas soluções artísticas e aos estudos para arte-educador. Acredita que o melhor caminho para as futuras gerações esta na educação e que a arte deve ser passada a diante, assim como qualquer outro dom. “- O ensino das artes nas escolas é tão fundamental quanto a matemática ou português! O aprendizado artístico auxilia na comunicação em geral, aumenta a percepção e o entendimento de todas as manifestações artísticas. Ninguém vive sem arte!” Questiona o “artista professor”.
Gunther Estebanez enquanto educador se sente satisfeito por ter alcançado a marca de 1.000 alunos em oficinas de Graffiti e minicursos de arte. Começou em 2001 com projeto pela lei de incentivo da sua cidade. Orientou e incentivou 500 alunos a pintarem trabalhos nos muros de escolas públicas. Teve apoio privado e investiu recursos próprios no ensino da arte do Graffiti.

Diário do Aço:
IPATINGA – Pelas mãos do artista Gunther Estebanez paredes, vitrines, telas e até bancos viram obras de arte. Com 15 anos de carreira, ele já fez trabalhos de vários tipos e agora encara um novo desafio. Transformar os 31 bancos do Parque Ipanema em pedacinhos da fauna e da flora da Bacia do Rio Doce. De forma voluntária, ele grafitou os bancos para o 5º Fórum das Águas do Rio Doce, que começou nesta quarta-feira (7).
Segundo o artista, a proposta inicial era revitalizar o espaço dos bancos. Primeiro o local recebeu bloquete ecológico. Depois veio a ideia de retratar a fauna e flora da nossa região. “Foi um trabalho em equipe que começou com a ideia de Amauri Kru’s, que me indicou. Depois uma equipe fez a limpeza dos bancos com técnicas industriais”, disse. O artista plástico André Baião, fez os desenhos e Gunther grafitou. O trabalho demorou cerca de 15 dias para ficar pronto. 
Pesquisa
Gunther Estebanez explicou que a escolha dos animais e plantas foi feita seguindo alguns critérios. Primeiro ele priorizou as espécies abordadas pelo projeto Água do Rio Doce, idealizador do evento. Depois foi considerado os mais raros e por último, as espécies mais exóticas da fauna e flora.
“Esse é um trabalho inédito para mim em relação à temática e ao objeto grafitado. Para executar o trabalho, Gunther usou uma tinta importada da Espanha. Ao todo foram utilizadas cerca de 250 latas, o que corresponde a aproximadamente 150 litros de tinta.  

Paixão pelos desenhos começou cedo
Gunther Estebanez contou que seu fascínio pelos desenhos começou cedo. “Desde a época da escola eu gostava de desenho. Aos poucos fui aprimorando o dom de forma autodidata. Compro muitos livros, vou a eventos e estou em contato com artistas da área. Mas não me acho um bom desenhista e sim um bom pintor”, relatou o artista.
Ao cursar cenotécnica no Rio de Janeiro, Gunther foi parar nos bastidores do carnaval carioca. “Aprendi muita coisa trabalhando na escola Caprichosos de Pilares, fazendo adereços e esculturas”, falou o artista.
 
Artista ministra cursos
Além de grafitar muros, espaços públicos e motéis, Gunther Estebanez faz esculturas, quadros e design de interiores. O conhecimento que adquiriu, Gunther tenta levar aos outros por meio de oficinas. Atualmente ele ministra aulas particulares em domicílio. Mas seu maior sonho é criar na cidade uma escola de arte, que contemple várias modalidades indo das artes plásticas, passando pela música, teatro e dança. “Temos muitas iniciativas na região, mas acho que elas são isoladas”, concluiu Gunther Estebanez. O telefone de contato do artista é 8782-5369.

Repórter do Diário do Aço: Polliane Torres


Um comentário:

Glaussim disse...

O Gunter é nosso orgulho no Vale do Aço ! Esse tem a coragem e a ousadia autêntica. É nosso cultista da arte. Merece toda admiração!