Rubem Leite
Versos escritos e mexidos em
13-7-04 (04:58h AM); 19-8-04; 17-11-09
Gandhi, alma sublime,
Que só de ler sobre ele
Começo a chorar.
A Lua nua num sorriso crescente para mim
Vênus, igualmente pálida, nem pisca
Para ninguém.
Volto a deitar
Mas não paro de pensar
Volto para vê-las
Que pena. Foram embora
E eu, só, no meu quarto.
Mas eis que vejo Vênus
Se despir do véu
Que envolve o céu
E olha para mim.
Não sorri nem pisca.
Serena!
Será amor à vista?
Sem serem palavras ao vento
Quero poder ouvir alguém repetir
(E acredito um dia
Poder ser um Gandhi também):
“Detesto os privilégios e monopólios.
O que não pode ser de todos,
Não o quero para mim”.
Quero que minhas lágrimas de emoção
Não sejam vãs.
Quero que na humanidade sejam veras
Tais palavras
No coração
Na ação.
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