terça-feira, 22 de dezembro de 2009

POESIA DE BAR EM BAR

Rubem Leite

Manuscritos escritos entre

09 a 18 de dezembro de 2009.

Digitação e refazimento entre

19 a 22 de dezembro de 2009

Ouvindo Águas da Amazônia, de UAKTI.


Ofereço a

Shirley Maclane, Solange Amorim,

Marília Siqueira, Nena de Castro,

Banda Bricoleur e aos artistas citados no poema.

Ofereço também a Mayron Engel,

como presente de aniversário.


A lata batida na mesa

Chama atenção

Rosto desagradável

Enquanto Penna a cantora Mariana

E os instrumentais não vêem

Quem ouve enquanto a caneta

Fala o que vê.


Cordel duma Bruta companhia

Que, juro, não vou rimar com bordel

É a pétala do pássaro Filipe

Na dor olhar de Gisely

Da Maria Clara palavra Marrione.


Tenho impressão

Estou ficando cego


Um desejo estranho

Num medo tacanho

Duma visão

Reduzida reduzindo

O cenário derredor


¿Refletindo minha estupidez?


Importaria-me menos se meus olhos

Carnais

¿Fechassem

Se meus olhos

¿Artísticos

Abrissem

Ainda mais?


Cansada de esperar a voz cansada espera resposta.


Olho para trás vendo a noite que se vai

Reposiciono-me vendo o sol que vem.

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