Obax anafisa.
Praça
constante num lugar que não existe, do camelódromo ao Banco do Brasil. De
costas para BR uma banca de revista de frente ao canteiro circular. Nele, duas
touceiras de beijo rosa, abundante folhagem arroxeada e esmilinguidas
palmeirinha e boldo. Na lateral direita, vastas palmeira e paineira. Na
esquerda, jovens pau mulato, ipê, oiti e, quase sombreado por eles, o banco
onde se passa nossa estória.
- Hoje eu
quis lhe dar meu amor, mas meu coração não lhe tem valor. Quis lhe dar meu
sorriso, mas minha carteira não tem muitos valores. Quis lhe dar uma flor e meu
gesto lhe foi ridículo. Quis dar meu corpo, mas não lhe sou bonito.
- Obrigada
pela gentileza. Eu faço programa.
- Eu posso
lhe dá estabilidade... meu nome e... e...
- Poderíamos
falar da estalibidade e etc. e tal, mas nunvamu perdê tempo não, bobo.
O hotelzinho
na rua três pontinhos é bem nojento, mas o beijo no canteiro balança ao vento.
Ofereço aos
aniversariantes.
Igino de Oliveira, Flávia
Frazão, Victor L. Macedo, Aparecido M. Soares, Warlisson Rodrigues, Lucimar
Inácia e Leila Cunha.
Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.
Escrito
entre 24 de setembro e 15 de outubro de 2012.
7 comentários:
Quando um não quer dois não brigam, nem amam!
Mas o beijo é mesmo feito de dois pólos de cargas desiguais...
BEIJOS AO VENTO DOS (DES)ENCONTROS...
AMORES... E 10 AMORES...
A antiga história da reciprocidade e do homem apaixonado (pelo prazer ou não).
Na reação do encontro tendemos a atrapalharmos na comunicação,mas e necessário para aprimorarmos as oportunidades do momento, para darmos conta da realidade possivél e descobrir um universo de encanto no encontro.
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