Obax anafisa.
Da biblioteca
pública municipal olho a faina inicial de uma segunda-feira. Trabalhadores
lavam os pontos de comércio seus ou dos patrões, transeuntes se dividem entre
os que sonhadores olham vitrines e os que estão a deriva. À deriva... me
lembrou do “concurso” que estamos realizando na faculdade para designar a
disciplina IAD (Introdução à Análise do Discurso): IADesgraça, IADiscórdia,
IADeriva...
Huuum! Acho
melhor voltarmos ao cronto.
Políticos
distribuem santinhos. Político e santo, tão antagônicos...
A madrugada
foi muito fria e a manhã está ensolarada. Nuvens brancas no céu azul flutuam na
indolência que desejo e que Macunaíma¹ descreve tão bem “Ai! que preguiça”.
- Oi! Medê
dinheiro pruncafezim.
- Não!
- Eu sou
Camila e faço programa. Comocê chama?
- Leo!
- Leo, eu
amocê.
- Quem diz
isso é a pedra.
- Quero dá
procê. Quero dá, quero dá, quero dá procê. Lararilará. – Camila canta.
Uma mulher
varre o lixo da rua e o vento espalha o que ela ajunta. Ela varre e ele espalha.
Varre e espalha. A mulher pára, pensa e muda de direção. Varre a favor do
vento, que lhe ajuda a limpar.
Vejo em um
livro a faina diária da vida humana. Vejo na vida humana um livro.
Ofereço com muito
carinho aos aniversariantes.
Nilmar Lage, Gustavo
Espeschit, Yasmine Pimenta, Andréa Silva, Luciano G. Botelho, Karla Suelen e
Shirley Maclane.
Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.
Escrito
entre 01 e 08 de outubro de 2012.
Macunaíma,
de Mário de Andrade, é uma rapsódia, ou seja, é uma soma de temas tirados do
povo.
2 comentários:
Saudações nobre jardineiro das palavras!
Obrigado pelo carinho e pela lembranca. Seu mini cronto tá ótimo. Abracos e sucesso sempre.
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