segunda-feira, 17 de junho de 2013

MARITA

Obax anafisa.


En español:

¡Ay! Si yo pudiera hacer todo diferente… ¿Yo haría?
Si amo Marita puedo cambiar mis palabras. ¿Como haría? Tal vez, como cuando ella deseó un perrito, en la mañana según lo sacase de mi bolso y con un beso lo daría. Serán bellas palabras silenciosas. O tal vez elogiándola cuando intenta algo, acertando o no. Son tantos sus aciertos que los errores desaparecen.
Si me gustan libros me voy de compras. No más me enfadaré todas las veces que me regalan con calcetines, corbatas. Como en mi último cumpleaños donde Rita, hermana de Marita, me irrita con docenas de calcetines, corbatas y calzoncillos. ¡Yo los tengo, caramba! “No soy un pobretón”, estornudo. “¿Qué dices, Benito?”, pregúntame. “¡Nada!”, contesto. “Me parece que dices algo”. Habla ingenuamente y repito “¡No!, nada allende de mis agradecimientos” mentí con una furia en mis ojos que no sé como la tonta no percibió. Tal vez porque sea una tonta mismo… Entonces, si no me regalan con buenas cosas, yo las pago.
Una vez que soy profesor de literatura, portugués y español, ¿puedo enseñar a alguien a escribir buenas redacciones? ¡Pensemos! ¿Lo que podría hablar en las clases? ¿Cómo podría enseñar? ¡Huuun! Que tal si crear algo así – ejemplo y explicaciones: La narración relata alguna transformación, o sea, el cambio de un estado inicial para un estado final. En otras palabras, el estado muda gracias a una secuencia de acciones. “José y Maria son felices en su casita” (Es el primer estado: los personajes son felices en la casita). “Joaquín mudó para la casa acerca y empezó a cortejar la vecina dejando José cargado de celos” (Es la acción: la seducción del recién llegado transformó la felicidad en celos). ¿Pero la historia muere, sin acontecer nada más? ¡No! Narración exige que las situaciones sean más trabajadas, que otros conflictos\acciones acontezcan. Pero aquí es sólo un ejemplo para mis alumnos. “José y Maria tuvieron una conversa seria y él intimó Joaquín a mudar de ciudad. El atrevido corrió, estaba con mucho miedo y la pareja se quedó feliz otra vez”. (Existe una cierta cronología: felicidad, cortejos, diálogo, intimación, fuga y la felicidad como estado final). Y ¿si enseñar también poesías? Cuadra… trova… soneto… aldravía! Será todo de bueno a mejor.
Y Eder… ¡No! Pero… cuando lo conocí mi corazón latió con fuerza y aún hoy, cada vez que recuerdo su olor, su pelo, sus ojos… ¡No! No lo puedo amar. No tendríamos hijos y las iglesias prohíben. Es pecado. Pero ¿por qué es pecado? ¿Amor es malo? No puedo pensar, los sacerdotes predican: “es cierto pensar solamente lo que decimos ser cierto. Todo más es errado”. Así, ¡dos hombres no, no, no! Tengo Marita. Es lo que importa. Y yo la quiero. No solamente amo Marita, yo la quiero. Con sus defectos y cualidades.
Y si quiero hijos los haré… ¡Uajajá! Voy a besar Marita más veces, ¿quien sabe así no nace uno? ¿Tal vez dos si yo la besar derecho? ¡Uajajá! Y si mismo así ella no se queda embarazada… ¡Adoptaremos! Hijos son hijos no importa de donde vengan ni de quién.
¡Ay! y si perdonase Marita toda vez que ella besase el lechero, el panadero, el verdulero, el carnicero, el jornalero, el peluquero, el bombero, el enfermero, el… ¡Ay, ay, ay! Nosotros seríamos más felices y no sentiría mi cabeza doler tanto. Y quien sabe si yo mejorar mis besos ella no lo haga más… Besase solamente yo, los médicos, los ingenieros y… y los hijos que nacerán. ¡Ay, ay, ay! Es mejor cambiar de asunto. Padre es padre y pronto. ¿Está lloviendo allá fuera?


Em português:

E se eu pudesse fazer tudo diferente… Eu faria?
Se amo Marita posso mudar minhas palavras. Como faria? Talvez como quando ela desejou um cachorrinho e na manhã seguinte eu o tirasse de meu bolso e com um beijo lhe desse. Seriam belas palavras silenciosas. Ou talvez a elogiando quando tenta algo, acertando ou não. São tantos seus acertos que os erros desaparecem.
Se eu gosto de livros vou comprá-los. Não mais me irritarei todas as vezes que me presentearem com meias e gravatas. Como no meu último aniversário onde Rita, irmã de Marita, me irrita com dezenas de meias, gravatas e cuecas. Que saco, eu os tenho! “Não sou um pobretão”, arroto. “Que disse, Benito?”, pergunta-me. “Nada!”, respondo. “Me parece que disse algo”. Fala ingenuamente e repito “Não! Nada além de meus agradecimentos” menti com uma fúria em meus olhos que não sé como a burra não percebeu. Talvez porque seja uma imbecil mesmo… Então, se não me dão boas coisas, eu as compro.
Uma vez que sou professor de literatura, português e espanhol, posso ensinar alguém a escrever boas redações? Pensemos! O que podia falar nas aulas? Como poderia ensinar? Huuun! Que tal se criasse algo assim – exemplo e explicações: A narração relata alguma transformação, ou seja, a mudança de um estado inicial para um estado final. Em outras palavras, o estado muda graças a una sequência de ações. “José e Maria são felizes em sua casinha” (É o primeiro estado: os personagens são felizes na casinha). “Joaquim mudou para a casa ao lado e começou a cortejar a vizinha deixando José cheio de ciúmes” (É a ação: a sedução do recém chegado transformou a felicidade em ciúmes). Porém a história morre, sem acontecer mais nada? Não! Narração exige que as situações sejam mais trabalhadas, que outros conflitos\ações aconteçam. Porém aqui é somente um exemplo para meus alunos. “José e Maria tiveram uma conversa séria e ele intimou Joaquim a mudar de cidade. O atrevido correu, estava com muito medo e o casal voltou a ser feliz”. (Existe uma certa cronologia: felicidade, cortejos, diálogo, intimação, fuga e a felicidade como estado final). E se ensinar também poesias? Quadra… trova… soneto… aldravia! Será todo de bom a melhor.
E Eder… Não! Mas… quando o conheci meu coração bateu com força e ainda hoje, cada vez que recordo seu cheiro, seus cabelos, seus olhos… Não! Não o posso amar. Não teríamos filhos e as igrejas proíbem. É pecado. Mas por que é pecado? Amor é mal? Não posso pensar, todo líder religioso afirma: “só e certo pensar no que dizemos ser certo. Tudo mais é errado”. Assim, dois homens não, não, não! Tenho Marita. É o que importa. E eu a quero. Não somente quero Marita, eu a amo. Com seus defeitos e qualidades.
E se quero filhos os farei… Uarrarrá! Vou beijar Marita mais vezes, quem sabe assim não nasce um? Talvez dois se eu a beijar direito? ¡Uarrarrá! E se mesmo assim ela não engravidar… Adotaremos! Filhos são filhos não importa de onde venham nem de quem.
Ai! E se eu perdoasse Marita toda vez que ela beijasse o leiteiro, o padeiro, o verdureiro, o açougueiro, o jornaleiro, o cabeleireiro, o bombeiro, o enfermeiro, o… Ai, ai, ai! Nós seríamos mais felizes e não sentiria minha cabeça doer tanto. E quem sabe se eu melhorar meus beijos ela não beije mais ninguém. Beijasse somente eu, os médicos, os engenheiros e… e os filhos que nascerão. Ai, ai, ai! É melhor mudar de assunto. Pai é pai e pronto. Está chovendo lá fora?


Ofereço como presente de aniversário a:
Bruno Coelho, Lorena Rodrigues, Alexandre Rodrigues, Ton Xavier e Lígia Schmidt.

Escrito originalmente em espanhol e depois recriado em português entre início de maio e 17 de junho de 2013.
A versão espanhola contou com revisão de Juliana Dias Pilastre. Graduada em Língua Espanhola e Língua Portuguesa pela Universidade de Brasília. Pós graduada em Tradução Português-Espanhol e Espanhol-Português pela Universidade Gama Filho.


Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você que me lê e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.

3 comentários:

Anônimo disse...

Que preciosidade de texto, mesmo arranhando o meu espanhol consegui ler e entender o texto com e admira-lo. Que riqueza de detalhes, maravilhosa forma de narrativa, de repente me vi a própria personagem vivendo os conflitos e até mesmo sentido as dores de cabeça. A cada dia admito mais sua forma de escrever. Parabéns meu caro amigo. Continue nos brindando com essas preciosidades. beijo no coração. Cássia Toledo

Lígia Schmidt disse...

Rubem querido.. Obrigada pela dedicatória... Lindo texto... E necessário nesses dias nublados ainda com tanta ignorância.

Um beijo grande.

Heloísa Davino disse...

Rubem, acho mesmo uma delícia essa multiplicidade de temas que perpassam o texto fluindo feito rio caudaloso e nos levando em sua correnteza. A gente aprende, sofre junto, solta as amarras e se entrega.
Continue nos brindando.