Obax anafisa.
Há muito vento nas copas das
árvores
Mesmos as sem folhas não estão
imóveis
Algumas ao sabor dos ventos
Outras saboreando os ventos.
Ah! Que vontade de chorar
Reclamar
Blasfemar
Gritar
Lamentar
Mas para quê?
Minha angústia não se calará
Minha insatisfação não se saciará
Minha incapacidade não se
capacitará
Minha dor não se aliviará
Meus resmungos não se inquietarão
Talvez até me alivie
Como o solitário que se auto-alivia
na solidão
Mas a origem de tudo
Não deixará de ter me consumido.
O ar está carregado de pó
Cheirá-lo ou aspirar flores
Ou sentir o toque do vento em meu
corpo
São livres arbítrios encantadores.
Ou aterradores.
Ofereço como presente de aniversário:
Rodrigo Poeta, Chrislaine Sabatine, Agnaldo Bicalho, Jésus Guimarães, Fábio
Nascimento, Mayara Ferreira, Nei Gomes, Erica Fernandes e Siloene de Oliveira.
Estou contente! Em breve o ebook bilingue (espanhol-português) de
poemas URDIDUMBRE – URDUME. Espero que adquira e creio que vai gostar.
Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é
minhas flores para você e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.
Escrito entre 15 de agosto e 30 de setembro de 2013.
2 comentários:
Muito bom o texto...ele me fez refletir e lavar a minha alma.
Acho que ando como as folhas que estão saboreando os ventos. Reclamar não muda nada e ainda aumenta o fardo. Estava iluminado quando o escreveu. Abração,
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