Obax anafisa.
Em português
Na rua vazia
de pessoas e cheia de carros sujos e abandonados, um rapaz corre apavorado em
um corredor de árvores mortas. Esconde atrás de um muro e pensa: Sou magrelo,
mas sou gostoso. É claro que ele quer me comer.
Um morto vivo
faminto está por perto, mas não o viu. Entretanto o nariz do garoto coçou e
espirrou. O monstro parou, olhou ao redor, cheirou e foi até ele, aproximou-se
dele, parou de novo e retornou a caminhar dizendo:
- É magro.
Pior! É Loiro... não tem cérebro. Que chato. Ainda estou com fome. Quero cérebro
de carne morena e gordinha.
- Com
licença, senhor monstro. Vejo que está com muita fome, não? E há que se acabar
com a fome no mundo. Não é verdade!?
- Sim! Mas
como? Estou morto de fome!
- Olhe! Perto
daqui tem um rapaz muito bonito e ele tem mais carne que eu, seu cabelo é preto
e seu cérebro é de médico... e cérebro de médico é mais gostoso, mais saudável.
Ele se chama Diogo e está naquela casa vermelha.
- Obrigado!
- De nada! Vá
com Deus. E bom apetite.
- Muito
obrigado!
O rapaz sai
detrás do muro, caminha tranquilo e sorrindo no corredor de árvores mortas na
rua vazia de pessoas e cheia de carros sujos e abandonados. E pensa: Sou magrinho
e gostoso; mais, sou inteligente e bonzinho.
En español
En la calle vacía de personas y
cargada de coches sucios y abandonados un muchacho corre aterrado en un pasillo
de árboles muertos. Esconde detrás de una tapia y piensa: Soy un grande
desgrasado, pero soy exquisito.
Un muerto vivo hambriento está cerca de él,
pero él no lo ha visto. Todavía su nariz empezó a picar y entonces estornudó.
El monstruo se quedó parado, miró alrededor, oleó y fue hasta él, se aproximó
de él, interrumpió y retornó a caminar diciendo:
- Es flaco. ¡Peor! Es rubio… no hay
cerebro. !Qué lástima! Aún estoy hambriento. Quiero cerebro de carne morena y
engrasada.
- Con permiso, señor monstruo. Veo
que estay con mucho hambre, ¡no! Y hay que se acabar con el hambre en el mundo,
¡¿no es verdad!?
- ¡Sí! ¿Pero cómo? !Estoy muerto de
hambre!
- ¡Ojo! Cerca de acá hay un muchacho
muy guapo y ele tiene más carne que yo, su pelo es negro y su cerebro es de
médico… ¡y cerebro de médico es más exquisito, más saludable! Él se llama don
Diogo y está en aquella casa roja.
- ¡Gracias!
- ¡De nada! Va con dios. Y ¡buen
provecho!
- ¡Muchas gracias!
El muchacho sale detrás de la tapia,
camina tranquilo y sonriendo en un pasillo de árboles muertos en la calle vacía
de personas y cargada de máquinas sucias y abandonadas. Y piensa: Soy
desgrasado y exquisito; más, soy inteligente y bueno.
Ofereço como presente de aniversário:
Cia. Bruta de Teatro, Aline Medeiros, Gunther Stebanez, Stefanni
Marion, Edilaine S. Peres, Joubert Moisés, Arteterapia Escritos, Marília S.
Lacerda, Luizin Ribeiro e Nauana Louzada.
Escrito entre 19 de setembro e 25 de novembro de 2013.
Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é
minhas flores para você e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.
Observações: originalmente escrito em espanhol. A versão em
português não é tradução e sim criação, sem intenção de ser parecida, tendo em
comum apenas a essência da ideia.
Observaciones:
originalmente escrito en español. La versión portuguesa no es traducción y si
creación, sin intención de ser parecida, tiendo en común apenas la esencia de la
idea.
2 comentários:
kkkkkk muito bom o texto Rubem, parece ter acontecido de verdade!
Abaços!
kkkkkkk, rachei kkk
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