quinta-feira, 22 de abril de 2010

O QUE TEM DE GENTE...

Borboleta pequenina

Voa de flor em flor

Levando doce amor

Ao coração da menina.


- Pode me ajudar?

- No que me for possível...

- Estou precisando traduzir para o alemão a quadra acima.

- Então tá. Lá vai:

Estraisvaisburnarbursaiscaistraisbainscãisnospãisestraise nofurdunçodocaribu

furburzussães. Qual é mesmo o segundo verso?

- Deixa pra lá. Vamos mudar de assunto. O que tem pensado atualmente?

- No que tem de gente que fala “Nos Estados Unidos não é assim”, “Na Europa é daquele modo” toda vez que se depara com algo desagradável: A fila do banco que não anda; o atendimento de algum funcionário público. Eu me espanto! Algumas vezes eu me calo por sentir que só conseguiria barraco... Mas geralmente eu pergunto se já esteve lá. Outras vezes, quando estou menos sereno, além de perguntar, convido a pessoa ir embora evadindo-se para lá. Ora! Os incomodados que se mudem... Bem! Geralmente, nunca saíram do país. Falam do que desconhecem por não terem nada a dizer.

- Concordo que muitas vezes o tempo se perde nos bancos. Muitos caixas vazios e uns poucos em atividade. Em tudo temos duas opções. No presente caso também: Gemer e chorar num vale de lágrimas. Ou aproveitar o tempo que nos foi imposto. Que tal ler um pouco! Orar! Estudar! Fazer um tricô. Sei lá. Aproveitar o tempo em algo construtivo e prazeroso.

- Afirmo que quase sempre somos ameaçados no exato momento em que pomos o pé nos estabelecimentos públicos... Há um cartaz dizendo que é crime o desacato aos funcionários; mas não dizem nunca como devem ser o comportamento deles para conosco; que eles nos devem respeito. Eu, por exemplo, atrasei em muito o pagamento do INSS e quando fui acertar uma das parcelas custou quase R$300,00. Paguei. Depois observei que ela tinha sido descontando numa rescisão contratual. Voltei para mostrar à funcionária e no fim das contas, depois de muito conversar ela enfatizou “Foda-se! Quem mandou pagar? Nós só reconhecemos o que é pago em carnê. O que é pago, sem fechar antes o carnê não chega ao sistema”. Daí pergunto, o Brasil é maldito por causa disso? NUNCA! Jamais saí do país então não posso falar como é fora daqui. Mas quem procura usar a cabeça faz críticas até quando assiste a tv. Assim, vendo filmes e lendo livros percebo que a corrupção na América do Norte é tão braba quanto é aqui. Sugiro que assistam, por exemplo, o filme O Visitante (The Visitor). Não posso falar por experiência como é fora daqui, mas posso falar da maravilha que é o Brasil. Todos os tipos de clima. Pessoas solidárias. Pessoas prestativas. Muitos empreendimentos se abrem todos os anos. Eu amo ser brasileiro. Amo morar no Brasil. Amo Minas Gerais.


Nenhum comentário: