Obax nafisa.
- Ai, Jisuis! Vou dá a lúiz!
- Ai, minha Nossa Senhora! Ai, meu
São José!
- Châmu táquis.
- Vô chamá. Pega os trem, quiá criança
invém. Onde tá, meu Deus!
- Tá li. Châmu táquis.
- Já chamei.
- Ai, Jisuis, qui chegô a min’hora. Cadê
us troço?
- Taqui.
- Châmu táquis.
- Já chegô. Vâmu, entra todo mundo.
- Num cábi.
- Então, vai eu, vai ocê, ocê e ocê.
- Mas e a grávida?
- Ah é! Ocê fica e vai ela.
No hospital. Duas horas de
internação.
- Alarme falso, gente. Alarme falso.
- Chama o táxi.
- Estou indo.
No táxi, quase em casa.
- Ai, Jisuis! Que vô dá a lúiz.
- Ai, minha Nossa Senhora! Ai, meu
São José! Volte, motorista, volte.
Na porta do hospital
- Alarme falso, gente. Alarme falso.
- Volte, motorista. Darré que aindapé.
- No meio da caminho
- Ai, Jisuis! Que vô dá a lúiz.
- Volta, motô, volta!
O carro fez o contorno
- Alarme falso, gente. Alarme falso.
...
Ofereço aos
aniversariantes
Silvia Gonçalves,
Othon Valgas, Luzia di Resende, Valdete Val, Michael Cobain, Antonio Carlos, Isabella
Ribeiro, Bispo Filho, Marcone Sousa, Kênia Nicácio, Yuri G. Rodrigues, Meirilene
Oliveira, André Graciano, Daniel Bastos, Luzineth F. Alves.
Recomendo a leitura de
Dissonância Medieval, de Maurílio Montanher:
Em banto, obax nafisa
significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você e faço
votos de que encontre nele pedras preciosas.
Escrito entre 06 de
junho de 2014 e 20 de abril de 2015.
2 comentários:
interessante meu amigo, escreve muito bem. Parabéns.
Eu adoro ler os seus textos em forma de diálogos, Rubem! Não sei se já comentei com você, mas eu, às vezes, gostaria de ter algumas sacadas que você tem... Isso sem falar no seu dom de concisão e na peculiaridade do seu humor que - eu me arrisco a dizer - reconheceria-o, mesmo que você não assinasse o texto.
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