Leitura pelo autor:
O céu amanheceu nublado apesar do dia quente; e a
incidência do sol sobre as nuvens enfeitaram o céu que prometia chuva, mas que
não jurava refrescar. Foi assim o início do ano letivo de 20... E neste dia Elizabeth
Farias e Elizabete Matias se conheceram na sala da turma 203 da E.E. Amaro
Lanari Junior, no bairro Ideal. Gostaram das semelhanças sonoras nos nomes e
chamavam uma a outra de Paroxítona Beth e Oxítona Beti.
A primeira morava na rua Orlando Silva, próxima à
Igreja Santo Antônio e a outra, na rua Ari Barroso, próximo ao RIC (Recanto
Ideal Clube). Após as aulas Beti ia à casa da amiga as segundas e quintas
feiras estudar; e as terças e sexta, Beth ia à casa da amiga para estudarem.
Quarta elas deixavam para ir ao shopping. Nas noites de sábado iam à igreja de
Santo Antônio e de lá para alguma festa ou barzinho com amigos. Nas manhãs de domingos
também iam à igreja e depois ao RIC.
Assim foi todo o segundo ano e no terceiro também. E quando
concluíram o ensino médio, Paroxítona Beth cursou licenciatura e a Oxítona
Beti, arquitetura.
Em um domingo no Feirarte, a dupla conheceu a Banda O
Trio. Beth ficou com o guitarrista e Beti, com o vocalista. Beth não se saciava
e ficou também com o baterista. E Beti nunca chegava lá, para desespero do
noivo, que até sabia fazer e praticava tudo direitinho. Os dois da Beth não
gostavam de partilhá-la e o da Beti, de gozar sozinho.
A sós (sem namorados e sem a outra saber) iam à
igreja pedir ajuda a Santo Antônio, que olhava por elas e intervia.
O tempo continuou sem pausa e as duas grandes amigas
concluíram seus cursos. Beth conseguiu trabalho na escola Amaro Lanari Junior e
também novos namorados. As manhãs e tardes ela passava trabalhando e as noites,
namorando. Solitária, Beti abriu seu escritório com dois amigos na Avenida
Pedro Nolasco. A busca pela sobrevivência fizeram os sócios trabalhar dia e
noite. Com tanto trabalho o tempo continuou sem pausas e as duas amigas quase
não se viam e não percebiam a distância crescente.
Em janeiro, Beth viajou para Vila Velha e por acaso
se encontrou com Beti. Ou seria por acaso se Santo Antônio não olhasse pelas
duas e intervisse. E, tocando lá, O Trio. Rindo beberam, beberam, beberam e
acabaram dormindo na areia da praia. Ao acordarem, tocaram-se e...
Hoje completa dois anos que elas moram na rua Luís
Carlos Pena. O céu amanheceu nublado apesar do dia quente; e a incidência do
sol sobre as nuvens enfeitaram o céu que prometia chuva, mas que não jurava
refrescar a Paroxítona Beth saciando-se e a Oxítona Beti chegando lá.
As duas continuam indo aos fins de semana a igreja
conversar com Santo Antônio, padrinho de ambas; ao RIC e festejando com os
amigos. No resto da semana trabalham com a qualidade própria aos homoafetivos.
Ofereço como presente aos aniversariantes:
Auíri Tiago, Fabí Dolabela, Claudiane Dias, Mª Bernadeth W.
Duarte, Pedro Claudino, Ariene Medina, Raphael Vidigal, Mª Lurdes F. Lopes, Anderson
Oliveira, Marciliane E. Silva, Kaique Santos, Bruno Coelho e Marcela Gomes.
Recomendo a leitura de “Passarinho”, de Xúnior Matraga;
“Las Proezas del Vasco de las Carretillas”, de Javier Villanueva; e “Ilusão
Perdida”, de Girvany. Respectivamente nos endereços abaixo:
Manuscrito no início da tarde de 28 de maio de 2017. E
trabalhado entre os dias 03 e 11 de junho do mesmo ano.
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