Leitura pelo autor:
Rita,
de passagem, entrou em minha vida. Na minha vida? Na verdade, nem um capítulo.
Uma página, talvez, ou um parágrafo apenas. Na verdade, em uma linha ela foi o
meu rito de passagem.
Mas
não na casa dos três viúvos. Não, lá não.
Clóvis,
Glória e Justina. Dois irmãos e a prima juntos na casa de uma. O pai de Clóvis
e Glória era irmão do pai de Justina. E a mãe desta era irmã da mãe daqueles. E
as duas mães gostavam de Dom Casmurro. Bem, o que importa é que os três se
apoiavam uns nos outros para suportar a solidão; e que a lua, exatamente sobre
a Av. São Marcos no Novo Cruzeiro, está bonita.
Clóvis
se encontrou duas vezes com Rita. E a paixão passou sem ninguém conhecê-la. Se é
que houve alguma... Paixão ele teve foi por uma favelada. Mulher com que não se
unia por pensar não ser-lhe digna...
Glória
se encontrou duas vezes com Rita. E sem ninguém conhecê-la porque tais prazeres
não lhe eram suficientes atrativos como os obtidos com um sujeito ou outro após
as boates que iam espaçadamente...
Justina
se encontrou duas vezes com Rita – Depois dos encontros com uma colega
professora também aposentada com quem descobrira coisas e gozos afins –. E
depois Justina e Rita se encontraram outras e outras vezes...
Tá,
tá... E o que tem isso?
Nada.
Além das pessoas se preocuparem com a vida alheia; desejarem coisas, despejarem
pessoas e terem medo de morrerem sozinhas.
E a
política, a conversa, a economia... Tudo acontecendo baixo da lua e entre goles
de cerveja no Marisc Bar e Lancheria.
Ofereço como presente aos
aniversariantes:
Olinda Guedes, Freddy
Panaifo, Ana B. Cecília, Adriana Garcia, Isadora Zeferino, Marcelo S. Marinho, Leandro
Silva, Danielle Guerra, Lua Salles, Amanda Vita, Carmen Ligia, Adriana A.
Santos, Moisés Salatiel, Thieres Tayroni, Ubirathan do Brasil, Jeferson Lana e Luciano
A. Maciel.
Escrito em 02 de março de 2015.
Trabalhado no início da tarde de 28 de maio de 2017 e retrabalhado entre os
dias 03 e 04 de junho do mesmo ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário