PAZ Y CALMA
Em português
Lido pelo autor: https://www.youtube.com/watch?v=hauxAdoCSXQ
- Ele tinha uma expressão tão cheia de paz e de calma
debaixo da lua cheia... E eu não resisti. Beijei sua boca. Mas… Mas o frio de
seus lábios me assustou.
- Você o conhecia?
- Não! Mas seu semblante me atraiu e não resisti.
- Você é doido? Sem nenhuma vergonha vai se achegando
a um cara...
- Não costumo fazer isso. Foi seu ar tão tranquilo...
Tão cheio de paz e calma.
- No entanto não é essa a questão. Ele está morto e
você é o único que se aproximou do corpo e nada diz que o inocente.
Enquanto a chuva sorri fora do bar O Garajão, José
olha os policiais e onde estava o corpo.
- Gostaria de sair daqui. Isso não seria melhor? Ir
até a delegacia... Ai, desculpa! Não quero dizer como deve agir, senhor
policial.
- Tenente. Tenente Saavedra.
- Saavedra? Nome espanhol.
- Meus pais são espanhóis. Mas isso não é de sua
conta.
- É verdade. Desculpa.
- Vamos sair daqui.
- Para a delegacia?
- Sim!
O policial e o morto fecharam a apresentação do
Cangabruta. Grupo musical de Sete Lagoas em turnê pelo Brasil; contudo, não o
eclipsou. A noite se aninava com a pimenta do grupo que foi para fora e
continuou a apresentação no gramado entre o ribeirão Ipanema e a avenida Zita Soares
de Oliveira.
A testemunha ou suspeito – ainda não se sabe – seguiu
o tenente à viatura e se foram.
Ainda no Centro de Ipatinga e a meia distância do
curto espaço entre O Garajão e a delegacia uma soporífera nuvem de
tranquilidade envolveu o carro e o tenente Saavedra se encantou com a expressão
de paz e calma do... adormecido... morto... Bem, do José.
Pela manhã alguns rapazes curiosos se aproximaram do
carro parado na Avenida 28 de Abril. A expressão de paz e calma no rosto do,
agora adormecido(?) tenente, deu uma incontrolável vontade de beijá-lo. Não
conseguindo abrir a porta quebraram a janela na mesma hora que uns guardas
passavam.
Um perguntou à delegacia sobra a viatura atacada e os
outros três prenderam os garotos e os levaram à delegacia.
- O motorista tinha uma expressão tão cheia de paz e
calma. – disse o mais jovem dos três – A gente não conseguiu resistir.
- E a outra pessoa no carro?
- Não havia
mais ninguém. – Respondeu o mais velho e o outro falou: Podemos voltar lá e tirar
uma foto? Ele tem um ar tão cheio de paz...
A suave cerração que foi se formando preencheu a cela
com uma sensação tranquilizadora e agora se expande... Você que está aqui
comigo sente-se em... paz? Então, durma, descanse em paz.
En
español
- Él
tenía una expresión tan de paz y tan de calma bajo la luz de luna… y no
resistí. Besé su boca. Pero… Pero el frio de sus labios me asombró.
-
¿Lo conocía?
-
¡No! Pero su semblante me atrajo y no lo resistí.
-
¿Es un torpe? Sin pudor se acerca de un tipo…
- No
es mi naturaleza. Es su aire tan de tranquilo. Tan de paz.
-
Sin embargo, no es esta la cuestión. Él está muerto y usted es el único que se
acercara del cuerpo y nada habla que lo inocente.
Mientras
la lluvia sonreí fuera de la bodega El Garaje, José mira los policías y donde
estaba el cuerpo.
- Me
gustaría salir de acá. ¿Eso no sería mejor? Ir a la Comisaría… ¡Ay, caray! No
querías decir que debería hacer, señor policía.
-
Teniente, teniente Salgado.
-
¿Salgado? Nombre brasileño.
-
Mis padres son de Brasil. Pero, eso no es de su cuenta.
-
Verdad. ¡Perdóname!
-
Vamos a salir de acá.
-
¿Para la Comisaría?
-
¡Sí!
El
policía y el muerto cerraron la presentación del Cangabruta. Grupo musical
brasileño viajando por Latinoamérica; pero, no lo eclipsó. La noche se animaba
con la pimienta del grupo de Sete Lagoas; ciudad en el territorio autónomo de
Minas Gerais. El grupo salió de la bodega y continuó la presentación en el
césped entre el arroyo y la avenida.
El
testigo o sospechoso – aún no si sabe – siguió el teniente al coche y se
fueron.
Aún
en el Centro de la ciudad, en la media distancia del corto espacio entre El
Garaje y la comisaría, una nube llena de soporífera sensación de tranquilidad
envolvió el coche y el teniente Salgado se encantó con la expresión de paz y
calma del… dormido… muerto… ¡de José!
En
la mañana unos muchachos curiosos se acercaron del coche estacionado en la calle.
La expresión de paz y calma en el rostro del, ahora ¿dormido? teniente, les
daba ganas de besarlo. No pudiendo abrir la puerta quebraron la ventana en la
misma hora que unos guardias pasaban.
Uno cuestionó
a la comisaría sobre el coche de policía atacado y los otros tres prendieron a
los jóvenes…
- El
conductor tenía una expresión tan de paz, tan de calma – dijo el más menudo de
los tres muchachos – No nos fue posible resistir.
- ¿Y
la otra persona?
- No
había nadie más. – Contestó el mayor muchacho y el otro habló: ¿Podemos volver
allá y sacar una foto? Él tiene un son tan de paz…
La
suave bruma que se fue surgiendo llenó la celda de sensación de tranquilidad y
ahora se expande… Usted que está conmigo se siente en … ¿en paz? Entonces,
duerma.
Ofereço como presente aos aniversariantes
Carla A. Weber, Paulo G.C. Pimenta, Rosilea Campos, Cristiane
Faria, Karine Faria, Rochelli Anício, Sarah Lombello, Sergio Jimenez, Marcia
Toledo, Isabella Rosa, Piria Geysi, Rafael Oliveira, Simone Soares, Denilson A.
Cardoso, Breno E. Garcia, Rúbia Maroli, Luiz Poeta e Filipe Fernandes.
Rubem Leite é escritor, poeta e crontista. Escreve e
publica neste seu blog literário aRTISTA aRTEIRO todo domingo e colabora no Ad
Substantiam às quintas-feiras. É
professor de Português, Literatura, Espanhol e Artes. É graduado em
Letras-Português. É pós-graduado em “Metodologias do Ensino da Língua
Portuguesa e Literatura na Educação Básica”, “Ensino de Língua Espanhola”,
“Ensino de Artes” e “Cultura e Literatura”; autor dos artigos científicos
“Machado de Assis e o Discurso Presente em Suas Obras”, “Brasil e Sua
Literatura no Mundo – Literatura Brasileira em Países de Língua Espanhola, Como
é Vista?”, “Amadurecimento da Criação – A Arte da Inspiração do Artista” e
“Leitura de Cultura da Cultura de Leitura”. É, por segunda gestão, Secretário
da ASSABI – Associação de Amigos da Biblioteca Pública Zumbi dos Palmares
(Ipatinga MG). Foi, por duas gestões, Conselheiro Municipal de Cultura em
Ipatinga MG (representando a Literatura)
Manuscrito
en español en noche de 18 de marzo de 2017 y trabajado en las dos lenguas entre
los días 15 de junio y 16 de julio del mismo año.
Um comentário:
Calma é o que o mundo precisa.
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