EL TELÉFONO
Em 1755 (...) as sedes das
missões
(jesuíticas) foram
transformadas em povoados ou vilas, os índios considerados “emancipados” dos
religiosos e subordinados apenas a autoridades laicas em uma diretiva
assimilacionista.
Assimilacionismo
é uma ideologia e uma política voltada a absorver os grupos ou minorias de modo
a impor uma hegemonia político-cultural, fazendo com que aqueles percam suas
características distintivas.
O aldeamento de
índios obedeceu a várias conveniências: não só os tirou de regiões disputadas
por frentes pastoris ou agrícolas, mas os levou também para onde se precisava
de mão de obra.
(...) Para
obrigar os índios ao trabalho se deviam diminuir seu território e confiná-los
de tal maneira que não mais pudessem subsistir com suas atividades
tradicionais.¹
Em português
Cronto lido pelo autor e postado:
A lua minguava por toda a cidade
de Ipatinga. Se é verdade que isso acontecia no mundo todo não nos interessa no
momento; porque o mistério aconteceu na rua Borba Gato. Dizendo de outra forma,
minguadas nuvens cobriam o bairro Bom Retiro e foi exatamente em cima do Clube
dos Pioneiros que uma minguada chuva começou ao mesmo tempo em que a história
acontecia em uma das casas próximas:
... De madrugada o telefone tocou.
Abriu as pálpebras e seu olhar de ódio quase derrete o celular.
- Alô! – Diz assumindo a raiva com
voz rouca de sono.
- Já comprou?
- Comprei o quê? E quem é você?
- Comprou ou não?
- Do que está falando? Eu estava
dormindo e fui acordado por... por… QUEM É VOCÊ, CARALHO?
- Já comprou a passagem?
- Passagem? Que passagem?
- Para o bairro secreto.
- Não sei quem é você nem o que
quer. Não conheço nenhum bairro secreto e não quero conhecer. Só quero dormir.
Não seja um chato e não me enche o saco.
- Não se atreva a desligar o
aparelho. Não se atreva! Ou aguente as consequências...
Desliga, deita, fecha os olhos
e... o telefone toca outra vez.
- Vá pra puta que pariu, desgraça!
- Filho! Isso é maneira de falar
com sua mãezinha?
- Mamãe, desculpa! É um doido que
me acordou agorinha mesmo pra falar bobagens.
- Tudo bem, filhinho. Não tem
problema.
- O que que a senhora quer, mamãe?
- Você já comprou a passagem para
o bairro secreto?
Ele não fala nada. Apenas olha
boquiaberto o aparelho.
- Mãe, não foi a senhora que me
chamou agorinha mesmo... Mas, como me fala isso? É a mesma bobagem da ligação
que me irritou.
- Bobagem, filho? Eu…
A ligação caiu. Ele tenta chamar a
mãe, mas ela não completa. Sem consegui dormir decide ir à cozinha comer alguma
coisa. Enquanto sai do quarto vê o farol de um carro e... o tranquilo silêncio
da escuridão. O telefone começou a tocar de madrugada. Acorda, abre as
pálpebras e seu olhar de ódio quase derrete o aparelho.
En español
Croento leído por
el autor y publicado:
Dos
carnales caminando por la extensa calle de Aztecas en el amado barrio de Tepito;
caminando sin temor porqué al resguardo están del honor, pobreza y aspereza,
pero de pie como dos espadas esperan a su turno defender su barrio bravo de
Tepito. Barrio de hermandad, dinero, muerte y… Y porque todo mexicano es un
orgullo terrenal. Sin embargo, ser de Tepito es un don de Dios donde la sangre
corre por las calles. Sangre cargado de honor y respeto ganados con dignidad de
perros nobles como caballeros en ataque.
Los
dos carnales cantan las músicas del Cartel de Santa y charlan filosofías
ebrias. En sus bolsos el billete… Y
-
Ser mexicano es un honor, pero…
-
… Pero, ser de Tepito es un don de Dios.
Mientras
los dos recorren las calles, la luna menguaba por toda la Ciudad de México. Si
es verdad que eso ocurría en todo el mundo no nos interesa en este rato; porque
el misterio aconteció en el barrio bravo de Tepito. Diciendo de otra manera,
menguadas nubes cubrían el barrio y fue exactamente en los dos que la menguada
lluvia empezó al mismo ratito que ellos sumían y la historia ocurría en una de
sus casas:
…
El teléfono comenzó a sonar de madrugada. Abre los ojos y su mirada de odio
casi lo derrite.
-
¡Hola! – Dijo con voz ronca de sueño y asumiendo su rabia.
-
¿Ya lo compraste?
-
¿Compraste lo qué? Y ¿Quién eres?
-
¿Compraste o no?
-
¿Quién hablas? Estaba dormido y fue despierto por… por… ¿QUIÉN ERES TÚ?
-
¿Ya compraste el billete?
-
¡Billete! ¿Qué billete?
-
Para el barrio secreto.
-
No sé quién eres ni lo que quieres. No conozco ningún barrio secreto y no lo
quiero conocer. Solo quiero dormir. No seas una lata y no me aborrezcas más.
-
No se atreva a desligar el aparato. ¡No se atreva! O aguante las consecuencias…
Lo
pone, se acuesta, cierra los ojos y… el teléfono suena otra vez.
-
¡Va a concha de tu madre!
-
¡Hijo! ¿Eso es manera de hablar a tu madrecita?
-
Mamá, ¡perdóname! Es un loco que me despertó ahora mismo y solo habló
tonterías.
-
No pasa nada, hijito. No pasa nada.
-
¿Qué quieres, mamá?
-
¿Ya compró el billete para el barrio secreto?
Él
no contesta nada. Solo mira boquiabierto el aparato.
-
Mamá, no fue usted que me llamó a poco… Pero, ¿cómo me hablas eso? Es la misma
tontería de la ligación que me enfadó.
-
¿Tontería, hijito? Yo…
La
llamada cayó. Él intenta llamar la madre, pero la ligación no completa. Sin conseguir
dormir decide ir a la cocina comer algo. Mientras sale de la habitación ve el
faro de un coche y… el tranquilo silencio en la oscuridad. El teléfono comenzó
a sonar de madrugada. Despierta, abre los ojos y su mirada de odio casi lo
derrite.
Ofrezco como
regalo de cumpleaños a
Victor do Carmo, Ma Ferreira, Eliberto Campos, Martin Dali
Ramirez, Freddy Cosme, Camile Gracian, Cioli F. Rodrigues, Carlos Barbosa, Cristiane
Martins, Douglas Evangelista e Letícia S. Bastos.
¹ AMORIM, Claudia. História e historiografia indígena. Cultura e Literatura Africana e Indígena.
Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2010.
P. 108-109.
La versión en
español tiene importante colaboración del mexicano José Manuel Salinas.
Recomendo a leitura de “Humano”, de Xúnior Matraga; “Ponte
Fabriciano/Acesita”, de Girvany; e “A Poesia Brota da Ruína”, deste macróbio
que vos fala. Respectivamente:
Rubem Leite é escritor, poeta e crontista. Escreve e
publica neste seu blog literário aRTISTA aRTEIRO todo domingo e colabora no Ad
Substantiam às quintas-feiras. É
professor de Português, Literatura, Espanhol e Artes. É graduado em
Letras-Português. É pós-graduado em “Metodologias do Ensino da Língua Portuguesa
e Literatura na Educação Básica”, “Ensino de Língua Espanhola”, “Ensino de
Artes” e “Cultura e Literatura”; autor dos artigos científicos “Machado de
Assis e o Discurso Presente em Suas Obras”, “Brasil e Sua Literatura no Mundo –
Literatura Brasileira em Países de Língua Espanhola, Como é Vista?”,
“Amadurecimento da Criação – A Arte da Inspiração do Artista” e “Leitura de
Cultura da Cultura de Leitura”. É, por segunda gestão, Secretário da ASSABI –
Associação de Amigos da Biblioteca Pública Zumbi dos Palmares (Ipatinga MG).
Foi, por duas gestões, Conselheiro Municipal de Cultura em Ipatinga MG
(representando a Literatura).
Escrito
originariamente en español en la tarde de 10 de febrero de 2017. Y trabajado en
las dos lenguas entre los días 28 de junio y 30 de julio del mismo año.
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