Nena, Nena, Nena.
Se você se chamasse
Filomena
Isso seria rima
Nunca solução.
Bem, talvez...
Insolúvel solução
Na xixícara sócio-polititica
Dos cultos neo paleolíticos
Da modernidade do futuro passado.
E o que digo?
O que digo é que não digo nada.
O poeta é cobra que Deus deu asa
Ou talvez uma freira com toque de puta
Ou então puta com ar de freira.
O que é um poeta
Senão bunda de corcunda
Com os peitos de silicone vencido da bruxa?
Se já foi poetizado que somos tão fingidos
Que não sentimos o que sentimos.
O que é um poeta
Senão gato que alçou vôo
Nadando no chuveiro
Como palavras que caem
E tentamos dar sentido a elas
Sendo que são elas que dão sentidos a nós.
Doutro lado o poeta é
Palavra de anjo.
Anjo de rabo e chifre
Com odor de enxofre
Ou anjo de aureola e asa
Com perfume de suaves flores
Mas o que importa é que
Poeta é anjo
Poeta é cobra alada
Poeta é freira
Poeta é bumbum de bruxa corcunda
Poeta é Nena de Castro
Cida Pinho
Marília Siqueira
Bruno Grossi
Diane Mazzoni
E eu o que sou?
Aprendiz da palavra
Aprendiz dos mestres acima.
Comecei a fazer os versos acima dois anos atrás como um presente a Nena de Castro. Inspirei-me na música Pagu cantada por Rita Lee e mais ainda na poesia que são os meus mestres: Nena, Cida, Marília, Bruno, Diane e outros. E creio que daqui uns dois anos ela possa ficar boa, digna deles.
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