“‘Quem ama não vê defeitos. Quem odeia não vê qualidades e quem é amigo vê as duas coisas!’ Adoro as sutilezas do nosso dia-a-dia, a natureza todas as manhãs me trás uma sensação diferente se estiver aberto a elas... Estou lendo um livro sobre movimento corporal que diz que devemos prestar atenção em quem está mais próximo da gente e quem está mais próximo da gente somos nós mesmos. Agradecer às pequenas bênçãos para sim concretizar os grandes milagres. Abraços! Muito Obrigado!”.
Não sei quanto tempo atrás recebi de Mayron Angel pela internete a mensagem acima. Interessante, não? Serve-me de mote para o que a gente vai conversar. Ofereço o texto a Mayron, e aos aniversariantes João Carlos, Nilmar Laje e Luciano Botelho.
No momento em que escrevo o presente texto a noite já caiu. Estou no meu quarto com a luz apagada, mas a porta aberta permite que uma penumbra ilumine o suficiente o teclado do Honorino.
Acabo de ler o livro “Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento”, de Marina Colasanti. Alguns contos detestei e uns nada senti. De outros gostei e um me encantou: Palavras Aladas. No próximo parágrafo minha versão resumida do conto. Poucos dias atrás li, também escrito por mulheres, os livros “A História de Despereaux” (Kate diCamillo) e “Coroai-me de Rosas” (Rosemara Mont’Alverne). Nesses três livros mais uma vez mergulhei na sutil diferença da escrita masculina e da escrita feminina. Um sujeito me disse não gostar dessa diferença e por isso não lê os livros escritos por mulheres. Surpreendi-me.
Cerquei meu coração com um muro alto e o fechei com uma redoma para nenhum som entrar. Mas se não entra também não sai. E as palavras que meu coração dizia, aprisionadas foram se acumulando até não ter lugar para mais nenhum verbo. As idéias começaram a murchar sufocadas. Tudo foi ficando apertado, agoniante. Não suportando mais tanta dor marretei o muro desabando junto a redoma e numa erupção vulcânica tudo se enlameou, muitos se machucaram para sem muita demora começarem a sair flores. Algumas com espinhos. Mas todas vívidas.
Quis dizer “ejaculação vulcânica”, mas não querendo ferir a sensibilidade de alguns escrevi o jargão comum. Ejaculação! Palavra interessante, não acha? Vulgaridades a parte acho tal palavra muito fecunda... É como o homem que não gera, mas fecunda, ao contrário da mulher que gera, mas não fecunda. Qual é melhor: gerar ou fecundar? Deixa eu ver... Sem fecundar nada é gerado. Sem gerar o “ato” de fecundar é vão... Acho que não há superioridades e sim complementos. Deixa-me ver no dicionário o que é ejacular. Para isso vou acender a luz. Com licença.
Do latim ejaculare. Emitir, lançar de si. Derramar com força ou com abundância – Novo Dicionário da Língua Portuguesa – de Cândido de Figueiredo – sétima edição (publicada no 1º quarto do séc. XX).
Mediocridades à parte (acho que não sou um) gostei ainda mais da palavra ejacular. É assim que escrevo. Derramo fortes e abundantes palavras lançando minhas idéias para que você – leitor/leitora – gere suas próprias idéias, interpretações, conclusões.
Capto-percebo o máximo do que há ao redor, leio e escrevo bastante, vivo o máximo que consigo, deixo fazer parte de mim e quando amadurece deixo sair em forma de palavras-idéias. Apaguemos a luz e na penumbra, a sós e bem juntinhos, remoemos nossas idéias...
Um comentário:
MuitoOBrigado Amigo!!Pela dedicatoria fico feliz de poder sempre compartilhar idéias e sensaçoes dos constantes movimentos vitais...
abrass
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