quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

GRITOS DO SILÊNCIO

Ofereço como presente de aniversário ao
artista de circo e ator Luis Yuner.

Ainda não são oito horas e pelo Parque Ipanema vou para o trabalho junto com homens e mulheres, quase todos de maior idade, fazendo sua caminhada matinal. Abraço minha mochila pesada, sua alça se foi. Pensando no Diretor Municipal de Cultura. Parece-me um vampiro. Talvez à semelhança dessas estórias de terror que suga a energia vital das pessoas. Talvez à semelhança dos morcegos que lambem sua vítima anestesiando para depois sugar seu sangue. Ontem ele sem dizer meu nome disse que sou ignorante ou possuidor de intenções escusas por não saber ou fingir que não sabe que subserviência não é o único significado da palavra servir que ele usou na pérola “O Conselho de Cultura existe para servir ao Pode Público”. Pensei até em discutir, mas desistir para não fugir ainda mais do assunto em pauta que era eleição da comissão que analisará projetos enviados para Lei Municipal de Incentivo à Cultura. E se alguém crê que me calei por cobardia fique à vontade para pensar o que quiser, mas acho que o presente texto e o cronto na minha coluna CRONISTA DE 5ª na Nota Independente afirmam o contrário. “AAAAAAAAAAAIIIIIIIIÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ” de repente grito. É o ataque de um pássaro. Foi um susto, pois a bicada no topo de minha cabeça não passou de um toque. É um galo do campo. Bicho bravo que já vi matar um pardal que se aproximou de seu ninho. E ele ataca sempre na cabeça.

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