sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

QUEM VELARÁ AS ÁRVORES MORTAS?


Obax anafisa.


Oiti verdejante tem um terço de sua copa queimada pela estupidez humana. E debaixo do belo adolescente chorão acontece nossa história.
- Não viaja em mim. – Pequena pausa entre uma frase e outra. – Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim.
- Você pegou meu cachimbo, Magnólia.
- Não viaja em mim. – Pequena pausa entre uma frase e outra. – Não viaja em mim. – Uma frase praticamente emendada à outra: Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim.
- Devolve meu cachimbo.
- Não viaja em mim. – Pequena pausa entre uma frase e outra. – Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim.
- Mintrega minhas pedra.
- Não viaja em mim. – Uma frase praticamente emendada à outra. – Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim.
- Magnólia, sua vadia acabada nas pedra, me devolve se sabe o que é bão procê.
Mãos viajam encurtando espaços, o pardal viaja para longe e as árvores estão estáticas.


Ofereço aos aniversariantes:
Susilene Justino, Lilian Ferreira, Helena L. Lopes, Orlando Júnior, Luzmara Gonçalves, Alex de Sá, Matheus F. Xavier, Breno Guerra, Ludiane Candido, ao Grupo Cataversos da Mooca e a minha irmã e seu neto: Mª Fátima W.L. Macedo e Eduardo A. M. Almeida.

Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.

Escrito entre 02 de janeiro e 22 de fevereiro de 2013.

O título veio de uma frase distribuída na amostra (Praça Primeiro de Maio – 02-02-13) do workshop ministrado por Anadel Lynton com o grupo Híbridus Dança, Ipatinga MG.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

MINHAS MÃOS


Obax anafisa.

“a palavra tem de lutar para não ser silêncio”.
(COUTO, 2011).


Minhas mãos
Não são manchas senis
Mas elas estão lá
Não são mãos juvenis
Fizerem nelas um lar.

Minhas mãos
Estranham a velhice
Ser visto: sem ter sexo,
Ser pura parvalhice,
Inútil descomplexo.

Minhas mãos
O tempo passa em pó
Tocam teias de aranha
Pra você peso mó.

Minhas mãos
Fizeram-me um livro
À espera na estante
Num instante te livro.


Ofereço como presente de aniversário aos meus queridos:
Pedro Apk, Paulinho Manacá, Albino de la Puente, Luciano F. Soares, Wellington P. Santos, Edson Rossatto, Ana Mª Guerra, Luciana F. Diniz, Marivalda Lima, Claudina Abrantes, Rodolfo Bello, Zé Mº Pimentel, Torosca Silvestre, Alessandra de Cássia e Fernanda Lima.
Escrito entre 11 e 15 de fevereiro de 2013.
AVISO! Meus leitores e aniversariantes, aconteceu algo que me doeu. Todos os meus trabalhos artísticos em construção se encontravam em um pendraive que se danificou. Assim, o texto original seria um cronto que vim trabalhando a mais de um mês e não o presente soneto. Consegui reverter, porém eu afianço: coloquei nos versos acima tanto carinho e respeito que não vi porque rejeitá-lo. Então são eles que lhe ofereço.
Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você que me lê e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.
COUTO, Mia. E Se Obama Fosse Africano?. 1ª reimpressão – São Paulo: Companhia das Letras, 2011. Língua que não sabemos que sabíamos.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

INDO AO VENTO


Obax anafisa.


“eu nu, dentro de casa, lívido de medo, sem saber o que fazer. Me lembrei que na cozinha tinha um facão grande. Abri a porta brandindo o facão ameaçadoramente, mas era uma freira velha quem estava lá em pé, com aquela coisa preta que elas usam na cabeça. Eu havia me enganado. Quando me viu nu, de facão na mão, a freira saiu correndo, gritando pelo corredor”.
(FONSECA).

Depois de ler “... e as primeiras acácias breve comecem a chover ouro sobre a calçada onde passeio minha nefasta melancolia”¹ fecho os olhos, recosto num tronco e transporto para o presente a viagem de ontem:
Lendo Rubem Fonseca eu rio sentado na desconfortável cadeira de espera da rodoviária de Ipatinga. Diferente de Rubem Braga, que geralmente me faz gargalhar, Fonseca dificilmente me deixa rir. Mas, você que me lê, isso te interessa? Pelo sim pelo não... O sujeito sentado ao meu lado, um policial, olha-me meio de banda, porém assim faz, acredito, não porque um soldado nada tendo a fazer se incomoda e incomoda quem tem o que realizar. Não, não creio que foi essa a causa. Olha-me porque às seis e meia da manhã não é costume de se rir pelo que contém um livro. O militar então se levanta e sai. Por minha causa ou para o tempo andar com ele? Não sei dizer. Espere! Penso que achou mais interessante cantar a garota mais adiante do que interromper meus risos e leitura. Que bom que foi encher o saco dela. Quero dizer, que bom que achou algo interessante para fazer. Voltando ao Rubem, um dizer dele...
- Qual deles?
- O Braga. Uma frase dele me faz caraminholar enquanto olho à minha frente o montão de fios suspensos nos postes, as palmeiras mirradas (apesar da idade) com suas verdes folhas pretas pelo pó da cidade, dois prédios sem graça de quatro andares, uma carreira de predinhos térreos ainda mais feios, um retângulo de céu cinzamente nublado e...
- Bom dia, Benito!
Meus pensamentos são interrompidos por uma amiga. E enquanto percebo outra vez o tronco em que me recostara vejo galhos de espirradeira emoldurando-lhe, por trás, o rosto. Então lhe respondo.
- Bom dia, Simone!
- Como foi em BH?
- Rubem já está escrevendo um cronto sobre isso.
- Qual Rubem?
- O Leite.
- E para você como foi?
- Vejamos o que ele diz através de mim:
A viagem foi tranqüila. Peguei ônibus às sete horas e às onze e trinta cheguei na rodoviária da capital de Minas. Peguei metrô até Vilarinho, a estação final, esperei quase uma hora para pegar ônibus para Cidade Administrativa (de cinco em cinco minutos tem ônibus exclusivo para quem trabalha lá, mas para o povo apenas duas vezes por hora. Por que será?). O terreno da sede administrativa do Estado é mais ou menos do tamanho do minúsculo Centro de Ipatinga e tem apenas três prédios muito lindos, em vidros negros. Não compreendo por que receber tal nome. Três prédios agarradinhos tá mais para “Shopping Administrativo”...
- Kkkkkkkkkkkkkkkk!
- O prédio do Governador, o edifício Minas e o edifício Gerais. Ah! Tem um outro sem janela e de formato moderno, talvez de um olho, que não tenho noção da finalidade. Entrei no Gerais. Até para ir ao banheiro é preciso apresentar crachá para recepcionista liberar a porta.
- Kkkkkkkkkkkkkkk!
- Sério! Ainda bem que eu não estava com diarréia. E tem ainda outra construção compriiiiiiida em madeira que acho que é a senzala... E conheci alguns agentes culturais que também foram buscar “us paper”.
- Senzala, lá?
- Bem, não sei. Mas o que aquela imensa construção em madeirite cheia de vigilante do lado de fora está fazendo perto daquelas casas grandes?
- Você é sensacional, Benito.
- Eu não, o autor sim. – Quando Benito diz isso eu quase acredito. – É com ele que você está conversando através de mim. Fiz amizade com um músico, Breno Mendonça. Depois que pegamos a autorização para “caçarmos” patrocinador descemos e esperamos um tempão o ônibus para o metrô. Pegamos e descemos onde cada um queria. Andei por mais ou menos uma hora no Centro. Comprei um cachorro quente nas Lojas Americanas (quando eu era criança havia uma imensa área para livros. Agora só tem algumas estantezinhas de livros chatos, ou melhor dizendo, comerciais. E o cachorro quente encolheu...).
- Kkkkkkkkkkkkk! Deu até vontade de estar lá com você. Para rir mais.
- Quase fui atropelado porque bobamente quis atravessar a rua fora da faixa e com muito custo e paciência dos motoristas cheguei espavorido a uma praça onde me desvencilhei quase aos tapas dos vendedores de vaga em vans. Entrei na rodoviária...
- Kkkkkkkkkkkk!
- Comprei a passagem, esperei quinze minutos entrei no ônibus e inventei uns versos para a escritora Gabriella Silva “Da janela do ônibus na rodoviária chove folhas verdes e uma flor amarela. Estou indo folha ao vento”. Cheguei em casa às dez e meia da noite pronto para soltar meus cachorrinhos que ficaram presos em meu quarto o dia todo. Dormi e acordei ainda prostrado.
Termino a narração, conversamos mais um pouco, Simone se vai e ficamos a sós, eu e você, entre as espirradeiras e os ipês.


Ofereço aos aniversariantes:
Elcio Oliveira, Marlene Brum, Rodrigo Robleño, Wadson Lourenço, Frederico A. Candeias, Gleison Oliveira, Emília Pereira, Márcia R. Gonçalves e os grandes poetas Cida Pinho e Renato Silva.

Escrito entre os dias 25 de janeiro e 08 de fevereiro de 2013.
Durante o mês de fevereiro não haverá a versão em espanhol porque eu e Lilian Ferreira estamos trabalhando em uma surpresa para você. Aguarde!

Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você que me lê e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.

FONSECA, Rubem – Feliz Ano Novo – 2ª edição – São Paulo: Cia. Das Letras, 1989. Conto Agruras de um jovem escritor. (O livro pode ser pego emprestado na Biblioteca Pública Municipal Zumbi dos Palmares – Ipatinga MG).
¹ BRAGA, Rubem. Um Pé de Milho. 4ª edição – Rio de Janeiro: Record, 1982. Crônica Vem a primavera.
Tanto o livro de Fonseca quanto o de Braga podem ser pegos emprestados na Biblioteca Pública Zumbi dos Palmares, Ipatinga MG.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

LA DANZA DE LAS HOJAS


Obax anafisa.


Em português:

Maria, de posse de trezentos reais, pensou em comprar roupas e em fazer uma surpresa para o amor de seu coração. Algo que ele não tinha pedido, mas que gostava muito, um livro. Porém, o grande problema é saber qual o rapaz não tinha lido ainda. Assim ela adquiriu uma calça preta, três camisas nas cores branca, vermelha e cinza, uma cueca branca e outra preta, um cd, um jogo de computador y pagou noventa dois reais pelas obras, no original, “La Tregua” y “Recuerdos Olvidados”, do escritor uruguaio Mario Benedetti.
Ah! Mas quem é ela? É uma belíssima e pequena dona de todos os belos atributos de mulata. É também estudante de letras. O amor de seu coração, Jorge, é um gordinho loiro formado de pouco em Economia e trabalha no setor administrativo de uma média empresa.
Ele, também com trezentos reais, porém muito pão duro, quase chorou por ter que gastar seu rico dinheiro. Todavia não podia deixar de comprar presentes para sua flor mais bela que flor de seriguela. Então se encheu de coragem e foi às lojas. Em cada presente uma lágrima e um sorriso. Nosso herói é realmente intrépido. Regressou à sua casa com a bolsa tendo um vestido rosa escuro com rosas claras e outro azul celeste com brancas nuvens, uma mini saia muito, mas muito pequena, só para ele admirar e tirar… quatro pares de sapatos “Meu Deus, por que mulher gosta tanto de sapatos?”, pensou. Ainda tinha quatorze reais em seu bolso. Que fazer? Chorou para vendedora dar desconto e vender o chocolate mais barato. Em sua cozinha bebeu uma taça de vinho e comeu o chocolate.
O vento passa pela janela levando uma folha.

“Na primeira oportunidade compro e trago para casa um desses globos terrestres modernos. O menino não lhe deu muita importância. Limitou-se a fazê-lo girar doidamente, aos tapas, até que se desprendesse do suporte de metal. Logo se dispôs a sair jogando futebol com ele, não deixei. Consegui convencê-lo a destruir outro brinquedo, o secador de cabelo da mãe, por exemplo, que faz um ventinho engraçado”.
(SABINO, trechos).

- Maria, que menino lindo.
Nossa personagem passeava com seu filho e pensava em um aluno, Érikis, e nem percebeu o chamado. O rapaz lhe contou uma crônica de Fernando Sabino que lera no Para Gostar de Ler. Duas coisas lhe emocionou. A primeira porque o prazer dela, professora, em ler foi incentivo para toda a turma desenvolver amizade com os livros.
- Maria!
- Ah, oi!
- Que menino lindo.
- Obrigada! Parece muito com o pai.
- Engraçado você dizer isso... Cabelinhos enroladinhos dele, não? Você já fez o dna?
- Por quê? Você já fez dna nos seus filhos?
Nossa personagem voltou a pensar em seus alunos. A segunda coisa que lhe emocionou sobre o rapaz lendo Fernando Sabino foi o modo como o garoto contava... as surpresas contidas em cada nuance da crônica eram algo ainda em descoberta para o adolescente.

“Que aventura mais temerária, a de Deus, escolhendo caprichosamente este lindo e insignificante planetinha para ele enviar através dos espaços o seu Filho feito homem, com a missão de redimir a nossa pobre humanidade”.
(SABINO)

Em compensação, se tem muita gente horrível também há muitas pessoas inocentes.
A folha passa pela janela dançando com o vento.


En español:
Creación en sociedad con Lilian Ferreira:

María en pose de trescientos reales pensó en comprar ropa y en hacer una sorpresa para el amor de su corazón. Algo que él no había pedido pero que le gustaba mucho, un libro. Sin embargo, el gran problema era saber qué libro el chico no había leído. Así, ella adquirió un pantalón negro, tres camisas en los colores blanco, rojo y gris, dos calzoncillos, un blanco y otro negro, un disco, un juego para el ordenador y pagó noventa y dos reales por las obras “La Tregua” y “Recuerdos Olvidados”, del escritor uruguayo Mario Benedetti.
¡Ah! ¿Pero quién es ella? Es una bellísima y pequeña dueña de todos los bellos atributos de mestiza. Es también estudiante de letras. El amor de su corazón, Jorge, es un gordito rubio recién formado en Economía que trabaja en el sector administrativo de una media empresa.
Él también, con trescientos reales, pero muy agarrado, casi lloró por tener que gastar su rico dinero. Todavía no podía dejar de comprar regalos para su flor amada más bella que la granada. Entonces, se llenó de coraje y se fue de tiendas. En cada regalo una lágrima y una sonrisa. Nuestro héroe es muy intrépido. Regresó a su casa con una bolsa que contenía un vestido rosa oscuro con rosas claras y otro azul celeste con blancas nubes, una minifalda muy, pero muy pequeña, sólo para que él pudiera admirar y quitar… cuatro pares de zapatos “Dios mío, ¿por qué a las mujeres les gustan tanto los zapatos?”, pensó. Aún tenía catorce reales en su bolsillo. ¿Qué hacer? Lloró para que la vendedora le hiciera un descuento y le vendiera el chocolate más barato. En su cocina bebo una taza de vino y como el chocolate.
El viento pasa por la ventana llevando consigo una hoja.

“En la primera oportunidad compro y llevo para casa uno de esos globos terrestres modernos. El niño no le dio mucha importancia. Se limitó a hacerlo girar locamente, a bofetadas, hasta desprenderlo del soporte de metal. Luego se decidió a salir.
Luego se dispuso a jugar al fútbol con él, no le dejé. Conseguí convencer al chico que destruyera otro juguete, el secador de pelo de la madre, por ejemplo, que hace un pequeño viento chistoso”.
(SABINO, fragmentos).

María, ¡que niño lindo!
Nuestro personaje paseaba con su hijo y pensaba en un alumno, Érikis, y no percibió el llamado. El mozo le contó una crónica del escritor brasileño Fernando Sabino que leyera en Para Querer Leer. Dos cosas le emocionaron. La primera porque su placer, profesora, en leer fue incentivo para que toda la clase desenvolviera amistad con los libros.
- ¡María!
- Ah… ¡Hola!
- ¡Que niño lindo!
- ¡Gracias! Se Parece mucho al padre.
- Tiene gracia lo que me dices… Pelito rizado como el suyo ¿no? ¿Ya has hecho una prueba de ADN?
- ¿Tu ya has hecho una prueba de ADN a tus hijos?
Nuestro personaje volvió a pensar en sus alumnos. La segunda cosa que le emocionó sobre el estudiante leyendo Fernando Sabino fue el modo como el chico lo narraba... las sorpresas contenidas en cada matiz era algo aún en descubrimiento por el adolescente.

“Que aventura más peligrosa, la de Dios, eligiendo con capricho este lindo, insignificante y pequeño planeta para enviar a través del espacio a su Hijo hecho hombre, con la misión de redimir nuestra pobre humanidad”.
(SABINO)

En compensación, si hay mucha gente horrible también hay muchas personas inocentes.
La hoja pasa por la ventana bailando con el viento.


Ofereço aos aniversariantes
Antônio Netto, Vera Almeida, Ivone Piló, Alexandre Farah, Graça Costa, Fabiano F. Barbosa (Bill) e meus sobrinhos Thaís L.M. Almeida e Raul F.M. Leite.

Orientação para os lusófonos:

Excepcionalmente a ideia foi escrita primeiro em espanhol e depois em português.
Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você que me lê e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.
Escrito entre os dias 07 de dezembro de 2012 e 28 de janeiro de 2013.
SABINO, Fernando. Para Gostar de Ler, vol. 04. São Paulo: Ática, 1979. Crônica Com o mundo nas mãos. Os amigos e escritores Fernando Tavares Sabino, Hélio Pellegrino, Otto de Oliveira Lara Resende e Paulo Mendes Campos são conhecido como os “Quatro Cavaleiros do Apocalipse”.

Orientaciones para los hispanohablantes:

LILIAN FERREIRA – liliuni@hotmail.comLa aprendiz de la vida colabora en la revisión en español de los textos del blogue.  \  Licenciatura en Letras (UnilesteMG) e Filologia Portuguesa (Universidad de Salamanca) – Diplomas DELE – Español como Lengua Extranjera – Copy Editor en Optimizaclick – Marketing Digital.

En banto (lengua de origen africana), obax y anafisa significan flores e piedras preciosas. Mis palabras son mis flores para ustedes que me leen y hago votos de que encuentren en él piedras preciosas.
SABINO, Fernando. Para Gostar de Ler, vol. 04 (Para Querer Leer). São Paulo: Ática, 1979. Crónica Com o mundo nas mãos (Con el mundo en las manos). Traducción libre del Rubem Leite y revisión de Lilian Ferreira. Los amigos y escritores brasileños Fernando Tavares Sabino, Hélio Pellegrino, Otto de Oliveira Lara Resende e Paulo Mendes Campos también son conocidos como los “Cuatros Jinetes del Apocalipsis”.