Obax anafisa.
“a palavra tem de lutar
para não ser silêncio”.
(COUTO, 2011).
Minhas mãos
Não são manchas senis
Mas elas estão lá
Não são mãos juvenis
Fizerem nelas um lar.
Minhas mãos
Estranham a velhice
Ser visto: sem ter
sexo,
Ser pura parvalhice,
Inútil descomplexo.
Minhas mãos
O tempo passa em pó
Tocam teias de aranha
Pra você peso mó.
Minhas mãos
Fizeram-me um livro
À espera na estante
Num instante te livro.
Ofereço como
presente de aniversário aos meus queridos:
Pedro Apk, Paulinho
Manacá, Albino de la Puente ,
Luciano F. Soares, Wellington P. Santos, Edson Rossatto, Ana Mª Guerra, Luciana
F. Diniz, Marivalda Lima, Claudina Abrantes, Rodolfo Bello, Zé Mº Pimentel, Torosca
Silvestre, Alessandra de Cássia e Fernanda Lima.
Escrito entre 11 e 15 de fevereiro de 2013.
AVISO! Meus leitores e aniversariantes, aconteceu algo que me doeu.
Todos os meus trabalhos artísticos em construção se encontravam em um pendraive
que se danificou. Assim, o texto original seria um cronto que vim trabalhando a
mais de um mês e não o presente soneto. Consegui reverter, porém eu afianço: coloquei
nos versos acima tanto carinho e respeito que não vi porque rejeitá-lo. Então são
eles que lhe ofereço.
Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é
minhas flores para você que me lê e faço votos de que encontre nele pedras
preciosas.
COUTO, Mia. E Se Obama Fosse Africano?. 1ª reimpressão – São Paulo:
Companhia das Letras, 2011. Língua que não sabemos que sabíamos.
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