Obax anafisa.
Oiti
verdejante tem um terço de sua copa queimada pela estupidez humana. E debaixo
do belo adolescente chorão acontece nossa história.
- Não viaja
em mim. – Pequena pausa entre uma frase e outra. – Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim.
- Você pegou
meu cachimbo, Magnólia.
- Não viaja
em mim. – Pequena pausa entre uma frase e outra. – Não viaja em mim. – Uma
frase praticamente emendada à outra: Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim.
- Devolve meu
cachimbo.
- Não viaja
em mim. – Pequena pausa entre uma frase e outra. – Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim.
- Mintrega
minhas pedra.
- Não viaja
em mim. – Uma frase praticamente emendada à outra. – Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim. Não viaja em mim.
- Magnólia,
sua vadia acabada nas pedra, me devolve se sabe o que é bão procê.
Mãos viajam
encurtando espaços, o pardal viaja para longe e as árvores estão estáticas.
Ofereço aos aniversariantes:
Susilene Justino, Lilian Ferreira, Helena L. Lopes, Orlando Júnior, Luzmara
Gonçalves, Alex de Sá, Matheus F. Xavier, Breno Guerra, Ludiane Candido, ao Grupo
Cataversos da Mooca e a minha irmã e seu neto: Mª Fátima W.L. Macedo e Eduardo
A. M. Almeida.
Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é
minhas flores para você e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.
Escrito entre 02 de janeiro e 22 de fevereiro de 2013.
O título veio de uma frase distribuída na amostra (Praça Primeiro de
Maio – 02-02-13) do workshop ministrado por Anadel Lynton com o grupo Híbridus
Dança, Ipatinga MG.
5 comentários:
As nossas pedras preciosas são nossos amigos e gosto de saber que as tenho bem guardadas em mim e que meu brilho , em parte, vem do brilho multicolorido de cada uma delas.
Obrigada pelo presente.
Cada pessoa gosta de presentear os amigos com o melhor. Você os presenteia com o seu melhor.
Você merece os parabéns. Grande abraço.
O cenário delineado e as palavras diretas e contundentes nos levam a uma crescente tensão, que fica pairando e ecoando, sobre e em nós. Parabéns!!!
A emoção consegue ser transmitida de uma forma interessante. Vou continuar a explorar os meandros literários de seu blog, Quem ganha com isso sou eu. Mais uma vez, parabéns!!!
Mãos viajam encurtando espaços, o pardal viaja para longe e as árvores estão estáticas .
matou a pau cara ! leio , releio e leio...
Fico com as palavras da Suely Medeiros: _Quem ganha somos nós !
gratidão
quem velará ? será Fênix ? ou as cinzas ?
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