quarta-feira, 13 de abril de 2011

O TERCEIRO PÊSSEGO

Ofereço como presente de aniversário à

Tamara Cândida e ao Fred Alvin.

E ofereço aos meus colegas em Licenciatura em Letras:

Eunice B. Bezerra, Hingrid C.L. Linhares, Ivanete F.C. Valverde, Ivone M. Andrade, Janete A. Reis, Julio C.S. Souza, Justino C.P. Santos.


Pairando pelo ar. Talvez um pirilampo, talvez um bem-te-vi, talvez um fantasma, talvez uma fantasia. Mas com certeza eu. Eu com você. Então, torcendo para que queira, lhe digo aceite obax que lhe ofereço.

Quatro e meia levanto e saio com meus cachorrinhos. Por o pé na escada foi a gota d’água. Começou a chover. Como as gotas grossas são esparsas termino a descida, abro o portão e fico debaixo da marquise ouvindo a chuva aumentar enquanto correm felizes em seu ponto auto do dia. Diminuiu e parou. Ninguém na rua. Vou pelo caminho de sempre ouvindo o canto da madrugada. A usina, carros na avenida, algum rádio e... falta um músico... ninguém ao redor! Vem ao meu encontro a chuva que me abraça, desvencilho-me e volto para casa.

Pela manhã, meio termo canta Elis. Uma carta antiga eu releio. É uma escritora trocando criação. Ao fim da manhã pêssegos eu comprei três. Ao fim da tarde comi querendo Inês. Dois estavam sem gosto e um, o último, valeu a pena. Será assim que acontecerá comigo? Só no fim? Qual é mais “noir”? Arma e fumaça no ar numa Companhia Bruta.

Mamãe prepara o café. São cinco e três. Às oito horas aula de iniciação teatral e outra à tarde. De noite reunião fraterna de homens. São cinco e quatro. Irei, se conseguir internete e tempo, postar minha participação no fórum no curso de letras. Passei dois dias fazendo-a. São cinco e cinco. Está difícil fazer o grupo para a matéria Atividade Diversificada. São cinco e seis. Cinco e sete. Cinco e oito. Vou rezar, repreparar a aula, ler um pouco, tomar café e ir para o curso. Cadê o conflito que dizem ter que estar aqui? Cinco e nove. Cinco e dez.

Pairando pelo ar eu com você. Então contente pela sua companhia até aqui digo: espero que tenha visto anafisa? E me despeço.


Obax e anafisa são flores e pedras preciosas em banto.

Escrita na tarde de 06 de março e reescrita até 13 de abril de 2011.

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