domingo, 26 de abril de 2020

VOLTAR À NORMALIDADE? NÃO!

À sombra no meu quarto
Vê-se no
Telhado ao sol do vizinho
Belo chuvisco de prata

Gruda-se no chão
Que fará no pulmão

Não se pode estancar a cidade
Não se pode trancar as igrejas
Não se pode parar a siderúrgica

Pode-se proibir o Parque Ipanema
- Pecado de não gerar lucro -

E os lentos R$600,00 para os pobres

Não se pode fechar loja
Não se precisa abrir livraria
Bibliotecas?!?

Há que viajar o vírus
Há que acolher-nos a morte

Há que circular a economia.


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Ofereço como presente de aniversário a Maxi Cabral.

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Rubem Leite - 26/4/20

5 comentários:

Valdiene Aparecida Gomes disse...

Vida que segue, mesmo sem as vidas seguidas de cada um de nós!

Unknown disse...

Nada é por acaso. Tudo tem a razão de ser. Infelizmente o homem não trata a natureza como merece, daí as consequências. Muito Obrigada

Unknown disse...

Belo poema!

MM disse...

EU concordo con VC,Muito obrigado Rubem🤗

Glaussim disse...

O rito é pra vida. A vida é pra morte. O clérigo quer a eternidade, mas não quer morrer pela causa. Usa-se os jargões, as pessoas e excluem os diferentes. Querem as conveniências do capitalismo, mas não aceitam as diferenças econômicas dos outros, e pregam algo mais parecido com o comunismo de expressão religiosa quando abominam o Manifesto Comunista. São prosélitos, sonegadores e fofoqueiros. Andam de carro do ano, terno e gravata mas são podres por dentro e vingativos.