À sombra no meu quarto
Vê-se no
Telhado ao sol do vizinho
Belo chuvisco de prata
Gruda-se no chão
Que fará no pulmão
Não se pode estancar a cidade
Não se pode trancar as igrejas
Não se pode parar a siderúrgica
Pode-se proibir o Parque Ipanema
- Pecado de não gerar lucro -
E os lentos R$600,00 para os pobres
Não se pode fechar loja
Não se precisa abrir livraria
Bibliotecas?!?
Há que viajar o vírus
Há que acolher-nos a morte
Há que circular a economia.
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Ofereço como presente de aniversário a Maxi Cabral.
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Rubem Leite - 26/4/20
5 comentários:
Vida que segue, mesmo sem as vidas seguidas de cada um de nós!
Nada é por acaso. Tudo tem a razão de ser. Infelizmente o homem não trata a natureza como merece, daí as consequências. Muito Obrigada
Belo poema!
EU concordo con VC,Muito obrigado Rubem🤗
O rito é pra vida. A vida é pra morte. O clérigo quer a eternidade, mas não quer morrer pela causa. Usa-se os jargões, as pessoas e excluem os diferentes. Querem as conveniências do capitalismo, mas não aceitam as diferenças econômicas dos outros, e pregam algo mais parecido com o comunismo de expressão religiosa quando abominam o Manifesto Comunista. São prosélitos, sonegadores e fofoqueiros. Andam de carro do ano, terno e gravata mas são podres por dentro e vingativos.
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