Acordei nesta madrugada e olhei pela
janela. O céu estava tão lindo. Não vi a lua, mas quantas estrelas. Não sei
quantos anos que não via tantas estrelas. Quase como Pessoa conversei com elas.
Disse sobre a ‘inexistente pandemia que estamos passando’; o governo
brasileiro; a comoção pela situação da Ucrânia, e como são as coisas, quem se
comove pelas invasões Latino-americanas, africanas, árabes...?
Como são as coisas pra Lúcia.
Ucrânia foi atacada
E Urucânia se sente ameaçada
Pelas ogivas da Rússia.
Universidade de Milão proíbe curso sobre
Dostoievski por causa da questão Rússia-Ucrânia. Não é só no Brasil e em USA
que a imbecilidade impera.
Mas não falei de mim.
Simplesmente as admirei e conversei por
poucos minutos e voltei para a cama. Tinha ainda um último dia de feriado para
atravessar antes de começar a semana pelo seu final.
Pouco depois das sete da manhã fui ao
mercado. Havia um delicioso silêncio. Pássaros, galos, cachorros; não trânsito
nem outras coisas “humanas”.
Os bairros Limoeiro (onde moro) e Recanto
Verde nos confundem onde fica a divisa e neste descubro por acidente uma
pracinha construída no fim da Rua Oiti por um morador local. Soube que se chama
Quintão.
Sento em um dos bancos a contemplar e a pensar.
Ah, estrelas!
Não falei de mim para elas.
Por um lado, quem sou eu para ser do
interesse dos astros e, por outro lado, ainda não sei se posso confiar nas estrelas
a ponto de desabafar-me.
O que passo, passo sozinho. O bobo paga por
suas ações e o esperto por suas omissões.
Imagem: foto do autor.
Pensado e passado na semana que ontem se encerrou e escrito hoje, 06
de março de 2022.
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