terça-feira, 17 de novembro de 2009

LUA E VÊNUS

Rubem Leite

Versos escritos e mexidos em

13-7-04 (04:58h AM); 19-8-04; 17-11-09

Gandhi, alma sublime,

Que só de ler sobre ele

Começo a chorar.

A Lua nua num sorriso crescente para mim

Vênus, igualmente pálida, nem pisca

Para ninguém.

Volto a deitar

Mas não paro de pensar

Volto para vê-las

Que pena. Foram embora

E eu, só, no meu quarto.

Mas eis que vejo Vênus

Se despir do véu

Que envolve o céu

E olha para mim.

Não sorri nem pisca.

Serena!

Será amor à vista?

Sem serem palavras ao vento

Quero poder ouvir alguém repetir

(E acredito um dia

Poder ser um Gandhi também):

“Detesto os privilégios e monopólios.

O que não pode ser de todos,

Não o quero para mim”.

Quero que minhas lágrimas de emoção

Não sejam vãs.

Quero que na humanidade sejam veras

Tais palavras

No coração

Na ação.

Nenhum comentário: