segunda-feira, 31 de março de 2014

REVELAÇÕES

Obax anafisa.


O corpo inerte dorme na grama
Tão verdinha, verdinha.
Alheio ao trânsito e sem drama
Se mantém quietinha, quietinha.

O homem de camisa laranja
Não vê o milho amarelinho que vende
E nem o corpo dormido manja
Nem sente a vida que lhe rende.

O povo vota em bandido
– Diz uma voz sem rosto –
Porque não é bendito.

Na grama algo foi posto
Porém está meio escondido
Mas é um coração vermelho e roto.


Ofereço como presente de aniversario a:
Antonio Pirralho, Roniara Domingues, Fred Ferramenta, Louise Santanaa, Luiz Felipe, Pedro Paulo, Carla Santos, Lúcio Braga, Rosane Dias, Stevan Olivar e Roberta Bragança.
E aos agentes culturais aniversariantes:
Vera H.S. Rossi, Maito Chagas, Magali L. Santos, Gledson Pagung e Leopoldo Comitti.

Leiam os poemas Síncope, de Thiago Domingues, e Natureza, de Bispo Filho, respectivamente nos endereços:

Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.


Escrito entre 18 de janeiro e 31 de março de 2014.

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