domingo, 5 de junho de 2016

OS BONS POETAS...

LOS BUENOS POETAS…


Potira itapitanga.

Body immovable in heart oppressed
I dance limply to the sound of Vivaldi
Trees dance stiff with the wind
We seek to purge air pollution.


Em português
Se lhe for possível leia ouvindo, de Zeca Baleiro, Você Só Pensa em Grana:

- Amor de minha vida! Eu te amo muito. Muito mesmo. Mas… Quando você vai morrer? Não pense mal de mim, amor. Mas poeta bom é poeta morto e preciso de dinheiro para ter o mundo inteiro. Você me ama? Então, quando vai morrer? – Um momento de silêncio. – E não me diz nada, amor?
- Corpo imóvel em coração opresso / Danço molemente ao som de Vivaldi / Árvores dançam rijas com o vento / Busca de expurgar poluição dos ares.
- O que você disse, amor de minha vida? Não entendi.
- Não falei nada e somente os ninguéns me compreenderiam. Quer mais alguma coisa?
- Sim! Peça uma bebida.
- Marcelo, pode fazer algo gostoso? Duas, na verdade. Um para mim e outro para ela. Pouco doce para mim e muito doce para ela. Coisas como a vida.
O dia no Feirarte está escuro e Zeca Baleiro canta meu coração.
- Sonho de minhas tristes noites, aquela não é uma amiga sua? Vá até ela.
Ela olha aonde seu amor apontou, levanta e se vai. “Obrigado, Deus! Me quero sozinho agora”. Olho as árvores, olho Don Perro de la Mancha e Edgar Allan Cat. E os observo me olhando. Não demora e Don Perro começa a correr atrás dos maus duendes travestidos de pombas... Entretanto, Edgar Allan me diz “Miaumore?”.
- Não sei! Amigo…
- Benito!
“Não! Quero-me sozinho”...
- Benito, que bom te encontrar.
- Bom dia! – Falo olhando o aparelho de som do músico e constato a marca da empresa dona do aparelho.
- Que cê tá fazendo aqui, rapaz?
- Bebendo! E o senhor?
- Senhor? Por que está me chamando de senhor?
- Desculpa! Por que está aqui?
- Eu vim pra ficar bebinho, bebinho.
- Então... Fiquemos os dois.
Debaixo da árvore que nos assombra penso em quem me assombra.
- Vamos sair? Ir embora?
Fora da árvore que nos assombrava não penso mais em quem me assombrava. E os bichinhos nos acompanham.


En español
Siéndote posible lea oyendo, de Zeca Baleiro, Você Só Pensa em Grana¹
¹[traducción libre: Tú Solamente Piensa en Pasta (o Plata)].

Perdóname cualquier error de español. Aún soy mero estudiante.

- ¡Cariño de mi vida! Te quiero, mi amor. ¡Te quiero! Pero… ¿Cuándo has de morirte? No piensas mal de mí, cariño. Es que poeta bueno es poeta muerto y necesito de dinero para tener el mundo entero. ¿Me quieres? Entonces, ¿cuándo has de morirte? – Un rato de silencio. – ¿Y no me dices nada?, cariño.
- Cuerpo inmóvil en corazón opreso / Bailo flacamente al sonido de Vivaldi / Árboles bailan recias con el viento / Búsqueda de expurgar polución en los aires.
- ¿Qué dices?, cariño de mi existencia. No lo he comprendido.
- No hablé nada y solamente los nadie han de comprenderme. ¿Quieres algo más?
- ¡Sí! Pida una bebida.
- Marcelo, ¿me puedes hacer algo exquisito? Dos en verdad. Uno para mí y otro para ella. Poco dulce para mí y mucho dulce para ella. Cosas como la vida.
El día en el Feirarte está oscuro y Zeca Baleiro canta mi corazón.
- Sueño de mis malas noches, ¿aquella no eres una amiga tuya? Ve hasta ella.
Ella mira adonde su amor apuntó, levanta y se va. “¡Dios, gracias! Me quiero solo ahora”. Miro los árboles, miro Don Perro de la Mancha y Edgar Allan Cat. Y los observo mirándome. No tarda y Don Perro empieza a correr tras los malos duendes travestidos de palomas… Sin Embargo, Edgar Allan me dice “¿Miaumore?”.
- ¡No sé! Amigo…
- ¡Benito!
“¡No! Me quiero solo”…
- Benito, que encanto es encontrarte.
- ¡Buen día! – Hablo mirando el aparato de sonido del músico y constato la marca de la empresa dueña del aparato.
- ¿Qué haces acá?, muchacho.
- ¡Bebiendo! ¿Y usted?
- ¡Usted! ¿Por qué me llamas así?
- ¡Perdóname! ¿Qué haces acá?
- He venido para emborracharme.
- Entonces… Quedemos los dos.
Bajo el árbol que nos asombra pienso en quien me asombra.
- ¿Vamos salir? ¿Irnos de aquí?
Lejos del árbol que nos asombraba no pienso más en quien me asombraba. Mientras mis mascotas nos acompañan.


Ofereço como presente de aniversário a
Marcelo S. Marinho, Leandro Silva, Danielle Guerra, Lua Salles, Kaique S. Drummond, Amanda Vita, Moisés Salatiel, Carmen Ligia, Thieres Tayrone, Ubirathan do Brasil, Jeferson Lana, Luciano R.A. Maciel, Auíri Tiago e João C. Pimentel.

Recomendo a leitura de “Estatísticas e trapalhadas, um raio x do golpe”, de Javier de Villanueva; “Uvas Passas” e “Cultura do Estupro: a culpa também é nossa”, ambos de Vinicius Siman;

Potira itapitanga são duas palavras que vem do tupi e significam “flor” e “pedra vermelha” (rubi). É meu desejo que cada leitor encontre em meus textos flores e pedras preciosas.


Escrito originalmente em espanhol na manhã de 30 de agosto de 2015. Trabalhado nas duas línguas entre os dias 05 de fevereiro e 05 de junho de 2016.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom.
"somente os ninguéns me compreenderiam. "

Abraço amigo e boas escritas por ai.

Auíri Tiago