quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

EU E VOCÊ. TIPO ASSIM...



Vá ao teatro!


"Eu e Você. Tipo Assim..." traz questões do universo dos jovens e adolescentes, com muitas músicas tocadas e cantadas pelos atores. O espetáculo é bem alegre e pra cima. Seus autores pontuam que buscaram ser bem fiéis à realidade dos jovens e adolescentes de hoje e, por incrível que pareça, constataram que o que transcende as épocas continua sendo o ópio do ser humano: o amor. O espetáculo é focado no jovem e adolescente, mas numa formatação que cativará todas as idades.


Portanto, não perca a oportunidade de prestigiar mais esse trabalho do Grupo Argumento.



Adquira seus ingressos nos postos de vendas da Campanha na Praça 1º de Maio e no quiosque da praça de alimentação do Shopping do Vale.



Ingressos antecipados a R$ 5,00. Na bilheteria do Teatro, ingressos a R$ 12,00.


Dias:


11 de fevereiro, no Teatro Zélia Olguin (Cariru), às 20h30m

14 de fevereiro, no Teatro do Centro Cultural USIMINAS, às 19 horas


Direção: Zé Mário

Elenco: Thalita Laira; Maíra Tamara; Tainara Maiara, Bruno Rodrigues, Adilson Alves, Carmen Corrêa e Talles Campos

Coreografia: Bruno Rodrigues

Produção: Grupo Argumento e Bruno Rodrigues

Presidente do Grupo: Maria Amélia

O RETIRANTE

Através da Commedia Dell’Arte, o espetáculo O RETIRANTE trará o lúdico e a alegria dos artistas mambembes a todos, com historias, músicas e muita diversão.


“O Retirante” narra a história daqueles que saem de sua terra natal em busca de sonhos e melhores condições de vida, e acabam se tornando coadjuvantes no desenvolvimento de outras regiões.
Através do trabalho lúdico, será passado aos espectadores um pouco do comportamento, dos conhecimentos e costumes do retirante, que se torna, com o passar do tempo, parte integrante do local aonde chega.
Venha se divertir e emocionar-se ao mesmo tempo.


Direção: Maurício Canguçu
Elenco: Thalita Laira; Gil Ferreira, Gilberto Lainha, Maíra Tamara; Tainara Maiara, Bruno Rodrigues e Adilson Alves.
Coreografia: Bruno Rodrigues
Produção: Gilberto Lainha

Dias 14 de fevereiro (sábado), às 21 horas; 15 de fevereiro (domingo) às 20h30m
Local: Teatro do Centro Cultural Usiminas (Shopping do Vale)

Ingressos antecipados a R$ 5,00 nos postos de venda no Shopping do Vale e na Praça 1º de Maio (Centro – Ipatinga) - Na bilheteria do Teatro, ingressos a R$ 12,00.

Revista CAMINHOS GERAIS


Encontra-se nas bancas do Vale do Aço a revista

Caminhos Gerais EDIÇÃO ESPECIAL 60 ANOS DE CORONEL FABRICIANO.


A maior pesquisa historiográfica sobre a cidade publicada em revista, com fotografias raras e inéditas.

É para comprar e guardar, está fantástica.


Mário de Carvalho Neto

MCN COMUNICAÇÃO DESIGN E EDITORA

Av. Dr. Pedro Nolasco, 480 - Centro - Coronel Fabriciano - MG

CEP. 35170 300
Fones: 31-3842 4193 - 9966 6920

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

olá, o Espaço Hibridus recebe para a primeira Menos Quinta Cult de 2009 o artista Carlos Penna. Esperamos você!


IMAGINAÇÃO

Nós! Eu e ela. Ela e ele. Eu e ele. Nós e ela. Nós e ele. Eles e eu. Dormimos. Acordamos.
“Com um casal? É minha primeira vez. Estranho. O que a igreja diz sobre isso? Não deve ser coisa boa. Não devia ter ido. Mas foi bom. Nem sei quem é melhor. Se Éder ou Diana. Será que dei conta dos dois? Pra mim foi muito bom. Que isso, Benito! Isso é pecado. Bem! Já ta feito. E quero mais. Mas não sei se devo. O que fazer?”.

E a chuva não para.
“Mas por que eu? Não que eu esteja reclamando, mas não sou bonito e nem posso ser chamado de gostosão”.
A chuva continua.
“Será que eles vão querer sair comigo outra vez? E se eles tiverem aids? Ainda bem que usamos camisinha. Mas e a aids? Será que peguei? Benito! Vocês usaram camisinha... E nem sabe se eles têm aids...”.

- Benito! Pare de enrolar e volte ao trabalho.
- Já to indo.
O dia transcorre normal. Chato.
“Nada para fazer no serviço. Nada. Já entrei e sai da internete diversas vezes e nada me interessa. 15:30 horas. Vou sair agora. Não quero nem saber”.

Em casa.
Éder e Diana. Vocês ainda estão na minha cabeça quando vejo meu cãozinho montar um bote para pegar um mosquito. Um passo. Para. Olhar fixo no mosquito. Mais um passo. Para e continuar a olhar. Dez segundos. Vinte. Trinta segundos. Anda. Para. Olhar fixo. Vinte segundos. Quarenta. Um minuto. Dá o bote. Pega.

Na sala minha mãe ver tv. Acaba a novela. Começa o jornal. Pica-pau? Não é na outra emissora? Como de repente mudou, assim sem mais nem menos?

E eu o que faço?
“Quero mais sexo, mas nem só de sexo vive o homem”.
“Sem lição de moral, Benito”.
“Que posso fazer, Benito? Prefiro satisfazer minha alma que meu corpo”.
“Gosto de mim como sou. Magérrimo, branco, cavanhaque. Mas prefiro ser artista”.
“Quero Éder e quero Diana. Quero, porém, muito mais a mim. Será que podemos ter, além do sexo, amizade? Diálogo? Diálogo interessante?”.
“Se pudermos isso e mais, será o supra sumo”.
“Mas, se não pudermos?”.
“Não trepa!”.
“Ce ta maluco? Pirou? Sem sexo? Prefiro a morte!”.
“Cuidado para não ter estafa sexual”.
“Que venha a estafa sexual. Melhor que ‘estresse virginal’.”
“Fala sério”.
“Estou falando sério. E que saber? Chega de papo furado”.
“Chega da papo furado, você”.

Toca o telefone. Atendo. Converso esquecendo do casal. Desligo o telefone e penso neles. Vou sair. Ver se encontro os dois ou se penso em outra coisa. Ou fazemos sexo ou faço outra coisa. Não vou viver de emaginação.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

TRANSCORRER DE UM DIA

Dois sabiás e três e quatro.
No asfalto são cinco sabiás
Na rua onde moro
E o Sol ainda está para se despontar.

No ar suave música em inglês
Do outro lado da parede de vidro
Imensa árvore e estacionados carros
Em mim, um grito.

Atrás do besouro verde no vidro verde
Uma árvore verde
E marrons-aço dos trens.

Onde há beleza?
Nos olhos de quem vê
Grandeza e delicadeza.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

“... A DOR DAS PALAVRAS É O ALÍVIO DA ALMA ...”*

Rubem Leite - 31 de agosto de 2008 - 4ª parte

Inspirado na peça Espreme Que Sai Sangue, da Cia Malarrumada – BH MG


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- “Que árvore é essa? Que bela copa a sua. E ela que não chega... Lindo tom de rosa. Ela ta demorando mesmo... Mas é lindo mesmo o tom de rosa de suas folhas. Que formigão, sô. Será que ele pica? – Sai!”. Diz Benito dando-lhe um piparote. “Aiaiaiaiai. Que demora, sô. Acho que vou ler esse pasquim”.

No pasquim:
Briga de Amigos Mata Mulher – Marcelo Oliveira e Glauco Mattos, dois grandes amigos, são separados por Juliana Martins, esposa do primeiro. Ela dá pra todos e assedia o amigo fazendo-os brigar. Brigar até descobrirem que se amam. Mas um tiro escapa matando-a.

- “Credo! Que Diana faria comigo se me pegasse com Ramon? Que idéia é essa Benito? Ta parecendo que é guei... Nunca aconteceu nada entre nós... Mas essa formiga é grande mesmo. E que ferrão... Eta mulher atrasada, sô. Vou ali comprar uma banana frita enquanto ela não chega”. Volto comendo. Sento e “Vou ler um pouquinho mais”.

No pasquim:
Grã-fino do high-society é morto por filho adotivo que era pobretão – Já que artistas “americanos” vão ao supermercado comprar um filho adotivo, porque riquinhos no Brasil não podem adotar um neguinho? Servirão depois para motorista ou jardineiro. Dois pelo preço de um: boa fama e empregado. E tem mais, a mulher mata o marido e põe a culpa no pretinho. Três pelo preço de um: boa fama, empregado e bode expiatório.

- “Eu é que to afim de matar a enrolada. Uma hora de atraso. Gente! Essa formiga está me incomodando. Vou um pouquinho mais pra lá. Que vento gostoso. Ramon é gostoso? Que isso? De onde surgiu esse pensamento? Não pode ser meu. Diana é que é gostosa. A mata é virgem porque o vento é fresco. É melhor mudar de pensamento”.

No pasquim:
‘Menina Veneno’ assassina professor de língua portuguesa – Adolescente assedia cunhado bom de boca, e língua, e o envenena por não largar a esposa para ficar com ela.

- “Quer saber de uma coisa? Eu vou é embora. Vou chamar o Ramon para gente jogar sinuca e catar umas garotas".


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* Bruno Grossi, autor da frase que uso como título.