domingo, 13 de março de 2011

Os pais devem supervisionar os acessos dos filhos à Internet ou devem confiar na proteção divina e na boa índole destes?

Eduardo Nunes da Silva: Aspirante a Preletor da Sede Internacional da Seicho-No-Ie



Na história da humanidade nada há que tenha, em tão curto espaço de tempo, influenciado tanto a vida dos indivíduos e da sociedade humana como o advento da Internet.
A Internet oferece inúmeras comodidades à vida moderna, mas o mundo virtual também oferece perigos e é um campo aberto para fraudes, circulação de conteúdos degradantes, além da superexposição a que ficam sujeitos os usuários da rede.
Como proteger os jovens, e principalmente as crianças, de sites impróprios e de pessoas que fazem mau uso da rede? Os pais devem fiscalizar a “navegação” dos filhos pela Internet?
Em A Verdade da Vida volume 13, o mestre Masaharu Taniguchi diz: “No tocante à educação da criança, é preciso que a liberdade dela seja respeitada”. Respeitar a liberdade da criança e do jovem, no entanto, não quer dizer que os pais não devam estabelecer limites e oferecer a devida proteção. Lembremos que a Internet é um meio de comunicação extremamente invasivo e que é grande a vulnerabilidade do usuário diante dela. Quantas vezes, ao acessarmos a rede, não vemos abrir-se em nossa tela uma página não solicitada, por exemplo, páginas de cassinos vir­tuais? Todos nós sabemos que antes de nos aventurarmos pelas páginas da Internet é altamente aconselhável contarmos com um poderoso e atualizado programa antivírus.
No tocante às crianças e aos jovens, não se trata de fiscalizá-los, mas é importante poder contar com um provedor que ofereça aos pais controle de conteúdos ou instalar um programa específico para este fim, de maneira que os jovens usuários não tenham sua navegação invadida por conteúdos indesejáveis ou para que não entrem por engano em sites impróprios.
De qualquer modo, os pais devem procurar saber que tipo de acesso os filhos fazem com frequência e conversar abertamente sobre os perigos existentes na rede. Evite fixar o mal na mente infantil, falando sobre pessoas más e inescrupulosas, mas esclareça que há muitas pessoas mal orientadas que fazem mau uso da rede. Converse sempre com seus filhos e peça para que qualquer amizade feita no mundo virtual seja relatada a você. Também os oriente para que não se exponham demais, por exemplo, em sites de relacionamento.
No caso que constatar que seu filho, às vezes, visita sites impróprios, não dê tanta importância a isto. Até certo ponto, a curiosidade é natural. No caso de isto começar a torna-se um hábito, não reprove o filho, mas converse abertamente com ele em tom amigável, perguntando o que ele quer saber sobre o assunto. Não repreenda o filho, mas observe os pontos negativos no tipo de site em questão. E, principalmente, os pais devem analisar sua própria atitude mental. Sobretudo no ambiente doméstico, os pais devem ler com frequência bons livros, como A Verdade da Vida e procurar manter pensamentos elevados e usar boas palavras. Em um lar assim, é certo que os filhos serão naturalmente bem encaminhados.

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