Escrita pela primeira vez em 06 de fevereiro de 1.995,
com o nome Anthônio Raphaell.
E reescrita em 07 de março de 2011,
com o nome Rubem Leite.
Ofereço como presente, mais do que atrasado, de aniversário a
Naty NG, Marcelo Moreno, Wadson Lourenço, Sandro Assunção e Rodolfo Bello.
Doce dia de sol
Agradável praça onde me sento
E penso nas maravilhas do Pai Eterno
Árvores belas, pequenas casas
Banco velhos de cimento
Um pássaro canta uma melodia
Estranha
E calma
Quase nostálgica
Um carro corta a monotonia
Logo após, outro, e outro e outro
Depois após, o silêncio
Uma voz de mulher gritando, discutindo
E depois, calmaria
Pequenos insetos parecem incomodar
Há vida
Dois homens, idade bem maior que a minha,
Um a passos rápidos e outro, lento.
Há vida
Vida que começa onde não há início
Termina onde não há fim
Há vida
Um pássaro canta na praça
Fazendo dueto com o vento entre as folhas
Numa das minhas laterais
Um tapete verde e vivo
Com estampas de flores dançando
Vontade de pisar-lhe descalço
Sentir o orvalho
Do outro lado
Um tapete cinza e [será?] morto
Áspero
Não vontade de pisar-lhe mesmo calçado
[Já o faço tanto]
Às minhas costas
Um tapete bicolor
Verde em relevo e marrom terra
No ar, uma borboleta branca
Dança com os arbustos ao som do dueto
E eu espectador querendo ser espectator
Sentado no banco
Penso e escrevo
Não falo
Comunico?
Penso nos meus pais
Bons pais
Exemplos do Pai
Eu próprio não sou pai
Há melodia
Escuta?
A melodia teve início
Para mim
Quando a escutei
E fim
Quando não mais a ouvir
E eu
Tive início para ter fim?
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