segunda-feira, 7 de março de 2011

VIDA INFINITA ou TANTAS DÚVIDAS

Escrita pela primeira vez em 06 de fevereiro de 1.995,

com o nome Anthônio Raphaell.

E reescrita em 07 de março de 2011,

com o nome Rubem Leite.

Ofereço como presente, mais do que atrasado, de aniversário a

Naty NG, Marcelo Moreno, Wadson Lourenço, Sandro Assunção e Rodolfo Bello.


Doce dia de sol

Agradável praça onde me sento

E penso nas maravilhas do Pai Eterno

Árvores belas, pequenas casas

Banco velhos de cimento

Um pássaro canta uma melodia

Estranha

E calma

Quase nostálgica

Um carro corta a monotonia

Logo após, outro, e outro e outro

Depois após, o silêncio

Uma voz de mulher gritando, discutindo

E depois, calmaria

Pequenos insetos parecem incomodar

Há vida

Dois homens, idade bem maior que a minha,

Um a passos rápidos e outro, lento.

Há vida

Vida que começa onde não há início

Termina onde não há fim

Há vida

Um pássaro canta na praça

Fazendo dueto com o vento entre as folhas

Numa das minhas laterais

Um tapete verde e vivo

Com estampas de flores dançando

Vontade de pisar-lhe descalço

Sentir o orvalho

Do outro lado

Um tapete cinza e [será?] morto

Áspero

Não vontade de pisar-lhe mesmo calçado

[Já o faço tanto]

Às minhas costas

Um tapete bicolor

Verde em relevo e marrom terra

No ar, uma borboleta branca

Dança com os arbustos ao som do dueto

E eu espectador querendo ser espectator

Sentado no banco

Penso e escrevo

Não falo

Comunico?

Penso nos meus pais

Bons pais

Exemplos do Pai

Eu próprio não sou pai

Há melodia

Escuta?

A melodia teve início

Para mim

Quando a escutei

E fim

Quando não mais a ouvir

E eu

Tive início para ter fim?

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