Caso queira ouvir o cronto, no nosso canal no youtube –
aRTISTA aRTEIRO – está publicado o vídeo com minha leitura da história:
https://www.youtube.com/watch?v=bTf1r0H7dww
https://www.youtube.com/watch?v=bTf1r0H7dww
Acima de mim um toldo branco; à minha esquerda, a
barraca de riscas brancas e vermelhas do Marcelo; à minha frente, a lateral do
palco; e no resto do Feirarte um lago de consumidores em suas mesas.
A minha mesa é amarela com forro azul e já tem
algumas semanas que só recebe a mim. Vario-me entre a vontade de ter companhia
e a satisfação de estar só com meus livros, comidas e bebidas. Encosto meu
estômago e braços na mesa; sinto meu coração vibrar frutificando a acústica da
dupla que canta.
- Frutificando?
- Achou bombástico? Enfeitado demais?
- Muito enfeitado... Perdendo o efeito.
- Mas você não estava só? – Talvez pergunte quem me
lê. – Como apareceu então este diálogo?
- Conversando comigo mesmo.
- Ah, tudo bem então. Pode continuar.
- Obrigado! Então, já que achei sem efeito pelo
defeito de tão enfeitado... Ficamos com Adélia Prado: “Qualquer coisa é casa de
poesia”, diz ela.
- Agora sim você disse o que vale a pena.
- Então digo mais: “A borboleta pousada / ou é Deus /
ou é nada”.
- Sim, sim. Algo bom de ouvir.
- Empolgado, continuo: A borboleta busca o alto do
oiti / Digo porque sei o que vi / Mas sem sobressalto / Pouco passa do meio o seu
mais alto. / Quem bate panela na varanda não sabe cozinhar.
- Assim, assim, isso sim. Adélia é bem melhor.
Adélia é tudo de bom a melhor, mas este poema é meu.
– Fico aqui pensando, sem nada dizer, só pensando.
Ofereço como presente aos aniversariantes:
Wilma de Jesus, Márcio Miranda, Carla A. Santos, Luiz
Felipe, Pedro Paullo, Leopoldo Comitti, Lúcio Braga, Rosane Dias, Mithswillian
Paiva, Delsyn Carvalhais, Pascoal Gomes, Marcone Alvarenga, Carlos Passos, Malu
Ricardo, Adalberto André, Carmen L. Souza e Nívea Paula.
Recomendo a leitura de “Te Amo Como”, deste que vos fala; e
“Casmurro”, de Xúnior Matraga.
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