domingo, 21 de junho de 2020

DESENCAIXA


ou LUTAR, NÃO CALAR


“Es grave lo que vive nuestra tierra
y es con la cultura que entendemos su crisis”.
Arline Salazar, de Lima, Perú.

I
“Existirmos: A que se destina?”¹
Fazer da Terra uma obra-prima
Saborear arte e literatura
Fazer a vida menos dura.

Mas, criança, imaginar o Brasil altaneiro
Se nossa mente é atoleiro
O que somos é hospedeiros
De monstros verdadeiros.

II
O presidente evil
Em sua vocal flatulência
Não verá, não vê nem viu
Dos bancos, a injusta opulência.

Como o mais vil dos vampiros
Dente de alho no fiofó
– Para proteger do coronavírus –
Agora manda o presidente evil.

III
Ser
Ser branco é legal
Ser negro é ilegal
Desser

Por fim digo aos mais irritados
Quando a poeira abaixa
Algumas vezes os males antes agitados
Não mais se encaixa.


Ofereço como presente aos aniversariantes:
Faire (Amnon K. Oliveira), Jaydson Sousa, Salomão A. Costa, Vilma Zeferino e Feliciana Saldanha.

Recomendo a leitura de:
“Pobre, o cãozinho amarelo” e “Apagão na Estação de Metrô Calafate”, ambos de Glaussim:
O livro “Riscando Fósforo: contando para manter viva”, de Robinson Ayres Pimenta. Para adquirir seu exemplar:
“Escrita em tempos de pandemia”, de Caio Riter:

¹ VELOSO, Caetano. Cajuína. Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=nmd7Nw9KqaE . Acesso 21 Jun 2020.

Rubem Leite é escritor, poeta e crontista. Escreve todo domingo neste seu blog literário: aRTISTA aRTEIRO.
É professor de Português, Literatura, Espanhol e Artes.
É graduado em Letras-Português. E pós-graduado em “Metodologias do Ensino da Língua Portuguesa e Literatura na Educação Básica”, “Ensino de Língua Espanhola”, “Ensino de Artes” e “Cultura e Literatura”.
Autor dos artigos científicos “Machado de Assis e o Discurso Presente em Suas Obras”, “Brasil e Sua Literatura no Mundo – Literatura Brasileira em Países de Língua Espanhola, Como é Vista?”, “Amadurecimento da Criação – A Arte da Inspiração do Artista” e “Leitura de Cultura da Cultura de Leitura”.
Foi, por duas gestões, Conselheiro Municipal de Cultura em Ipatinga MG (representando a Literatura).
Imagens: fotos do autor.

Iniciado no princípio da manhã de 09 de maio de 2019. Em seguida trabalhado de seis dias depois até 21 de junho de 2020.

2 comentários:

Roberta Rocha disse...

Muito bom!

Glaussim disse...

Grande como o peso das águas do mar, leve como um mergulho na imaginação. Assim é a distância entre a ignorância dos insatisfeitos com a ciência e a resiliência de quem sabe ler. Obrigado pela citação ao meu conto "Pobre, o cãozinho amarelo". Namastê!