domingo, 19 de março de 2017

HOMEM COM GARRAFA EM PASSOS TRÔPEGOS

Hombre con botella en pasos torpes


Em português

Raios de luz na folha
Sol na janela pra rua
As flores não há quem colha
Amores pra dama nua.

Pleno céu de lua distante
Ainda assim nuvens vermelhas
Donde vem o que te alumia?
Penso, sendo ou não – eu –, importante.

Jovens e artistas falam
– Porque não têm o que dizer –
Ai! Que saudade (?)
Dos maus tempos da Ditadura.
Jovens e artistas
Falavam por terem o que dizer.

A fábrica ruge
A política gozosa geme
Feio, frio, povo, treme
Reagir urge.

Trem com coisas em linha reta
Carros com gente em linha reta
Formigas com folhas em linha reta
Homem com garrafa em passos trôpegos.

Luz de poste
Mais poças d’água
E pingos de chuva
São pirilampos beijando asfalto.

Despetala a flor
Semente se perde ao vento
Fala e fala o professor...
Alunos se perdem no tempo.

Cantam carros na madrugada
Encantam pássaros ainda no escuro
Desencantam alunos em vanguarda
Professor, vida em obscuro.

Sou um poço de delicadeza
Talvez me encontre no fundo do poço
Sou um oceano de sensibilidade
Talvez me encontre afogado no oceano.

Minha leitura do poema em português:


En español

Rayos de luz en hoja
Sol en la ventana para calle
Las flores no hay quien coja
Amores para dama desnuda

Pleno cielo de luna distante
Todavía así nubes rojas
¿Dónde viene que te alumbras?
Pienso, siendo o no – yo –, importante.

Jóvenes y artistas hablan
– Porque no tienen nada a decir –
¡Ayayay! (¿)Cómo extraño(?)
Los malos tiempos de la Dictadura.
Jóvenes y artistas
Hablaban porque tendieron que decir.

La fábrica ruge
La política gime gozosa
Feo… frío… pueblo… tiembla… ¡agoniosa!
Actuar urge.

Tren en línea cierta
Coches con gente en línea cierta
Hormigas con hojas en línea cierta
Hombre con botella en pasos torpes.

Luz del poste
Más pozas de agua
Y pizcas de lluvia
Son luciérnagas besando asfalto.

Flor sin pétalas
Semillas se pierden al viento
Habla y habla el maestro…
Alumnos se pierden en el tiempo.

Cantan coches en la madrugada
Encantan pájaros todavía en el oscuro
Desencantan alumnos en vanguardia
Maestro, vida en obscuro.

Soy un pozo de delicadeza
Tal vez me encuentre en fondo del pozo
Soy un océano de sensibilidad
Tal vez me encuentre ahogado en el océano.

Mi lectura del poema en español:


Ofereço como presente aos aniversariantes
Jeferson Adriano, Paulo Bonfá, Marcelo Oliveira, Eliane JM Santos, Patrícia Loures, Aldrin G. Martins, Marcio GMS Mendes, Mariza Batista, Glória Mª Anchieta, Maria Cloenes, Clementina Santos, Ricardo D. Cunha, Israel Brandão, Davi Paiva, Raphael A.L. Macedo, Camila Valadares, Ana L. Pena, Ranulfo L. Gonçalves, Marco Abreu, Murilo Cruz e Maria Cabral.

 Recomendo a leitura de “Há de Haver”, de Bispo Filho; “Noa”, deste que vos fala; “Carcaça”, de Sued; “Dois”, de Xúnior Matraga.

Recomendo os vídeos filmados no AVESSO (bar no Centro Comercial do Cariru, Ipatinga MG). Apresentações musicais de GANGA BRUTA, de Sete Lagoas MG:


Escrito entre 18 e 25 de abril de 2016. Trabalhado entre os dias 17 fevereiro e 19 de março de 2017.

domingo, 12 de março de 2017

ENTÃO

ENTONCES


Em português

Deixou-me tão forte
Uma perdida memória.
Mas, quem é feliz não faz história
Todavia, vigor é meu porte.
Então,
O que tem na janela?
Não tem nada, somente ela.
Então... o que há depois da janela?
Há vida. Sua vida!
Como?
Se o valor da vida
É coisa de Homens e Mulheres
Enquanto o preço no supermercado
É coisa de coxinhas¹ e Marcelas².


En español

Me ha dejado tan pronto
Quedándoseme el nostalgia
Pero, quien es feliz no hace historia
Sin embargo, vivo y afronto.
Entonces,
¿Qué hay en la ventana?
Nada hay, solo ella mismo.
Entonces… ¿qué hay después de la ventana?
Hay vida. ¡Tu vida!
¿Cómo?
Si el valor de la vida
Es cosa de Hombres y Mujeres
Mientras el precio en el supermercado
Es cosa de fachogusanos y Marcelas².

Em português e en español


Ofereço como presente aos aniversariantes:
Elisângela A. Santana, Larissa Sette, Sirlene A. Souza, Marcia Veloso, Adele Ramos, Lara Luft, Dalbert Benjamim, Antonio D. Sebastiao, Sandra H. Martins, Kátia Ferreira, Mailson F. Viana, Jayane Santos, Patrícia M. Silva, Thalyanne Neves, Silvana Alvarenga, Joe Montesino Ilesca, Franquilaine Alcântara e Karen Porfiro.

Recomendo a leitura de “Juazeiro desmancha na chuva”, de Sued; e “Aulas de História”, deste que vos fala. Respectivamente nos endereços:

¹ No Brasil, coxinha é termo pejorativo para a massa; pessoas que acreditam nos opressores deixando-se enganar por eles e a defendê-los.
² Marcela é o nome da jovem esposa do velho presidente golpista brasileiro Michel Temer. Uma certa revista a descreveu como “bela, recatada e do lar”... E no discurso do “presidente” (?) no dia internacional da mulher de 2017 ele transmitiu a ideia que as mulheres são apenas “rainhas do lar” e seus conhecimentos econômicos são apenas nos supermercados. Ouça quem tem ouvidos e compreenda quem tem cérebro...
    Marcela es el nombre de la joven esposa del viejo presidente golpista brasileño Michel Temer. Una cierta revista la describió como “bella, recatada (púdica) y del lar”… Y en el discurso del (¿) “presidente” (?) en el día internacional de la mujer de 2017 él transmitió la idea que las mujeres son solamente “reinas del lar” y sus conocimientos económicos son solos en supermercados. Oiga quien tiene oídos y comprenda quien tiene cerebro…


Escrito originariamente en español en el día 13 noviembre 2015. Y trabajado en las dos lenguas en los días 15 julio y 20 septiembre de 2016 y después entre los días 27 de febrero y 12 de marzo de 2017.

domingo, 5 de março de 2017

FRUTO COMIDO

FRUTO COMIDO

Em português

No princípio dos tempos, quando Adão, Eva e seus filhos viviam no Paraíso, os seres humanos e os animais falavam a mesma língua. E todos em perfeita harmonia. Mas quando os dois “comeram do fruto da Árvore do Conhecimento”, Deus os expulsou do Santo Jardim.
- Todo mundo, rua!
- Mas, Senhor...
- E dê-se por satisfeito, Adão e fique feliz, por não ter sogra nem caminhão.
Mesmo sem saber o que sejam sogra e caminhão, Adão ficou assustado, amedrontado mesmo (e com razão) e pegou Eva e os meninos e saíram bem de fininho.
Assim que eles saíram, o Criador abriu a terra formando um imenso abismo. Seria este o fim de Pangeia e o surgimento dos continentes? Huuuum. Creio que não. Os primeiros humanos lamentaram. Os animais lamentaram. Paralisados, cada grupo – humanos e animais – já antevia a saudades que sentiriam um dos outro.
E o abismo ia crescendo. Num repente, os cães pularam o abismo em direção aos seus tão amados humanos. Alguns não conseguiram alcançar a outra borda, mas os que conseguiram, assim como seus descendentes, estão conosco até hoje.
Desde então, nenhum cão, vivo ou morto, está longe do Olhar dos Céus.



En español

En el principio de los tiempos, cuándo Adán, Eva y sus hijos vivían en el Paraíso, los humanos y los animales hablaban la misma lengua. Todos en perfecta armonía. Sin embargo, cuando “comieron del fruto del Árbol del conocimiento”, Dios los expulsó del Santo Jardín.
- Ustedes, ¡adiós!
- Pero, Señor…
- Y agradezca, Adán, por no tener suegra ni ser chiclán.
Mismo no sabiendo que sea suegra sintió miedo, mucho miedo (y hay razón para eso, ¿no?). Entonces ayuntó Eva y los niños y siguieron el camino.
Así que ellos salieron, el Criador abrió la tierra formando un inmenso abismo. ¿Será así el fin de Pangea, el surgimiento de los continentes? No, no lo creo. Los primeros humanos lamentaron. Los animales lamentaron. Paralizados, cada grupo – humanos y animales – ya previa – el extrañamiento que sentiría uno del otro.
Y el abismo crecía, crecía. De súbito, los perros saltaron el abismo en dirección a sus tan amados humanos. Pero, ni todos alcanzaron  la otra orilla. No obstante, los que consiguieron, así como sus descendientes, hasta hoy están con nosotros.
Desde entonces, ningún perro, vivo o muerto, está lejos de la mirada del cielo.



Ofereço como presente aos aniversariantes
Átila Nonato, Marco A. Parisotto, Lúcia Ramos, Ana Sandra, Jakson Soares, Paulo Carvalho, Malcom Judith, Elci Pascoal, Thiago Vaz, Lucio Viana, Eunice Profeta, Phelipe Moraes, Lene Teixeira, Gustavo Lacerda e Leonardo Ferreira.

Recomendo a leitura de
“Aulas de História”, deste que vos fala; “Carnavália I” e “Carnavália II”, de Xúnior Matraga. Respectivamente nos endereços abaixo:


Sem registro de quando foi escrito, mas trabalhado entre os dias 27 de fevereiro e 05 de março de 2017.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

CORAÇÃO

CORAZÓN


Continuação de SE O TIJOLO FALASSE


- No me gustan los hombres.
- Penso que toda sexualidade é algo bom.
- ¿No tenés otro tema que no sea garchar?
- Rerrê. Tenho. Mas foi você que falou em foder. Do que gostaria de conversar?
Silêncio. E, enquanto Benito falava, o outro se levantou da mesa olhando com raiva nos seus olhos, deu as costas e se foi. Até aqui eu, o tijolo, narrei o que vi. Agora outro será o narrador; uma narradora, na verdade.
Ao amanhecer Benito foi ao trabalho e tudo ocorreu normal. Quer dizer, nenhum conflito até agora para manter leitor. Mas a semana avança porque o tempo continua. Será que você, que lê, percebe o rumo que estamos seguindo? Vejamos! Desde o cronto da semana passada uma discussão sobre o permissível na sexualidade humana. O que acha que virá? Talvez uma nova discussão entre os dois? Huuum! Provável que não; já que falei sobre isso... Ou será que por isso mesmo falaremos disso? Tantas possibilidades...
- Professor Benito, o diretor mandou lhe chamar. Pode ir que eu fico na sala para você.
Ele vai e, claro, estranhando o chamado no meio de uma aula.
- Quem está falando de mim?
Realmente! Ele é capaz de nos perceber...
- Sou a nuvem que te sombreia.
- Desde que não me assombre pode “sombreiar” a vontade. – Sorrindo encerra a nossa conversa feita em pensamento. Diante da diretoria:
- Pode entrar, professor Benito.
- Por que me chamou?
- Alguns pais estiveram aqui reclamando de você... – com o silêncio e o olhar interrogativo, continua – Ficaram sabendo de sua sexualidade e estão com medo do que poderá fazer com os filhos deles... Vieram até com um discurso da ex-deputada Myrian Rios sobre homoafetividade...
É claro que você sabe o rumo da conversa. Já viu histórias variadas sobre o mesmo tema. Mas resumo tudo dizendo que meses se passaram entre despede, não despede; discussões com pais etc. Até tudo se assentar. Concluo então:
- ¡Benito!
O argentino se aproxima depois de alguns não muitos anos após a confusão acima.
- Ah! Oi!
- Quiero pedirle disculpas. Estoy arrepentido por denunciarlo a algunos padres, amigos míos.
- Denunciar-me! Denúncia se faz em ocorrência de crime. E sexualidade não é crime.
- Sin embargo, le pido perdón.
- Não há necessidade. Superei o problema e continuo trabalhando normalmente.
- Pero… todavía quiero disculparme.
- Seu pedido de desculpas vai desfazer a dor de cabeça que sofri? As ofensas que ouvi? Ofensas que não deveriam existir. Não! Então você é o único beneficiado pelo pedido. Eu não ganho nada. Estou em paz, sem raiva e nem amizade por você.
- Pero…
- Pero Vaz de Caminha. Se eu lhe digo que perdoo, você se sentirá bem sozinho; não mudará meu passado. Se digo que não, você ficará um pouquinho chateado, mas logo-logo se consolará pensando “Bem... Pedi perdão, ele é que não quis aceitar. Então, problema dele”.
- Entonces… ¿No me perdona?
- Não há o que perdoar. Tchau.
- ¡Caray! Como es duro de corazón…
Observo os dois. Um parado, o outro se afastando e eu observando as pessoas sem entender a diferença entre humanidade e desumanidade; e no porquê do outro chamar o um de coração duro...



En español

Continuación de SI EL LADRILLO HABLASE


- Eu não gosto de homem.
- Pienso que toda sexualidad es buena.
- Você não tem outro assunto além de foder?
- ¡Jejé! Tengo. Pero, fue tú que hablaste en joder. ¿Qué te gustaría hablar?
Silencio. Y, mientras hablaba, el otro se levantó de la mesa mirándolo enojado, dio las espaldas y se fue. Hasta acá yo, el ladrillo, narré mis testigos. Ahora, otro será el narrador; una narradora, en verdad.
Al amanecer nuestro héroe fue trabajar y todo ocurrió normalmente. Quiero decir, ningún conflicto hasta ahora para mantener lector. Pero, la semana avanza porque el tiempo continúa. ¿Será que tú, que leer, percibes el rumbo que estamos siguiendo? ¡Pensemos! Desde el croento de la semana pasada una discusión sobre el permisible en la sexualidad humana. ¿Qué piensas que ocurrirá? ¿Tal vez una discusión entre los dos? Es probable que no; ya que hablé sobre eso… ¿O será que exactamente por eso abordaremos este tema? Hay tantas posibilidades…
- Maestro, el director lo llama. Puede ir que me quedo en el aula para usted.
Él se va y, es cierto, pensando en el raro que es esta convocación en medio de una clase.
- ¿Quién está hablando de mí?
¡Realmente! Él es capaz de nos percibir…
- Soy la nube que te sombrea.
- Si no me asombrar puedes sombrearme lo tanto que quieras. – Sonriendo encierra nuestra charla hecha en pensamiento. Delante del directorio:
- Adelántate, maestro.
- ¿Por qué me llamaste?
- Ayer unos padres requirieron tu salida de la escuela… – con el silencio e la mirada interrogativa, continúa – Descubrieron tu sexualidad y tienen miedo que podrás hacer “cosas” con sus hijos… Vinieron hasta con discursos de religiosos y políticos argentinos, peruanos, chilenos, uruguayos y brasileños contra la homoafectividad…
Obviamente tú sabes el rumbo de la charla. Ya has visto historias variadas sobre el mismo tema. Pero, resumo todo diciendo que meses se pasaron entre despide, no despide; discusiones con padres etc. Hasta todo se asentar. Concluyo entonces:
- Benito!
El brasileño se acerca después de algunos no muchos años tras la confusión arriba.
- ¡Ah! Hola…
- Cara! Quero te pedir desculpas. Estou arrependido por tê-lo denunciado a alguns pais, amigos meus.
- ¡Denunciarme! Denuncia se hace en ocurrencias de crimen. Y sexualidad no es crimen.
- Ainda assim te peço perdão.
- No hay necesidad. Superé el problema y continúo trabajando normalmente.
- Mas... ainda gostaria de pedir desculpas.
- ¿Presentarme sus excusas deshará el mal? ¿Las ofensas que oír? Ofensas que no deberían existir. ¡No! Entonces tus excusas beneficiarán solamente a usted. Nada logro. Estoy en paz; si no seguimos amigos también no estoy enojado.
- Mas…
- ¿Qué quiere? ¡Amistad! Si digo que lo perdono, solo usted se sentirá bien; no cambiará mi pasado. Si digo que no, usted se quedará un poco molesto; sin embargo, pronto se consolará pensando “¡Caray! Lo pedí perdón, él es que no aceptó. Entonces, es problema de él. Estoy libre”.
- Então... Não me perdoa?
- No hay nada a perdonar. ¡Adiós!
- Nossa! Que coração duro o seu...
No quito mis ojos de ellos.  Un parado, el otro se alejando y yo observando las personas sin entender la diferencia entre humanidad e inhumanidad; y en la causa del otro llamar el un de corazón duro…



Ofereço como presente aos aniversariantes:
Josiane Hungria, a doce bruxa Rosana Mont’Alverne com seus livros de feitiços, Rodrigo Miranda, Isabela Guerra, Tiago Gonçalves e seu piano de condão, André Beraldino, Vera L.P. Dionizio, Mariza L. Souza, Domingos Tibúrcio e sua música encantada, Igor Rodrigues, Dyego D. Cordeiro, Gaston L. Stefani, Ely Monteiro e suas palavras mágicas, William Lacerda, João P. Brito, Maria Ribeiro, Leo Guerra, Vanda Valério, Rosangela Guintanilha e Lucas Alves.

Recomendo a leitura de “Ventura”, de Xúnior Matraga; “Veredas”, deste que te fala; “As perguntas que deveriam incomodar”, de Sued.


Escrito em fevereiro de 2017; entre o início da manhã de 20 e o final da madrugada de 26.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

SE O TIJOLO FALASSE…

SI EL LADRILLO HABLASE…


Em português

Esta noite de segunda-feira e esta lua crescente estão bonitas. No Avesso está se sentindo agradavelmente o avesso do avesso do avesso. Recomendo a todos que passem por aqui. Com ele está um rapaz argentino. Ele fala em português e o argentino em espanhol.
- Olha aquele tijolo na parede!
- ¿Qué pasa a él, Benito?
- Parece estar vivo… E observando a gente...
- ¿Estás ebrio?
Estão falando de mim? Bem que ouvi dizer que ele é diferente... especial... Mas voltemos ao assunto de hoje: Já conversaram sobre livros, música, política, futebol e agora:
- Todas as pessoas me agradam. Gordas, magras, negras, brancas, brasileiras, estrangeiras.
- ¡Sos más regalón que un conejo!
- Rerrê. Porém não trepo com todas as pessoas que conheço.
- A mí no me atraen los hombres.
- A mim todos são admiráveis.
- A mí no me gusta que me metan la pija en el culo. No, no me gusta mismo.
- Como acabei de dizer, todos me agradam. Entretanto, quando namoro alguém é somente ele ou ela. Não quero ninguém mais.
- Pero a mí no me gusta la pija en el culo; así que a los hombres los descarto.
- Não tem nada de errado nisso; não querer que comam sua bunda.
- No me gusta. Me parece absurdo. Prefiero las gorditas
- Por que seria absurdo?
- Porque no disfruto nada.
- É possível que isso seja apenas por você ser heterossexual. E penso que toda sexualidade é algo bom.
- No pasa nada. Pero, ¿no tenés otro tema que no sea garchar?
- Rerrê. Tenho. Mas foi você que falou em foder. Do que gostaria de conversar?
Silêncio. E, enquanto ele falava, o outro se levantou da mesa olhando com raiva nos seus olhos, deu as costas e se foi. Deste então ele está chorando muuuuito pela situação. Rarrarrarrá! Está vendo as suas lágrimas? Rerrê.

Caso queira, poderá ouvir o autor lendo o cronto em:


En español

Esta noche de lunes y esta luna creciente están bonitas. En la bodega El Revés se siente agradablemente el revés del revés del revés. Recomiendo a todos que vengan acá. Con él está un muchacho brasileño. Habla en español y el brasileño en portugués.
- ¡Mira aquél ladrillo!
- O que tem ele?
- Parece estar vivo… Y observándonos…
- Você está bêbado?
¿Están hablando de mí? Ya me dijeron que él es distinto… especial… Pero, volvemos al asunto de hoy: Ya charlaron de libros, música, política, fútbol y ahora:
- Todas las personas me encantan. Gordas, flacas, negras, blancas, argentinas, extranjeras.
- Você trepa mais que coelho, hem.
- Jejé. Pero, no cojo todas las personas que conozco.
- Os homens não me atraem.
- A mí todos son admirables.
- Eu não gosto que metam o pau na minha bunda. Não gosto mesmo.
- Como dije a poco, todos me encantan. Sin embargo, cuando me enamoro de alguien es solo él o ella. No quiero nadie más.
- Mas eu não gosto mesmo de pica na bunda; por isso eu descarto tudo quanto é homem.
- No hay ningún error en eso, no querer que cojan tu culo.
- Não gosto! Isso é um absurdo. Prefiro as gordinhas.
- ¿Por qué sería un absurdo?
- Porque não gosto mesmo.
- Es posible que eso sea apenar por ser heterosexual. Toda sexualidad es buena.
- Ok. Mas você não tem outro assunto além de foder?
Jejé. Tengo. Tú eres que habló en garchar. ¿Qué deseas charlar?
Silencio. Y, mientras hablaba, el otro se levantó de la mesa mirándole enfadado, le dio las espaldas y se fue. Desde entonces está llorando muuucho… ¡Jejejejejé! ¿Ves las lágrimas? Jejé.

Si quieres, podrás oír el autor leyendo en


Ofereço como presente aos aniversariantes
Helena L. Lopes, Orlando Júnior, Thalisson Abreu, Dinei Gonçalves, Alex de Sá, Sidney Muniz, Roseli Marques, Anuska D. Karine, Dago T. Veja, Imperatriz B.W. Leite, Paulo R.F. Campos, Meire Alves, Túlio Silva, Cleucy N. Afonso, Matheus M.A. Pires, Christine D.P. Sathler e Giulliano Nepomuceno.

Recomendo a leitura de “qualquer poesia”, de Xúnior Matraga; “No Sâbi Uêi”, deste que vos fala; “Entre a espiritualidade e a batata frita eu escolho a batata frita”, de Sued.


Trozo de una charla en Facebook con un joven argentino en la tarde de 09 agosto de 2016. Y trabajado en las dos lenguas entre los días 20 de enero y 19 de febrero de 2017.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

APENAS ESTAVA LÁ


Sentado sempre no mesmo lugar. Ele na mesma mesa na mesma barraca; a de coquetéis.
Janeiro chegou e o sol com as férias escolares levaram muitos mineiros para o Espírito Santo. E levou os coquetéis também (mais lucro lá do que aqui). Na ausência das bebidas de sempre ele foi para outra barraca.
Alguns domingos comendo peixe e bebendo vinho branco comprado para ficar a espera na barraca.
Fevereiro chegou. E trouxe uma reunião de emergência no Senado para mudança no nome de um estado brasileiro. Agora não será mais ES, mas sim EP. Deixa de ser Espírito Santo para ser Espírito de Porco...
E, repito, fevereiro chegou. Os coquetéis também. Mas ele não voltou ao seu antigo lugar. Continuou onde estava apenas porque se acostumou. Não pensou em ingênua retaliação pelo tempo sem drinques. Apenas se habituou ao novo lugar. Mas também ninguém cobrou seu retorno antigo lugar. Ninguém notou a mudança dele.


Ofereço como presente aos aniversariantes
Tadeu Vilalba, Wellington P. Santos, Ana Mª Guerra, Ilton V. Melo, Rodrigo M.C. Silva, Sandra Lemos, Laura Simões, Saulo Almeida, Claudina Abrantes, Rodolfo Belo, Fran Silvestre (Torosca), Zé Mário Pimentel, Daniel S. Emílio, Hugo de la Vega, Fernanda de Lima, Walter B. Villar, Lucas Vidau, Márcia Carmo, Katia Macedo, Geraldo Cupertino, Thalita Kiro, Mª Fátima W. Leite Macedo e Susilene Justino.

Recomendo a leitura de “Na janela do ônibus em um dia chuvoso”, de Saed; e “Vamos nos divertir juntos”, deste que vos fala. Respectivamente:


Escrito 08 de janeiro de 2017. Trabalhado entre os dias 25 de janeiro e 12 de fevereiro do mesmo ano.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

ESTOU

ESTOY – I AM


Do negro ao cinza
Do tráfego ao pássaro
O sol tranquiliza
O canto nos é doce e caro.

Flores perfumam o ar
Autores escrevem uma história
Pessoas vivem suas vidas
Avô é a flor que escreve a própria vida.


Del negro al gris
Del tráfico al pájaro
El sol tranquiliza
El canto nos es dulce y rico.

Flores perfuman el aire
Autores escriben una historia
Personas viven sus vidas
Abuelo es la flor que escribe la propia vida.


From black to gray
From traffic to bird
The sun reassures
Song is sweet and important to us.

Flowers perfume the air
Authors write a story
People live your lifes
Grandad is the flower to write own life.


Ofereço como presente de aniversário
Alexandre F. Luna, Eddy Khaos, Wadson Lourenço, Rodrigo Robleño, Vitória Soares, Gleison Oliveira, Isabelly Cristinny, Luzia Barros, Renato Silva, Sâmara C. Botelho, Paulinho Manacá, Alice Pacheco, Bárbara Alves, Albino de la Puente e Brska (Luciano Soares).

Recomendo a leitura de
“O Capital”, de Bispo Filho; “Abre Voz”, de Xúnior Matraga; “Uma Linda e Medíocre Historinha de Amor”, de Vinícius Siman. Respectivamente nos endereços:


Escrito em inglês no dia 05 de maio 2016. Dois meses depois reescrito em português e entre os dias 11 de janeiro e 05 de fevereiro de 2017 trabalhado nas três línguas.