quarta-feira, 28 de outubro de 2009

MESTRES

Nena, Nena, Nena.

Se você se chamasse

Filomena

Isso seria rima

Nunca solução.

Bem, talvez...

Insolúvel solução

Na xixícara sócio-polititica

Dos cultos neo paleolíticos

Da modernidade do futuro passado.

E o que digo?

O que digo é que não digo nada.

O poeta é cobra que Deus deu asa

Ou talvez uma freira com toque de puta

Ou então puta com ar de freira.

O que é um poeta

Senão bunda de corcunda

Com os peitos de silicone vencido da bruxa?

Se já foi poetizado que somos tão fingidos

Que não sentimos o que sentimos.

O que é um poeta

Senão gato que alçou vôo

Nadando no chuveiro

Como palavras que caem

E tentamos dar sentido a elas

Sendo que são elas que dão sentidos a nós.

Doutro lado o poeta é

Palavra de anjo.

Anjo de rabo e chifre

Com odor de enxofre

Ou anjo de aureola e asa

Com perfume de suaves flores

Mas o que importa é que

Poeta é anjo

Poeta é cobra alada

Poeta é freira

Poeta é bumbum de bruxa corcunda

Poeta é Nena de Castro

Cida Pinho

Marília Siqueira

Bruno Grossi

Diane Mazzoni

E eu o que sou?

Aprendiz da palavra

Aprendiz dos mestres acima.

Comecei a fazer os versos acima dois anos atrás como um presente a Nena de Castro. Inspirei-me na música Pagu cantada por Rita Lee e mais ainda na poesia que são os meus mestres: Nena, Cida, Marília, Bruno, Diane e outros. E creio que daqui uns dois anos ela possa ficar boa, digna deles.

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