domingo, 24 de março de 2019

O MITO DE PANDORA



Vencer, vencer, vencer
Este é o nosso ideal.¹

Em português:

Era uma vez em uma terra distante que se chamava Grécia uma linda e curiosa menina de nome Pandora.
Certa manhã, ao passear por um jardim, Pandora se sentou em um banco para admirar o céu, as flores, os pássaros... Enquanto, sentada no banco, se encantava com as com flores de orapronóbis e as demais belezas do mundo, os clássicos deuses apareceram e se sentaram no mesmo banco para dar-lhe um presente.
 
O presente a ser dado era a caixa econômica, digo o brades... Quero dizer o BB. Não, não. Perdão, é que fiquei confuso com tantos bancos existentes naquela praça.
A garotinha ganhou de presente dos deuses uma linda canastra de marfim encrustada de pedras preciosas; arca esta que fora fabricada nos bancos.
Contudo, Pandora jamais poderia abri-la ou coisa terrível e terrorífica, ignóbil e ignorante, fútil e inútil, besta e bosta, anormal, boçal e sem moral seria vomitada do precioso baú.
Pandora era uma menina linda e obediente e assim fez por longos anos. Até que num belo dia ela escutou, vindo de longe e do futuro, mais de cinquenta e sete milhões de vozes das trevas a dizer-lhe:
- Abra a caixa! Para o mito sair...
- Abra o cofre pra jair se acostumando com o futuro...
- Abra a canastra para brincar de fazer arminha com os dedos e ter segurança...
- Abra o baú para estudar em escola sem partido...
- Abra a caixa... Abra a caixa... Abra a caixa... Abra a caaaaixa...
Com tantas vozes em sua cabeça, apesar de não ser esquizofrênica; ensandecida... abriu a caixa.
E... E... E...
Da arca saiu a burrice dos idiotas, a desgraça das catástrofes, a subserviência dos submissos, o flagelo dos trabalhadores, as dificuldades dos idosos, o preconceito dos maus, a misoginia dos machistas, o genocida dos silvícolas, a homofobia dos incubados etc. etc. etc.
A canastra defecou o Boçalnato.
Mas os Orixás e os Deuses indígenas do Brasil, que até então não estavam nessa história, aparecem para nos salvar dos males das quase cinquenta e oito milhões de vozes cristãs que nos deu um presente de grego.
Os Orixás e as Divindades brasileiras falaram para Pandora abrir a caixa outra vez, porém do lado esquerdo e não do direito, pois dessa vez sairia uma estrela do ProeminenteSOL ‘comum à vista’ de todos e ‘social na lista’ de tudo.
E dessa luz vermelha, verde e amarela sairia o que poderia corrigir os males produzidos pelas trevas das mais de cinquenta e sete milhões de vozes de ódio dos ignorantes.



En español:

EL MITO DE PANDORA


Érase una vez, muy lejos de aquí, un país que se llamaba Grecia. Allá vivía una niña de nombre Pandora.
En una linda mañana, al pasear por un jardín, Pandora se sentó en un banco para admirar el cielo, las flores, los pájaros… Mientras desfrutaba de la belleza del “orapronobis” y del mundo sentada en el banco, los clásicos dioses surgieron y se sentaron en el mismo banco para darle un regalo.

El regalo a ser dado era el Banco de la Nación Argentina. Quiero decir, el Banco Central del Uruguay. Digo, es el Banco de la Nación peruana. No, no. Era el Banco Central de Chile. ¡Ay, caray! Me quedé turbado con tantos bancos existentes en aquella plaza.
El regalo de los dioses a la piba era una linda arca de marfil incrustada de piedras preciosas; baúl este fabricado en los bancos.
Sin embargo, Pandora jamás debería abrirlo o cosa terrible y terrorífica, innoble e ignorante, fútil e inútil, bestia y bosta, anormal, bozal y sin moral sería vomitada del precioso cofre.
Pandora era una muchachita guapa y obediente. Por largos años ella apreció la caja sin pensar en abrirla. Pues la tapa era tan bella que bastaba mirarla para sentirse satisfecha. Pero, en un bello día, ella escuchó viniendo de lejos y del futuro, más de cincuenta y siete millones de voces de las tinieblas a decirle:
- ¡Abra la caja! Para el mito salir…
- Abra el cofre para ya irse acostumbrando con el futuro…
- Abra el baúl para jugar de hacer armas con los deditos y tener seguridad…
- Abra el arca para estudiar en escuela sin partido…
- Abra la caja… Abra la caja… Abra la caja… Abra la caaaaaja…
Con tantas voces en su cabeza, a pesar de no ser esquizofrénica; ensandecida… abrió la caja.
Y… Y… Y…
Del arca salió la idiotez de los imbéciles, la desgracia de las catástrofes, el servilismo de los sumisos, el flagelo de los obreros, la miseria de los ancianos, el prejuicio de los malos, la misoginia de los machistas, el genocida de los indios, la homofobia de los armarios etc. etc. etc.
El baúl defecó el Bozalnato.
Pero los Orixás y los Dioses indígenas de Latinoamérica, que hasta entonces no estaban en esta historia, surgieron para salvarnos de los males de las casi cincuenta y ocho millones de voces cristianas que nos dieron un regalo de griego.
Los Orixás y las Deidades indígenas hablaron para Pandora abrir el arca otra vez, pero del lado izquierdo y no del derecho, pues de esa vez saldría una estrella ‘común a la vista’ de todos y ‘social en la lista’ del todo.
Y de esa luz de los colores de los pueblos de Latinoamérica saldría lo que podría corregir los males producidos por las tinieblas de los más de cincuenta y siete millones de voces del odio de los ignorantes.


Ofereço como presente de aniversário:
Diony Stefano, Girvany de Morais e João F. Alcino.

Recomendo a leitura de:
“Quase 40, Quase Proibido”, de Flávia Frazão:
“Manifesto”, de Girvany de Morais:
“Macau”, de António MR Martins:
“No Quiero Perder mi Voz de Creador”, de Gianmarco F. Cerdán:

Louvo Nossa Senhora pela Sua Anunciação e a louvo pelos cento e onze anos do amado Clube Atlético Mineiro.
Parabenizo ao SouthAmerica Galão Sag.

¹ Idolatrado pela torcida, o Hino ao Clube Atlético Mineiro é o mais cantado em estádios no Brasil. Ele foi escrito e composto por Vicente Motta, em 1969. Natural de Montes Claros, Vicente era famoso por sua voz que embalava boates na noite belo-horizontina. Com eventos-chave escolhidos pela diretoria para serem exaltados – os títulos “Campeão do Gelo” e “Campeão dos Campeões” – Mota pôs-se a pensar no que poderia agradar tanto a diretoria quanto a massa atleticana. Pensou em uma composição que se identificasse com a massa e chegou à primeira frase. Daí em adiante, deixou suas emoções como um autêntico torcedor alvinegro falar mais alto. O resultado foi um sucesso impensável para um hino futebolístico. O hino do Galo vendeu milhares de cópias no Brasil e no Mundo além de ficar por várias semanas nas paradas de sucesso musicais. Foi agraciado com vários prêmios. O mais importante deles veio em 1976, em Nápoles, na Itália. Houve um concurso mundial de hinos de clubes de futebol e o do Galo foi o vencedor, tornando-se o mais belo hino de um clube de futebol do mundo.

Rubem Leite é escritor, poeta e crontista. Escreve todo domingo neste seu blog literário: aRTISTA aRTEIRO.  É professor de Português, Literatura, Espanhol e Artes. É graduado em Letras-Português. É pós-graduado em “Metodologias do Ensino da Língua Portuguesa e Literatura na Educação Básica”, “Ensino de Língua Espanhola”, “Ensino de Artes” e “Cultura e Literatura”; autor dos artigos científicos “Machado de Assis e o Discurso Presente em Suas Obras”, “Brasil e Sua Literatura no Mundo – Literatura Brasileira em Países de Língua Espanhola, Como é Vista?”, “Amadurecimento da Criação – A Arte da Inspiração do Artista” e “Leitura de Cultura da Cultura de Leitura”. Foi, por duas gestões, Conselheiro Municipal de Cultura em Ipatinga MG (representando a Literatura).
Imagens:
Flores de Lobrobró – duas foto do autor. (Lobrobró = orapronóbis).
Rubem de chapéu – foto de Vinícius Siman.

Escrito e trabalhado entre 20 e 24 de março de 2019.

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