O desejo de segurança nos põe em riscos.
El
deseo de seguranza nos pone en riesgos.
Bate o músculo vital. Não é sinal de vida,
é alguma coisa sofrida a bater fatal.
Late
el músculo vital. No es señal de vida, es alguna cosa sufrida a latir fatal.
Mortências
políticas de “higienização” indígena:
Pergunta o indígena:
- Para que precisa de tanto ouro?
Responde o português:
- Porque eu e meus companheiros padecemos
de uma doença no coração que só o ouro pode tratar.
Mortências
políticas educacionais:
É muita falta de solidariedade os
professores e alunos ficarem em casa só por causa de uma gripizinha. Imagine a solidão
da Loira do Banheiro sem ninguém lá pra ela assustar...
Ser professor é cansativo. Temos as
políticas contra nós, a polícia contra nós, Boçalnato e seu governo contra nós,
os alunos contra nós e os pais contra nós.
Veja o que uma mãe reclamou e outras
concordaram com ela:
Me desculpa aí professores mas ou eles
prestam atenção no celular ora fazer o que vcs estão pedindo ou fazem o bloco
desse geito vcs confundem a cabeça deles vcs acham que só pq eles estão em casa
deve fazem assim ou um ou outro ainda fica precionando pra mandar no privado.
Respondi:
Está desculpada. Mas não entendi a
dificuldade. A aula atual do (nome do aluno) é Português; não outra matéria. No
grupo coloquei um áudio explicando conjunção, um dos assuntos estudados no
bloco 02. E também coloquei um questionamento para saber se entendeu o que é
conjunção. Necessito a resposta para poder ir para frente ou explicar mais uma
vez o assunto. Qual é a dificuldade?
O que diz
Não significa
Nada
Quem o ouve
Não diz
Nada
Não sente
Nada
Mortências
políticas religiosas:
Amanhã acordarei de novo.
- Assim como um pastor de ovelhas cuida de
seus cordeiros eu, Pastor de Cristo, cuido de meu rebanho.
- O pastor cuida do rebanho para roubar-lhe
a lã e depois matá-la... Cuidamos para roubar e matar bovinos, porcos,
galinhas, galos. Filhos, cachorros, gatos. Cuidamos pelo que nos vão dar.
Outra vez, amanhã acordarei.
De novo.
Lincoln disse: “não é possível enganar
todas as pessoas o tempo todo”. Ilusão. A Bíblia engana.
Crianças creem que tudo é para elas ou por causa delas. Monoteístas também.
Mortências
políticas gerais:
Gente! As academias são perigosas porque lá
os vírus ficam mais musculosos, mais fortes.
Ah! Balas!
As balas bailarinas...
Há as que bailam a morte
Sorte são as que bailam doce.
sol
meio-dia
humanidade
noturna
gente
vazia
Mortências políticas
federais:
- Em todas catástrofes são os pobres que
mais sofrem; mesmo quando foram os ricos que as provocaram.
- Esses pobres sempre apoiam quem lhes
exporá... Então...
- Entendo sua angústia e compartilho dela.
- Como diz minha tia, a sábia Lady Zefa,
“sabugo só quebra no c* do pobre!
- É rir pra não chorar.
- “O opressor não seria tão forte se não
tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos”, disse Beauvoir.
- E como ela está certa. Mas ela também
expressa que é difícil agir contra ao que foi inculcado mesmo quando vai contra
a própria pessoa. Mas é difícil não se indignar com tal gente. Como é difícil.
No Brasil tem dois documentos essenciais e
de uso diferentes. Carteira de Identidade (o mesmo que RG = Registro Geral) e
CPF (Cadastro de Pessoa Física).
No período da Ditadura quando os militares matavam
uma pessoa eles diziam “CPF anulado”.
Hoje o Brasil tem quase quatrocentos mil
mortos pelo covid; vítimas do descaso do Boçalnato.
Semana passada ele tirou uma foto de si;
rindo muito com uma réplica bem grande de um CPF atravessado por uma faixa
escrita “CPF anulado” referindo-se aos mortos pelo covid-19.
E o lema dele é “Deus acima de tudo. Brasil
acima de todos”. Esse lema era usado por Hitler e pelo nazismo. Nem todos que
dizem Senhor estão com Deus. Aliás, quanto mais a pessoa fala de Deus menos O
tem no coração. É como diz o Segundo Mandamento.
Boçalnato recebe o gado no Palácio da
Alvorada.
Na despedida, Boçalnato mostra sua
sapiência dizendo: “Insignes partintes, adeus.”
E, contente, seu curral responde: “Adeus,
insigne ficante!”
Mortências
políticas municipais:
Em Ipatinga teve hoje manifestação pró
Boçalnato com direito até a grito de ordem: Muuuuuuuuuuu!
É mentira que Boçalnato se preocupa só com
o próprio umbigo. Para ter umbigo tem que ter nascido não defecado.
Tem avenida de nome errado
E a cidade é no dia seguinte.
O povo está ferrado
O prefeito é um acinte.
Ofereço como presente aos aniversariantes:
Robinson A. Pimenta, Rosangela Sulidade, Oliver Silva, Thay L.
Silva, Geraldo Valentim, Beto de Faria e Sinésio Bina.
Recomendo a leitura de:
“O Outro Passo da Dança”, de Caio Riter. Pela editora Artes e
Ofícios.
“O viver do novo acordar”, de António MR Martins:
http://poesia-avulsa.blogspot.com/2021/05/o-viver-do-novo-acordar.html
Rubem Leite é escritor, poeta e crontista. Escreve todo domingo neste seu blog literário: aRTISTA aRTEIRO. É professor de Português, Literatura, Espanhol e Artes. É graduado em Letras-Português. E pós-graduado em “Metodologias do Ensino da Língua Portuguesa e Literatura na Educação Básica”, “Ensino de Língua Espanhola”, “Ensino de Artes” e “Cultura e Literatura”. Autor dos artigos científicos “Machado de Assis e o Discurso Presente em Suas Obras”, “Brasil e Sua Literatura no Mundo – Literatura Brasileira em Países de Língua Espanhola, Como é Vista?”, “Amadurecimento da Criação – A Arte da Inspiração do Artista” e “Leitura de Cultura da Cultura de Leitura”. Foi, por duas gestões, Conselheiro Municipal de Cultura em Ipatinga MG (representando a Literatura).
Imagens:
Bala bailarina – foto tirada do livro O Outro Passo da Dança, de
Caio Riter com ilustrações de Joãocaré, pelo autor deste cronto.
Do autor pelo autor.
Escrito entre 20 de abril e 16 de maio de 2021.
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