domingo, 18 de março de 2018

REFLEXOS E REFLEXÕES



Seu sussurro singular tornou-se puro eco do meu.¹

O espelho não me reflete, mas somente a ele. Nada vejo no espelho a não ser ele. Ninguém, exceto ele. Estou eu junto com alguém diante de um espelho é dois que eu vejo. Não os outros; eles veem a eles mesmos, mas não a mim, senão ele.
Paro minhas divagações para conversar com Marley Tal, Adê Araújo, Jeová Pereira e Rubens Ramalho. Bons músicos.
- Ainda bem que a política municipal está bem estruturada. – Diz um deles e algum outro: Como assim? Aposentado está sem receber desde 2016...
- É, mas em maio receberam alguma coisa.
- Sim, alguma coisa. Uns pingados.
- Realmente! – Acrescenta outro músico: Tão pingado que até desapareceu; secou.
- Gente! Estou falando da Cultura apenas.
- Em que está estruturada a Secretaria de Cultura?
- Está em... Está... Já vai começar Os Ferreira. Vamos ouvir.
A banda em número reduzido de integrantes começou sua apresentação no exato momento em que a dama da noite solta algumas folhas sobre um arbusto palmáceo; o que me fez ver a chuva de folhas em mim.
O sol sem brilho.
Visível só as pessoas comendo, bebendo, namorando.
- Intervenção Militar é o que precisamos. – Diz o primeiro que falou; cantor, mas não artista... Ele deve desejar: Quero que me digam o que pensar, falar e atuar. Não que me falem, mas que me obriguem. Quero agir segundo os bons costumes das famílias de bem.
Os Ferreira e Pâmela Franco – ora um, ora outro – se apresentam, limpando o vazio de certas ideias.
O espelho não me reflete.
E há muitos que não refletem...


Ofereço como presente aos aniversariantes:
Elismar Boizzado, Juliana Ferreira, Ranulfo L. Gonçalves, Marco Abreu, Murilo Cruz, Camila Valadares, Ana L. Pena, Rapha Alexandre, Jeferson Adriano, Mariza Batista, Paulo Bonfá, Marcelo Oliveira, Eliane JM Santos, Patrícia Loures, Aldrin G. Martins, Gloria Anchieta, Maria Cloenes, Clementina Santos, Ricardo D. Cunha e Israel Brandão.

Recomendo a leitura de:
“Piada”, deste macróbio que vos fala:
“Subtis Carências”, de António MR Martins:

¹ POE, Edgar Allan. William Wilson. Contos de Imaginação e Mistério. São Paulo: Tordesilhas, 2012. P. 33.

 Rubem Leite é escritor, poeta e crontista. Escreve e publica neste seu blog literário aRTISTA aRTEIRO todo domingo e colabora no Ad Substantiam às quintas-feiras.  É professor de Português, Literatura, Espanhol e Artes. E em breve também professor de História. É graduado em Letras-Português. É pós-graduado em “Metodologias do Ensino da Língua Portuguesa e Literatura na Educação Básica”, “Ensino de Língua Espanhola”, “Ensino de Artes” e “Cultura e Literatura”; autor dos artigos científicos “Machado de Assis e o Discurso Presente em Suas Obras”, “Brasil e Sua Literatura no Mundo – Literatura Brasileira em Países de Língua Espanhola, Como é Vista?”, “Amadurecimento da Criação – A Arte da Inspiração do Artista” e “Leitura de Cultura da Cultura de Leitura”. Foi, por duas gestões, Conselheiro Municipal de Cultura em Ipatinga MG (representando a Literatura).
Foto de Amnon Oliveira.

Manuscritos nas tardes de 20 de agosto e de 08 de outubro de 2017; trabalhado pela primeira vez em 23 de dezembro do mesmo ano e depois entre os dias 16 e 18 de março de 2018.

domingo, 11 de março de 2018

SUED



Reading the neighbors is more difficult than reading the books.

Em português

A solidão é minha namorada. Eu a conheci depois de muito vê-la. Foi assim: Uma noite ela me disse:
Oi! Sou Sued. Quero te conhecer.
Ela me olha, dá-me a sua mão e me diz: Vamos caminhar pela noite?
Saio com ela ao meu lado. Eu, sempre de cabeça baixa, olhando para cima, braços quase imóveis.
Estou suando apesar de não fazer calor e penso: a beleza de meu suor fica melhor ao silêncio de minha tão pálida namorada.
Sim! Ela é todo silêncio e aí a ouço dizendo-me a mesma coisa que falou a Quintana: Ler os vizinhos é mais difícil do que ler os livros.


En español

La soledad es mi novia. La conocí después de mucho verla. Una noche le dije:
¡Hola! Soy Sued. Quiero conocerte.
Ella me mira, me da su mano y le dijo: ¿Vamos a salir por la noche?
Camino con ella a mi lado. Yo, siempre de cabeza baja, ojos arriba, brazos casi inmóviles.
Estoy sudando a pesar no hacer calor y pienso: la belleza de mi sudor se queda mejor al silencio de mi tan pálida novia.
¡Sí! Ella es todo silencio y ahí la oigo diciéndome la misma cosa que charló a Quintana: Leer los vecinos es más difícil que leer los libros.


Ofereço aos aniversariantes:
Karen Porfiro, Joe M. Illesca, Adrielle Fernandes, Matheus F. Matos, Lene Teixeira, Gustavo Lacerda, Leonardo Ferreira, Franquilaine Alcantara, Silvana Alvarenga, Jaiane Santos, Thalyanne Neves, Patrícia M. Silva, Mailson F. Viana, Elisângela A. Santana, Larissa Sette, Sirlene A. Souza, Marcia Veloso, Cleonice P.F. Leite, Adele Ramos, Lara Luft, Dalbert Benjamim, Sandra H. Martins e Kátia Ferreira.

Recomendo a leitura de
“É Sim”, deste macróbio que vos fala:
“Contra a Ideologia Hippie”, de Sued:
“Palavra”, de Fernanda Dias”, postado por António MR Martins:

 Rubem Leite é escritor, poeta e crontista. Escreve e publica neste seu blog literário aRTISTA aRTEIRO todo domingo e colabora no Ad Substantiam às quintas-feiras.  É professor de Português, Literatura, Espanhol e Artes. E em breve também professor de História. É graduado em Letras-Português. É pós-graduado em “Metodologias do Ensino da Língua Portuguesa e Literatura na Educação Básica”, “Ensino de Língua Espanhola”, “Ensino de Artes” e “Cultura e Literatura”; autor dos artigos científicos “Machado de Assis e o Discurso Presente em Suas Obras”, “Brasil e Sua Literatura no Mundo – Literatura Brasileira em Países de Língua Espanhola, Como é Vista?”, “Amadurecimento da Criação – A Arte da Inspiração do Artista” e “Leitura de Cultura da Cultura de Leitura”. Foi, por duas gestões, Conselheiro Municipal de Cultura em Ipatinga MG (representando a Literatura).
Foto de Amnon Oliveira.

Manuscrito en español en la tarde de 02 de julio de 2017; trabajado por la primera vez en 22 de diciembre del mismo año y después, en las dos lenguas, entre los días 07 y 11 de marzo de 2018.

segunda-feira, 5 de março de 2018

TARDE VADIA



A banda encerrou sua apresentação e conversando com os músicos:
- Mario Benedetti disse coisas que me fizeram ver a história que vivo...
- Que história? Até parece que você tem alguma importância.
Ele se cala como a bateria recém-guardada.
Manteve, porém, o pensamento no seu primeiro namoro mais sério. Ela nunca soube que ficou chorando em silêncio, contido, desconcertado na pracinha. Até o frio da noite de junho lhe incomodar; quase acordar.
Levantou-se. A vida continua.


Ofereço como presente aos aniversariantes:
Lucio Viana, Eunice Profeta, Elci Pascoal, Thiago Vaz, Emerson P. Brito, Lucas Alves, Arilson Rodrigues, caríssimo Átila Nonato, Mateus Mor, Cíntia Fonseca, Malcom Judith, Marco A. Parisotto, Caroline Oliveira, Paulo Carvalho, Lúcia DellaMaya, Ana Sandra e Jakson Soares.

Recomendo a leitura de:
“Carta de Até-Breve”, de Xúnior Matraga:
“Regresso”, de António MR Martins:
“Marcelo, Sonhador e Mártir”, de Vinícius Siman:

 Rubem Leite é escritor, poeta e crontista. Escreve e publica neste seu blog literário aRTISTA aRTEIRO todo domingo e colabora no Ad Substantiam às quintas-feiras.  É professor de Português, Literatura, Espanhol e Artes. E em breve também professor de História. É graduado em Letras-Português. É pós-graduado em “Metodologias do Ensino da Língua Portuguesa e Literatura na Educação Básica”, “Ensino de Língua Espanhola”, “Ensino de Artes” e “Cultura e Literatura”; autor dos artigos científicos “Machado de Assis e o Discurso Presente em Suas Obras”, “Brasil e Sua Literatura no Mundo – Literatura Brasileira em Países de Língua Espanhola, Como é Vista?”, “Amadurecimento da Criação – A Arte da Inspiração do Artista” e “Leitura de Cultura da Cultura de Leitura”. Foi, por duas gestões, Conselheiro Municipal de Cultura em Ipatinga MG (representando a Literatura).
Foto de Amnon Oliveira.

Manuscrito na tarde de 04 de junho de 2017; trabalhado pela primeira vez em 22 de dezembro do mesmo ano e depois entre os dias 02 e 05 de março de 2018.

domingo, 25 de fevereiro de 2018

INDAGAÇÕES DO SER

INDAGACIONES DEL SER



Leitura do poema pelo autor no canal aRTISTA aRTEIRO:

Em português

Condição humana
Esquecê-la
Seria perda
Seria nada

A condição
De ser humano
É ser algo
E se não for

A condição
Para amar
É “to be”

Não distinguir
Ser de estar
E ser de ter


En español:

Condición humana
Olvidarla
Sería pierda
Sería nada

La condición
De ser humano
Es ser algo
Y si no fuere

La condición
Para amar
Es “to be”

No distinguir
Ser de estar
Y ser de tener




Ofereço como presente aos aniversariantes:
Leo Guerra, João P. Brito, Maria Ribeiro, Gaston Stefani, Dyego D. Cordeiro, Igor Rodrigues, Domingos Tibúrcio, Tiago Gonçalves, Mariza L. Souza, Vera L.P. Dionízio, André Beraldino, Isabela Guerra, Rodrigo Miranda, Josiane Hungria, Rosana Mont’Alverne, Kadosh Miranda, Christiane D.P. Sathler, Matheus M.A. Pires e Guilliano Nepomuceno.

Recomendo a leitura de
“Apontamentos Sobre a Intervenção Federal no Rio de Janeiro”, de Sued:
“Deslizes a Eito”, de António MR Martins:
“Solução”, de Girvany de Morais:

 Rubem Leite é escritor, poeta e crontista. Escreve e publica neste seu blog literário aRTISTA aRTEIRO todo domingo e colabora no Ad Substantiam às quintas-feiras.  É professor de Português, Literatura, Espanhol e Artes. E em breve também professor de História. É graduado em Letras-Português. É pós-graduado em “Metodologias do Ensino da Língua Portuguesa e Literatura na Educação Básica”, “Ensino de Língua Espanhola”, “Ensino de Artes” e “Cultura e Literatura”; autor dos artigos científicos “Machado de Assis e o Discurso Presente em Suas Obras”, “Brasil e Sua Literatura no Mundo – Literatura Brasileira em Países de Língua Espanhola, Como é Vista?”, “Amadurecimento da Criação – A Arte da Inspiração do Artista” e “Leitura de Cultura da Cultura de Leitura”. Foi, por duas gestões, Conselheiro Municipal de Cultura em Ipatinga MG (representando a Literatura).
Foto de Amnon Oliveira.


Manuscrito em português na tarde de 26 de novembro de 2017. Escrito em espanhol no dia 23 de janeiro e trabalhado nas duas línguas entre 23 e 25 de fevereiro de 2018.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

COMO A VIDA

COMO LA VIDA


Leitura em português e espanhol do cronto no canal aRTISTA aRTEIRO:

Em português

Choveu na madrugada; forte, mas rápido. O horário de verão findou-se, mas a luz do sol não se iniciou. Levanto-me para realizar minhas obrigações; fiz café cantando as músicas de sempre. Passeei com os cachorrinhos. Voltei. Saí. Voltei. Li alguma coisa. Saí.

- Minha condição humana se perdeu mais do que Gregório Samsa perdeu a sua.
- Não seja presunçoso. Quem é você para se comparar a um ser, mesmo que ficcional?
- Não me dói ouvir isso. Não deveria, mas o ser humano se acostuma a ser nada. Não me dói... Não deveria, mas estou anestesiado.
Alexandre Moreira canta no Feirarte e penso em periquitos... Penso em ausência de tanquinhos... Penso em uma palavra semelhante a glúten; é a parecida que me agrada.
- Você me deseja?
- Sim.
- Me ama?
- Não.
- Sabe algo sobre mim?
- O que sei é que a vida é longa, mas pouco produtiva.
E volto para casa.
Sozinho.

O que quero não posso sequer dizer. Tudo tem ouvidos e bocas para me criticar. Sequer pouco questionam. E os ouvidos escutam, mas não ouvem. E as bocas se voltam contra mim. O horário de verão findou-se, mas a luz do sol não se iniciou. Misteriosamente o relógio não se modificou automaticamente. Assim como a vida.


En español:

Llovió en la madrugada; un rato, pero fuerte. El horario de verano se finalizó, sin embargo la luz del sol no se inició. Me levanto para realizar mis obligaciones; preparo el café cantando las músicas de siempre. Paseo con los perritos. Vuelvo. Salgo. Vuelvo. Leí una cosa. Salgo.
- Mi condición humana se perdió más que la de Gregorio Samsa.
- No seas presumido. ¿Quién es tú para compararse a uno ser, mismo que ficcional?
- No me duele escuchar eso. No debería, pero el ser humano se acostumbra a ser nada. No me lastima… No debería, pero estoy anestesiado.
Alexandre Moreira canta en el Feirarte y pienso en pericos… Pienso en ausencia de bellos cuerpos… Pienso en una palabra semejante a gluten; es la parecida que me gusta.
- ¿Me deseas?
- Sí.
- ¿Me quieres?
- No.
- ¿Sabes algo sobre mí?
- Sé que la vida es larga, pero poco productiva.
Me vuelvo a mi casa.
Solo.

Lo que quiero no puedo tener. Todo tiene oídos y bocas para criticarme. Siquiera poco cuestionan. Y lo oídos escuchan, pero no oigan. Y las bocas se vuelven contra mí. El horario de verano se finalizó, sin embargo la luz del sol no se inició. Misteriosamente el reloj no se modificó automáticamente. Así como la vida.


Ofereço como presente aos aniversariantes:
Mª Fátima W.L. Macedo, Imperatriz B.W. Leite, Cleucy N. Afonso, Meire Alves, Paulo R.F. Campos, Túlio Silva, Joubert B.E.Q. Israar, Roseli Marques, Sidney Muniz, Alex de Sá, Dinei Gonçalves, Orlando Júnior e Helena L. Lopes.

Recomendo a leitura de
“As Perguntas Fundamentais para a História”, de Sued:
“Senhor e Você”, deste macróbio que vos escreve:
“João Carlos Martins”, de António MR Martins:
“Brasil, Entre la Catastrofe o Uma Salida Popular”, de Javier Villanueva:

 Rubem Leite é escritor, poeta e crontista. Escreve e publica neste seu blog literário aRTISTA aRTEIRO todo domingo e colabora no Ad Substantiam às quintas-feiras.  É professor de Português, Literatura, Espanhol e Artes. E em breve também professor de História. É graduado em Letras-Português. É pós-graduado em “Metodologias do Ensino da Língua Portuguesa e Literatura na Educação Básica”, “Ensino de Língua Espanhola”, “Ensino de Artes” e “Cultura e Literatura”; autor dos artigos científicos “Machado de Assis e o Discurso Presente em Suas Obras”, “Brasil e Sua Literatura no Mundo – Literatura Brasileira em Países de Língua Espanhola, Como é Vista?”, “Amadurecimento da Criação – A Arte da Inspiração do Artista” e “Leitura de Cultura da Cultura de Leitura”. Foi, por duas gestões, Conselheiro Municipal de Cultura em Ipatinga MG (representando a Literatura).
Foto de Rubem Leite do cartão de visitas criado por Jeferson Adriano.


Manuscrito na tarde de 26 de novembro de 2017. Trabalhado entre 13 e 18 de fevereiro de 2018.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

HÁ – NÃO HÁ

HAY – NO HAY


Quem não se entristece nem fica irado
é aquele que não toma para si a dor ou o mal do próximo.
TANIGUCHI, Masaharu. Pensamentos de Sabedoria.
São Paulo: Seicho-No-Ie do Brasil, 2013. P. 82.

I only sense
Immense
Volition to cry
But not
Have
Motive

Em português

Só sinto
Uma imensa
Vontade
De chorar
Mas não
Pelo que
Chorar
Então não
Choro
E a vontade
Não sai
Durante o dia

Durante a noite
Coração opressa
Aperta
Acelera
Falta-me ar
E a lágrima
Não
Sai.


En español

Solo siento
Una inmensa
Voluntad
De llorar
Pero no
Hay
Por lo que
Llorar
Entonces no
Lloro
Y la voluntad
No se va
Por todo el día

Durante la noche
Corazón opresa
Aprieta
Acelera
Me falta aire
Y la lágrima
No
Sale


Ofereço como presente aos aniversariantes
Luciano Soares (Brska), Tadeu Vilalba, Wellington P. Santos, Rodri Go, Ana Mª Guerra, Sandra Lemos, Claudina Abrantes, Rodolfo Bello, Fran Silvestre, Zé Mº Pimentel, Daniel S. Emílio, Fernanda de Lima, Walter B. Villar, Thalita Kiro, Geraldo Cupertino, Katia Macedo, Márcia Carmo e Lucas Vidau.

Recomendo a leitura de
“O Livro e o Leitor”, deste macróbio:
“Há Sempre Um Abraço para Dar”, de António MR Martins:
“Carnavais”, de Girvany de Morais:

 Rubem Leite é escritor, poeta e crontista. Escreve e publica neste seu blog literário aRTISTA aRTEIRO todo domingo e colabora no Ad Substantiam às quintas-feiras.  É professor de Português, Literatura, Espanhol e Artes. E em breve também professor de História. É graduado em Letras-Português. É pós-graduado em “Metodologias do Ensino da Língua Portuguesa e Literatura na Educação Básica”, “Ensino de Língua Espanhola”, “Ensino de Artes” e “Cultura e Literatura”; autor dos artigos científicos “Machado de Assis e o Discurso Presente em Suas Obras”, “Brasil e Sua Literatura no Mundo – Literatura Brasileira em Países de Língua Espanhola, Como é Vista?”, “Amadurecimento da Criação – A Arte da Inspiração do Artista” e “Leitura de Cultura da Cultura de Leitura”. Foi, por duas gestões, Conselheiro Municipal de Cultura em Ipatinga MG (representando a Literatura).
 Foto de Amnon Oliveira.


Escrito em português na tarde de 10 de novembro de 2017. Trabalhando nas duas línguas entre os dias 09 e 11 de fevereiro de 2018.

domingo, 4 de fevereiro de 2018

PODERIA?


Porque no puedes elegir
Hay que elegir…
Se él elige lo que le impide de elegir.

Leitura do poema pelo autor no canal aRTISTA aRTEIRO:

Calaram-me hoje
Um negro defendendo Boçalnaro
Disse-lhe que voltaria a ser escravo
“Não me importa. Ser escravo é bom. Não falta comida...”.
Nada mais falei.
Não poderia impor-lhe:
“Você é obrigado a não ser obrigado”
Como dizer
Porque não pode escolher
Tem que escolher...
Se ele escolhe o que lhe impede de escolher.


Ofereço como presente aos aniversariantes:
Paulinho Manacá, Bárbara Alves, Raissa Poliana, Alice Pacheco, Albino de la Puente, Luzia Barros, Gleison Oliveira, Rê Silva, Isa Oliveira, Rodrigo Robleño, Celia M. Vidal, Eddy Khaos, Cida Pinho e Marlene Brum.

Recomendo a leitura de
“O Livro e o Leitor”, deste macróbio que vos fala:
“A Rápida Descrição de uma Cremação”, de Sued:
“Viagem”, de Girvany de Morais:
“Equilibrista”, de Xúnior Matraga:

Rubem Leite é escritor, poeta e crontista. Escreve e publica neste seu blog literário aRTISTA aRTEIRO todo domingo e colabora no Ad Substantiam às quintas-feiras.  É professor de Português, Literatura, Espanhol e Artes. E em breve também professor de História. É graduado em Letras-Português. É pós-graduado em “Metodologias do Ensino da Língua Portuguesa e Literatura na Educação Básica”, “Ensino de Língua Espanhola”, “Ensino de Artes” e “Cultura e Literatura”; autor dos artigos científicos “Machado de Assis e o Discurso Presente em Suas Obras”, “Brasil e Sua Literatura no Mundo – Literatura Brasileira em Países de Língua Espanhola, Como é Vista?”, “Amadurecimento da Criação – A Arte da Inspiração do Artista” e “Leitura de Cultura da Cultura de Leitura”. Foi, por duas gestões, Conselheiro Municipal de Cultura em Ipatinga MG (representando a Literatura).


Escrito na tarde de 27 de outubro de 2017. Trabalhado entre os dias 01 e 04 de fevereiro de 2018.