segunda-feira, 28 de maio de 2012

BANAIS UTILIDADES


Obax anafisa.



Tarde de Dia das Mães no Pq. Ipanema com a boa companhia de um livro de contos ingleses. E para brincar, um desenho da ilha.
- De quem é essa bola? É sua?
Vozes de dois garotos perguntam para um homem num banco que responde algo que não ouço por preferir meu lazer. Passam-se alguns minutos, acho, e um garoto fala “que desenho maneiro”. O outro “Eu também desenho desse jeito”. E o primeiro retruca “Desenha nada”.
- Você desenha bem, moço. – O mais velho fala para mim.
- Obrigado! Mas acho que ele está certo. Deve desenhar do mesmo jeito que eu. Eu não sou desenhista.
- Não? Por que desenha então?
- Só por diversão, para brincar.
- Você desenha legal. – Fala o segundo.
- Obrigado, mas ainda concordo com você. A gente deve desenhar do mesmo modo.
O mais velho senta ao meu lado e o mais novo se mantém de pé, de frente para o irmão, escorado na bicicleta. Então pergunto o nome deles e me apresento.
- Eu sou Benito e vocês, como se chamam?
- Augusto.
Diz o mais velho e o caçula completa.
- Guilherme.
- Posso ver? – Augusto pergunta e deixo os dois manusearem o caderno. – Gostaria de saber desenhar assim.
- É só sentir prazer e fazer por brincadeira, pela diversão. Sem nenhum compromisso.
- Huuuum! Num acho não.
Sorrio e digo que é sim.
- Fez tudo isso hoje?
- Não! Só o último.
- Vai desenhar mais?
- Não! Agora vou voltar a ler.
- Não gosto de ler. – Fala Guilherme.
- Talvez porque ainda não descobriu o prazer que é a leitura.
Os garotos se entreolham duvidando.
- Pensem só. Vocês estão em casa, sem nada para fazer. Nada interessante na tv, lugar nenhum para ir. Peguem uma revistinha da Turma da Mônica e se divirtam. Com o tempo procurem também outros tipos de leitura.
- É, Mônica eu gosto.
- Pois então. Leia e se divirta, Augusto. Maurício de Souza te apresentará à grandes obras brasileiras e estrangeiras. Já ouviu falar de Shakespeare?
- Não!
- Huum! Já ouviu falar em Romeu e Julieta?
- Já!
- Viu, você conhece algo de Shakespeare, um dos maiores escritores da humanidade. Lendo a Turma da Mônica acabamos conhecendo muitas obras boas, né. Assim, comece lendo Maurício e depois procure também outros tipos de leitura. Quem sabe você não acaba gostando de livros.
Enquanto falo vou juntando minhas coisas, eles vão se levantando e então nos despedimos.
Vejo um sujeito se aproximar do lago, escorar sua máquina numa árvore e fotografar a garça pescando. Vou-me embora olhando as árvores, as flores, as crianças, as famílias e pensando, não sei por que, em pessoas que conheci. Hoje, Ricardo Escudero. Thiago Domingues? Tem um ano já. E ambos pelo “feicebuque”. Tiago Costa, uns três ou quatro anos e também virtualmente. Bruno Grossi, em 2004, na Praça da Liberdade em BH. Com sua namorada e amigos distribuía a versão impressa da revista cultural Nota Independente. Na época voltada para o roque. E no princípio de junho Brunão aniversaria. Nossa! Tenho uma lista imensa, graças a Deus! Para eles e em especial, como um pedido de desculpas, por não ter citado, aos meus demais amigos virtuais: “Essas distâncias astronômicas não são tão grandes assim: basta estenderdes o braço e tocar no ombro do teu vizinho”¹. Dois rapazes treinam corda bamba ao pé do morrinho do teatro de arena. Um deles, o que está no chão, pisca para mim e sorrimos. No topo do morro os roqueiros baseiam e conversam nas arquibancadas. Um conhecido, pessoa querida, na sua roda discute qualquer coisa. Olha para mim sorrindo, então me aproximo. Trocamos banalidades e me despeço.



Ofereço como presente de aniversário à
Ivone M. Andrade, Kilder Andrade, Gabriela Macedo.

Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.

Escrito entre 13 e 28 de maio de 2012.

¹ QUINTANA, Mário – Para viver com poesia / Mário Quintana; seleção e organização Márcio Vassallo. – 2ª edição – São Paulo: Globo, 2010.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

OLHAI OS LÍRIOS DO PÂNTANO


“Olho-te com olhos de abelha que vê um laranjal repleto de flores!”.
Nena de Castro, poeta (Ipatinga MG).

Obax anafisa.


Calça de algodão branca, levemente encardida. A blusa também. Pés descalços andam no riacho de redondos seixos e água com cor semelhante às roupas, mais suave e transparente, no entanto. Uma hora, um dia, uma semana, um mês. Não se sabe o tempo. Se sente sede pega um pouco e a bebe nas mãos em concha. Fome não percebe. O sol escaldante não lhe fere. As sombras refrescantes não lhe alcançam. – Sol e sombrio. – As margens no estreito riacho lentamente vão se afastando, o riacho alargando. Água e lama. E ele não vê. Nem pensa em querer. Apenas caminha pensando vagamente numa flor. Um copo de leite, talvez. Ou um lírio. Completamente branco em folhas muito verdes.
Subpensamentos se perdem na flor que lhe vagueia.
- Eu sou...
O IPTU veio tão alto que apavorou a todos. Discussão. Graças a Deus sem gritos. A mãe foi para um lado, Benito para outro. Quanto lhe custa visitar sua mãe. O dinheiro pesa. Não tanto quanto o sentimento dela.
Pensamentos se perdem na flor que lhe vagueia.
- Eu sou... Eu sou! Quem?
Levanta-se do sofá e vai ao quarto. Senta e se levanta num susto. Ao seu lado uma pequena aranha morta, sem algumas pernas e sem parte do corpo. No chão, outra. E outra. E outra. Todas do mesmo modo mortas. Anda assustado e vê uma que lhe vigia. Marrom de corpo pequeno, mas de pernas fortes. Dá a volta e ela gira seu corpo, ele afasta, a aranha o segue. Corre e ela pula, pegando-o na coxa. Sente a coisa na pele, dá um tapa esmagando-a na pele perfurada. Um pontinho preto num círculo vermelho.
Pensamentos no lírio que lhe vagueia.
- Eu sou Benito!
O sol se torna conscientemente quase percebível, mas não ainda. Alguma névoa na cabeça não lhe deixa ver em seu íntimo o Sol iluminando a Terra, diretamente sobre o Brasil. Há nuvens sobre toda América.
Pensamentos no lírio.
- Eu sou Benito Bardo Junior! Sou meu senhor. Não desisto. Eu persisto.
Pensamentos.
- Eu sou o lírio ao sol. Sol que ilumina diretamente Minas Gerais, o Brasil. Toda América bem iluminada. Nada, nem nuvens, interpõem entre o Sol e a Terra. Eu sou o lírio ao sol.
Realidade!
Resiliência!


Ofereço como presente de aniversário aos meus caros
Vinícius Cabral, Tiago Costa, Sinésio Bina, Morgana Magalhães, Marquim de Faria, Maria M. Queiroz, Léo Coessens, Geraldo Valentim, Emanuel M. Lima, Beto de Faria e Adê Araújo. A todos, felicidades e resiliência sempre.
E ofereço ao casal Thiago Domingues e Luah Kugler,
que dia 16 passado fizeram um ano de namoro.
Para o casal, meus votos:
Sorria! Quem decide não deve recuar!! Vá e Vença!!!

Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você que me lê e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.

Escrito entre 03 e 21 de maio de 2012.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

TEM OU NÃO TEM?


Obax anafisa.



- Ei! Tá lembrado de mim?
- ?
- Eu trabalho na empresa em frente de onde cê mora.
- ...
- Estou chateado, cara! Estou me separando e minha mulher veio aqui ontem e fez o maior escândalo durante o trabalho. Falou de mim para minha chefe. Eu já tava entrando no caminhão quando ela chegou e atrasou o serviço de todo mundo. Até que o caminhão saiu e eu tive que ficar, né. Estou sem tomar banho desde ontem. Não estou sujo, só suado, mas é como se não tivesse limpo, né. Cê já ficou assim?
- Eu...
- Pois é. Muito desagradável. Estou vindo hoje obrigado! Não queria. Trabalhar num sábado... e depois de uma baixaria... Porra, ninguém devia passar por uma dessa. Concorda?
- Eu...
- Pois é. E sabe por que estou me separando? Porque peguei a fulana na cama com outra mulher. Nem era cum hômi. Era cum mulher. Não dá para descer a porrada num caso assim, né. Pois era cum mulher. Mas se fosse cum hômi eu tinha baixado o sarrafo neles. Mas mulher cum mulher num tem sexo, né. Ela cum otra mulher só pude ficar bravo, decepcionado, né. Uma senvirgunhice. Concorda?
Pelo cheiro de cachaça nele, nem tentei responder. E nem daria tempo.
- Estou sem tomar banho desde ontem, cara! – Eu, Benito, penso: Ai meu Deus! Será que ele vai querer tomar banho na casa de minha mãe? – Minha chefe olhô pra mim com uma cara... E estou sem tomar banho desde ontem. – Eu penso outra vez: Ai meu Deus! Será que ele vai querer tomar banho aqui em casa? Que desculpa darei? Bem... é residência de minha mãe e tem uma tia visitando. Duas senhoras... Não dá para levar marmanjo desconhecido para lá. – Dormi na casa de um cara que nem conheço. – Penso: ... na casa de um homem... que nem conhece... dormiu... – Minha mulher largô aqui na empresa todas as minha roupa. Eu é que fui traído, e cum uma mulher, e estou sendo tratado pela bandida como se eu fosse o safado. Pode uma coisa dessas?
De novo, mantenho o silêncio.
- Num sei o que fazê. Você que é um hômi instruído, um escritô, será que pode me dar uma luz? – Eu? Penso. E como ele sabe que escrevo? É, artista é observado mesmo sem perceber. Algumas vezes tudo bem, mas outras... O rapaz continua: Passei a noite numa casa estranha, deixei lá todas as minhas roupa. Que garantia terei de encontrá-las no fim do dia? Vim trabalhar contrariado. Olha bem pra mim e me diga o que fazê.
Olho para ele. Tem um rosto masculinamente bonito, mas dentes feios, separados. Que poderei lhe falar? Mas eis que sou salvo pelo gongo: chega um colega dele. Esse eu conheço.
- Chegaqui, Ernani! – Ernani, convocado pelo rapaz, tenta passar direto, porém volta. Não sei se por solidariedade. E o infeliz conta tudo outra vez. Na primeira brecha que encontro, aproveitando a presença de Ernani, me despeço deixando-os. Tenho pão para comprar.



Ofereço como presente de aniversário à
Elisangela Guilherme, Roseny A.M. Souza, Rosangela F. Sulidade.

Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.

Escrito entre 05 e 14 de maio de 2012.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

O ADOLESCENTE E A ADOLESCENTE


Obax anafisa.



- Eu amocê e ocê miama. Pedro tamém tiama. Ieu num gosto dissu.
Falava o adolescente para a adolescente na madrugada da rua Uberaba. Estavam debaixo de um oiti sentados na calçada. Estranhei a presença dos dois e como quem frequenta essa rua é morador ou usuário de craque pensei que eram novos no pedaço. Usuários. Discretamente olhei para a feição dos dois e os achei feios. Enquanto eu me aproximava lentamente por causa do Haicai, que sempre demora a chegar ao fim da rua porque está sempre cheirando fetichemente às árvores, postes, meio-fios, lixos e tudo mais. De lá ao fim do passeio matinal ele é mais rápido, mas até lá... Porém, como eu dizia, à medida que eu me aproximava o rapaz abaixava a voz sem, contudo, ficar insuficiente para meus ouvidos, que nem são dos melhores...
Virei à esquina, esperei o Haicai meio escondido para não ser inconveniente. Tentando não ouvir o que falavam. Mas uma curiosidade quase inexistente me fez ouvir um pouco mais do que diziam. Enquanto isso, Vitório e Decidido corriam para lá e para cá. Farejando tudo que podiam e comendo uma graminha ou outra. Eles estão fazendo muito isso; o que não é bom sinal. O assunto do casalzinho não mudou muito nem ficou mais interessante. Fiquei aliviado, porque seria a desculpa necessária para não cuidar da vida alheia e seguir minha jornada matinal e cuidar de minha vida no correr do dia.



Ofereço como presente de “boas vindas em minha vida” aos novos amigos que fiz sábado durante a Solenidade de Premiação do 11º circuito de literatura CLESI e
lançamento da Coletânea Vinte e Cinco Anos de Poesia:
Eder Rodrigues, Edson R. Silva, France Gripp, Gustavo Espeschit e Luís Kifier.

Em especial ofereço como presente de aniversário à
Luan Luna, Diogo Henrique e Geraldo Oliveira.

Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.

Escrito entre 30 de abril e 07 de maio de 2012.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

SOB A LUA


De amores um pacto
Pedras sobre terra e areia
Desmembrou-se o cacto.

Feliz aniversário, Luah Kugler!

segunda-feira, 30 de abril de 2012

VIVENDO E APRENDENDO


Obax anafisa.



Dez para cinco da manhã saio com meus três cachorrinhos. Enquanto fecho o portão da casa, a porta de um carro se abre. Dou dois passos e do carona sai uma usuária de craque.
- Você pode me arranjá-me um copo d’água?
- A essa hora? – Resmungo.
- Eim?
- Espere um pouco, por favor. – Falo cristãmente.
Abro o portão, entro, tranco o portão, subo a escada, pego um copo descartável, encho, desço escada, destranco o portão, saio, tranco e entrego a água.
- Qual desses cachorrinho é seu?
- Os três.
- Me dá o bacê pra eu.
- Não! – Falo meio que rindo do disparate dela.
- Você é casado?
- Não!
- Vamu fazer um pograma?
- Não!
- Eu disse pru criente que eu tava com sede e que ia pedi água procê.
Pelo visto, piranhas também têm sede. “São seres humanos, então”. Ou apenas “São seres humanos”. Com qual das duas frases entre aspas devo encerrar ou qual das duas você pensa que seja a certa, a que reflito ou a que afirmo?
- Meu criente, nu carro, mandô eu convida você. Quando eu disse que tava com sede e que ia pedi água procê, ele falô praticonvidá.
Olho para o carro e não tenho a mínima ideia de quem seja. E se eu tivesse? Mas independente disso:
- Não, obrigado!
- Ah! Me dá o bacezinho.
- Não! Eu gosto dele.
- Vamo fazê pograma?
- Não!
- Faço um boquete nocê então.
- Não!
- Me dá cinco real, então.
- Ah, minha filha. Estou sem trabalho.
- Nó! Me dá um cigarro, então.
- Não fumo.
- Nó! Qual é o nome do bacê?
- Haicai!
- Minha avó tinha um e se chamava Pipu.
- Belo nome.
- Dá paeu...
Eu me encaminho para o caminho de sempre. Então ela volta para o carro com o copo na mão. E o cara olha para mim, olho de volta. A garota já dentro do carro fala algo e ele dá um riso de bobo.



Ofereço como presente de aniversário à
Térsio Greguol, N. Silvia M. Simões, Elizangela Batista, Patrícia P. Cruz, Fernando Leite, Deusdeth J. Amorim, Luis Yuner, Mariana Porto e Pedro H. P. Leite.

Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.

Escrito entre 25 e 30 de abril de 2012.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A BELEZA DA QUEDA


Obax anafisa.


No Centro de Ipatinga na manhã de sol do Dia do Índio eu atravesso o cruzamento das ruas Sabará com Ouro Preto pensando em nem sei, levando na sinistra uma sacolinha e na destra eu me levo. Ou tento. Piso na calçada e dou meu segundo passo num desequilibro que faz meu corpo se aprumar. Ou tentar. Curiosamente, porém, meu corpo continua caindo pondo-me a pensar no que sei. Ou quase. Junto, o espanto: “Como? Eu não voltei a me equilibrar? Por que continuo caindo? Meu chinelo soltou a correia no tropeço, que chato. Que coisa desagradável é cair. Ai, que vergonha! Por que ter vergonha de cair? Tolice isso!”. Na lentidão meu corpo caiu proporcional à quantidade de pensamentos. Vi o cimento cinza sujo da calçada se aproximar. Vi, ou imaginei, minha cara se fazer ridícula ao cair. Engraçado, na verdade o corpo é que se aproxima do chão, mas a sensação é o chão se aproximar do corpo. Meus braços, sem que eu percebesse, se posicionaram para me proteger. Que bom que eu não caí feito uma jaca, mas sim com suavidade e leveza.
Na tampa do bueiro na calçada, um quebrado.
Nas proximidades, olham para mim os funcionários de uma loja, duas putas, uma jovem e a outra não, já prontas para o trabalho e também o dono de um boteco e seu cliente. Eu, levemente sem graça, me mantenho no chão por uns dois segundos e antes de começar a me levantar as garotas me perguntam se estou machucado. Digo que não e a mais jovem começa a rir. Não me ofende. Percebo que riu por estar aliviada – Na medida em que alguém se sente bem pelo não ferimento de um estranho. – O cliente do bar vejo ao meu lado, pronto para me socorrer e perguntando também se estou machucado ou se preciso de ajuda. O mesmo perguntam o dono do boteco e, do outro lado da rua, os funcionários da loja. A todos agradeço e digo que não. Ponho no lugar a tirinha do chinelo e vou embora. Muitos metros depois me chamam. Olho para ver o que querem e as garotas me dizem “esqueceu suas chaves”. Volto para pegar e o cliente do boteco vem até mim com elas nas mãos. Somente posso lhe agradecer e sorrir.
Na tampa do bueiro na calçada, um buraco. Que bom que não quebrei o pé. De volta para casa constato um machucadinho no tornozelo tão grande quanto um grão de areia e nas palmas, mais na direita, pinicações. E tudo me faz sorrir. Se algumas pessoas têm ruindade, todas são boas.


Ofereço como presente de aniversário à
José B. Ferreira Filho, Mª José Anastácio e Juliana Furtado.

Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.

Escrito nos dias 22 e 23 abril de 2012.