terça-feira, 14 de outubro de 2008

O CASAMENTO

- Benito!
- Hum!
- Quer morar comigo?
- Quero dormir, Lóri.
- É sério. Gostaria que morássemos juntos?
- Está me pedindo em casamento?
- Estou.

Rimos e beijamos em nossas camas. Lóri em meus braços me beija o rosto, os lábios. E rimos. E acarinhamos nossos rostos. E nos beijamos. E rimos. E nos levantamos. E tomamos café.

- Amo seu apartamento, Lóri. Seria uma maravilha morar com você. Mas...
- Que mas?
- Sou difícil e temo que não saibamos compartilhar uma casa. E não tenho como ajudar nas despesas. Vida de artista não é mar de flores.
- Só estou te convidando a morar.
- Eu sei, meu amor, mas não posso ser sustentado e nem dar prejuízo. Gosto de minha vida.
- Eu te amo mais que a minha vida.
- Não! Eu não quero isso. Ame a mim como ama a sua vida. É assim que eu te amo, Lóri.

Saímos. Lóri foi para seu trabalho. Benito foi para um ensaio da peça Gostaria Namorar Você, que escreveu. E se encontram no almoço.

- Oi!
- Beijinho!
- E aí, pensou na proposta?
- Sim! Mas a resposta é a mesma. Eu te amo demais para ser sustentado por você. E me amo demais também para viver uma vida assim.
- Tem certeza?
- Unrrum!
- Que pena. Mas acho que no fundo você tem razão.
- Olha! Não pense que não quero morar com você, pois eu quero me casar com você. Mas ainda não dá.

Um pega na mão do outro e seus olhos sorriem.

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