quinta-feira, 25 de março de 2010

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Rubem Leite

25 de março de 2010

Escrevo ouvindo as músicas e o Hino Sagrado Hino Nacional

do Clube Atlético Mineiro.


Good afternoon, Maria! Se Gabriel aparecesse hoje seria assim que ele cumprimentaria a latino-americana, ou africana ou iraniana ou... “Meuria”? Pensemos! A Maria original pertencia a uma nação dominada por uma outra mais rica, poderosa e, portanto, “mais importante”. E na oração comum aos católicos – que é uma religião linda, diga-se de passagem – é dito “Ave Maria”, saudação latina e não judaica. Vou dar uma pausa para dar uma olhada nas traduções oficiais em minhas Bíblias para essa expressão. Com licença. Volto agorinha. Voltei. Na Bíblia Protestante está escrito assim “Salve, cheia de graça” e nas Católicas, “Alegre-se, cheia de graça” e “Deus te salde, cheia de graça”. Penso – É! Vez ou outra faço isso, pensar. Uarrarrá! – que é um elogio aos dominantes talvez ensinando aos dominados a pensarem que é a dominação é vontade de Deus. Alguns anos atrás, não muito após a invasão estadosunidenses ao Iraque, foi noticiado meio ás surdas que a cúpula queria converter os dominados ao cristianismo para depois de destruídos e, uma vez salvos, serem escravos celestiais do cristão de origem. Pois se morressem sem conversão iriam para o inferno. O que seria prejuízo. Afinal, já que eles deveriam morrer que morressem para nos servir lá. Acha que estou exagerando ou inventando? Acha? Infelizmente não. Foi divulgado em revistas como Veja, Isto é e outras. Mas não pense que a Rede Globo falou algo. Não!

Não sou católico, mas respeito tão bela religião (mesmo que seus Líderes não sejam lá muito “belos”). Não sou nem cristão... (Tenho muito amor a Cristo para ser um...) Entenda como quiser. Mas gosto de Maria e adoro Cristo. Então em singela homenagem a Eles digo: Alegre-se, cheia de graça, pois Deus te salda.

Peço que não pensem que estou zombando de alguma religião. Não tenho dúvida que toda e qualquer religião mereça e respeito. Se critico, é dos que as representam e sonho com o dia que um religioso seja realmente fiel ao Ensinamento de seu credo. O mesmo digo de toda e qualquer nação. Se critico, é seus líderes. O povo é sempre importante.

E por falar em religiões... Como já disse Roberto Drummond “Que mistério tem o Atlético que a gente o confunde com uma religião?”. A camisa e a bandeira alvinegra só não tem um odor, o de guardado. Haja o que houver somos e não estamos Atleticanos. Branco e negro. Dois povos que se uniram numa camisa sem rejeitar os nativos dizendo “temos ‘sangue azul’ portanto fora brasileiro” e depois muda de nome e de falácias. Nem reclamamos caluniando as uvas de verdes. Nós somos e não estamos Atleticanos. É como eu já disse antes no blog aRTISTA e aRTEIRO temos o dna CAM. Somos um “partido político, o PCAM”. Quem criou o Clube Atlético Mineiro: empresários? Senhores respeitáveis? Não! Foram adolescentes. Foi a inocência casada com o vigor que deu origem ao mais que partido, mais que empresa, mais que religião. Na década de 60 os jovens mostraram sua força e seu amor combatendo a ditadura. Penso – disse acima que às vezes eu também penso e digo agora que sempre sinto – que os jovens dos anos 60 e 70 refletiam os ideais de 1908. E bravamente lutaram. Muitas vezes com dor e lágrimas, mas sempre com amor. Os jovens da ditadura e os jovens atleticanos sempre lutam. E “vencer, vencer, vencer este é o nosso ideal”.


E viva o GAAAAALOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!


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