domingo, 15 de janeiro de 2017

ANDADAS

Potira itapitanga



Debaixo da lua nova acima do céu nublado em um sábado à noite ele se aproxima maciamente de casa. A sua frente uma usuária de craque está parada olhando para cima. Um carro passa por ele e para uns vinte metros depois da mulher. Ela sai de seu estupor e vai pesadamente ao motorista. Conversam alguns segundos, entra no automóvel e vão não se sabe aonde. A noite se vai, a madrugada está no seu fim e ele sai maciamente com seu amigo meio estabanado. Outra usuária está sentada na calçada, outro carro passa pelos amigos e para vários metros depois da mulher. Ela se levanta, vai pesadamente até o carro, conversam, entra no automóvel e se vão.
O dia avança. Chega à sua metade e o Feirarte está agradável.
Ao dar uma olhada vê uma pomba preta comendo sementes vermelhas e amarelas no chão cinza. Esquece-se dela e sobe a árvore de verdes copas irregulares; deita em um de seus galhos.
Observa um homem que sente saudades do amor de sua vida e chora seco. Edgar Alan Cat mantém seu olhar mesmo não sendo percebido por ninguém e o homem se esquece do amor, olha ao redor, encanta-se com uma garota loura de cabelos crespos, dá uma cantada que ela não gostou.
O gato parece sorrir, pula para o chão, fala com Don Perro de La Mancha e este, parecendo também sorrir, olha o casal; fixa o olhar na menina.
A garota tinha começado a sair quando para e volta até o homem, que lhe pega nas mãos e os dois irão se pegarem em algum lugar sossegado.
Os dois – gato e cachorro – vão até a mesa do dono, deitam e dormem enquanto Benito bebe algo com goiaba e lê um livro:
Os contos são viajantes impenitentes. As asas dos contos vão mais além e mais rápido do que logicamente pudessem crescer. (...) Não existem mais que meia dúzia de contos. Mas, quantos filhos vão deixando pelo caminho! (...) O conto é astuto. Infiltra-se no vinho, nas línguas das velhinhas, nas histórias dos santos. Transforma-se em melodia torpe na garganta de um caminhante que bebe nos botecos e toca cavaquinho. (MATUTE, 1990).
- Sabe quanto tempo estou lendo este livro?
-
- Tem seis meses e só agora passei da metade. E sabe quanto tempo gastei para ler a trilogia O Lar da Senhorita Peregrine para Crianças Peculiares?
-
- Nem um mês. Grandes Sertões: Veredas tem mais de cinco anos que estou lendo e não cheguei à metade. Também tem muitos meses que estou lendo A Máquina do Tempo, de Siman. E sabe a causa de demorar tanto?
-
- Porque é bom. Coisa ruim ou “não tão boa” a gente acaba logo; mas o que bom eu gosto de prolongar. Degustar. Sentir. Pensar.
Um carro para meio distante de alguém de aspecto sujo. Este se vai pesadamente àquele, conversa rápido com o condutor, entra e saem para não sei onde. E pela terceira vez me pergunto por que não podem parar perto... Por que tem que fazê-los ir até eles.
E os Ferrera toca muito bem suas músicas.



Bajo de la luna nueva arriba del cielo nublado en un sábado por la noche él se acerca fofamente de la casa. A su frente una adicta está parada mirando arriba. Un coche pasa por él y para unos veinte metros después de la mujer. Ella sale de su estupor y se va pesadamente hacia el conductor. Charlan algunos segundos, entra en automóvil  y se van no se sabe adónde. La noche se va, la madrugada este en su fin y él sale blandamente con su amigo desmañado. Otra adicta está sentada en la acera, otro coche pasa por los amigos y para muchos metros después de la mujer. Ella se levanta, se va pesadamente al coche, platican, entra en el automóvil e se van.
El día avanza. Llega a su mitad y el Feirarte está agradable.
Echando un vistazo mira una paloma negra comiendo semillas rojas y amarillas en el suelo gris. Se olvida de ella y se echa a subir el árbol de verdes copas irregulares; se acuesta en una de sus ramas.
Observa un hombre que se echa de menos del amor de su vida y llora en seco. Edgar Alan Cat sostiene su mirada mismo no siendo apercibido por nadie y el hombre se olvida del amor, mira alrededor, se encanta por una muchacha rubia de pelos crespos, le echa un piropo que a ella no le hay gustado.
El gato parece sonreír, brinca al suelo, charla con Don Perro de La Mancha y este, pareciendo también sonreír, mira la pareja; fija la mirada en la chica.
La chica había empezado a salir cuando para y se vuelve hacia el hombre, que le coge la mano y los dos se van se cogieren en algún lugar sosegado.
Los dos – gato y perro – se encaminan a la mesa del amo, se acuestan y se duermen mientras Benito bebe algo con guayaba y leer un libro:
Los cuentos son viajeros impenitentes. Las alas de los cuentos van más allá y más rápido de lo que lógicamente pueda crecerse. (…) No hay más que media docena de cuentos. Pero, ¡cuántos hijos van dejándose por el camino! (…) El cuento es astuto. Se filtra en lo vino, en las lenguas de las viejas, en las historias de los santos. Se vuelve melodía torpe en la garganta de un caminante que bebe en la taberna y toca la bandurria. (MATUTE, 1990).
- ¿Sabes cuánto tiempo llevo leyendo este libro?
-
- Hay seis meses y solo ahora pasé de la mitad. ¿Y sabes cuánto tiempo necesité para leer la trilogía El Hogar de Miss Peregrine para Niños Peculiares?
-
- Ni un mes. Gran Sertón: Veredas llevo más de cinco años leyéndole y no llegué a mitad. También hay muchos meses que estoy leyendo La Máquina del Tiempo, de Siman. ¿Sabes por qué demoro tanto?
-
- Porque es bueno. Mala cosa o no tan buena nosotros acabamos deprisa; pero, cosas buenas me encanta prolongar. Degustar. Sentir. Pensar.
Un coche para a media distancia de alguien de aspecto sucio. Este se va pesadamente aquel, charla rápido con el conductor, entra y salen para no sé dónde. Y por la tercera vez me pregunto por qué no pueden parar cerca… Por qué tienen que hacerlos ir hasta ellos.
Y el conjunto Os Ferrera tañen agradablemente sus músicas.


Ofereço aos aniversariantes
Osvaldo Mayevicz, Dulce Pereira, Vanessa Lessa, Felipe Wallace, Patrícia Nunes, Luciana Hermógenes, Daniele Roza, Marrione Warley, Nanda Abrahão, Diana Duarte, Aline Alves, Thays Júnia, Raissa Fernandes, Dalgreis Lage e minha sobrinha Mariana Cheloni.

Recomendó a leitura de “Emergencia en los acantilados”, de Javier Villanueva; e “No Canto Escuro”, de Sued.

MATUTE, Ana María. Leer es Fiesta – España Cuenta. Francisco J. Uriz (Org). Madrid: Edelsa, 1990. Los Cuentos Vagabundos. Traducción libre de Rubem para el portugués.


Escrito originariamente en español al fin de la mañana de 31 de enero de 2016. Escrito en las dos lenguas entre los días 12 y 13 de julio de 2016 y 09 a 15 de enero de 2017.

domingo, 8 de janeiro de 2017

PONTE ENTRE A ILUSÃO E O REAL

PUENTE ENTRE LA ILUSIÓN Y EL REAL


Potira itapitanga.

Moro perto do cemitério, este espaço de vida e morte me representa. Recebo visitas dos vivos que nunca tiram um tempinho para me ver quando estão saindo do cemitério, no dia dos finados minha rua fica belíssima, os meios fios são pintados, as barracas com flores e muita gente. Parece festa. Tenho memórias lindas dos dias 02 de novembro da minha infância e adolescência, das primas e primos, colegas passeando pelo meio das multidões, cada vez mais esvaziado. Tem culto, tem missa, tem pessoas que colocam alimentos para os entes falecidos... É cultural, tem divisões de legislativo e personalidades importantes com monumentos na parte de cima, e povão na parte de baixo, tem a ala de sepulturas compradas para familiares... Hierarquia, confluência de crenças, cores, cheiros que nem depois de morto se igualam...
As relações desniveladas sempre existiram. O cemitério que para muitos é triste e assombroso é poético e cheio de vida para mim.
Quando vier por aqui, enquanto vivo... Quando sepultar alguém, me visite. Tenho um bom ouvido para as dores e as boas lembranças.
“Eu sou vida e não sou morte”, é nome de um texto do Quorpo Santo, eu vivo repetindo isso.
Claudiane Dias,
na manhã de 30 de outubro de 2016 no Facebook.


Em português

- O Governo danifica fatos e apresenta ilusões.
- Ééééé! E pessoas comentam décadas com atraso; tentando ver a ilusão na realidade e ignoram o real no sonho.
- Onde eu nasci, por exemplo. Eu visitei recentemente duas vezes. Uma em sonho e a outra na vida real. E em ambos os fatos não condiziam à realidade. No sonho, lindo hospital à beira mar. No real, local abandonado; com corpos vivos pedindo comida. Nem socorro eles pediam mais. Bastava comida. Pediam comida e agiam roubos.
- Nóóó! Que horror.
- Eu corri, mas os corpos mortos-vivos...
- Mortos-vivos? Eram zumbis, tipo os de filmes?
- Não! Quem dera fossem... Eram vivos mortos, para dizer melhor. Eu corri e corri e eles me seguiam. E eu os ameacei, mas ignoravam-me e continuavam avançando.
- Com que energia, se estavam famintos?
- Com a energia da morte certa, talvez. E à medida que se aproximavam fui prometendo falácias a Deus e a eles. “Se escapar dessa prometo distribuir o pouco que tenho com quem tem menos”.
- Rerrê. Aprendeu com os políticos...
- E feito eles, não cumpriria? Não sei a resposta, mas imagino... Mas ao olhar para o lado vejo uma ponte. Corro para ela e os vivos mortos atrás de mim. Piso na ponte, mas eles não conseguem...
- Por quê?
- Não sei. Apenas a atravessei e cheguei à segurança.
-
- E a ponte ainda está lá; firme e forte.


En español

- El Gobierno daña factos y presenta ilusiones.
- ¡Sííí! Y las personas comentan décadas con retraso; intentando ver la ilusión en la realidad e ignoran el real en el sueño.
- Donde nací, por ejemplo. Visité recientemente dos veces. Una mientras soñaba y otra en la vida real. Y en ambos los factos no condecían con la realidad. En el sueño, lindo hospital en la orilla del mar. En el real, local abandonado; cargado de cuerpos vivos pidiendo comida. Ni socorro ellos pedían más. Bastaba comida. Pedían comida y actuaban robos.
- ¡Caray! Qué horror
- Corrí, pero los cuerpos muertos-vivos…
- ¿Muertos-vivos? ¿Eran zombis, hecho en las peli?
- ¡No! Sería bueno se así fuera… Diciendo mejor: eran vivos muertos. Corrí y corrí y ellos me seguían. Los amenazo, pero me ignoran y no paran el avanzo.
- ¿Con que energía?, ¿se estaban hambrientos…
- Con la energía de la muerte cierta, tal vez. Y a la medida que se acercaban fue prometiendo falacias a Dios e a ellos. “Si escapar de esa prometo distribuir lo poco que tengo a quien tiene menos aún”.
- Jejé. Has aprendido con los políticos…
- Y hecho ellos, ¿no cumpliría? No sé la respuesta, pero imagino… Sin embargo, mirando alrededor veo un puente. Corro hasta ella y los vivos muertos atrás de mí. Piso en el puente, pero ellos no consiguen…
- ¿Por qué?
- No lo sé. Solamente lo atravesé y llegué a la seguranza.
-
- El puente aún está allá; y siegue fuerte.


Ofereço como presente aos aniversariantes
Claudio Oliveira, Jose L. Reis, Gleicon U.A. Moreira, Pedro Oliveira, Fabiane Martins, Kethellyn Andrade, Elis Nunes, Wally Smith, Sandra L. Oliveira, Graça Lopes, Rair Anício, Antonio A. Alves, Christiano Santos e Valéria Lourenço.


Escrito partindo de um sonho que tive na madrugada de 15 de janeiro de 2016. Reescrito em português e espanhol entre os dias 07 de março do ano seguinte e depois entre 10 de dezembro de 2016 e 08 de janeiro de 2017.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

PRESENTE IMAGINADO

REGALO IMAGINADO


Em português

Pássaros negros debaixo das nuvens escuras no cinzento céu. Perto de tudo, um menino de quase sessenta anos imagina um presente para mim: Um “chirrim” (é como ele chama os filhotes de cachorros).
- Joãozinho, vem aqui, rápido! Veja o chirrim pretinho com manchinhas brancas na tv. É seu. Pegue-o! Estou te dando de presente.
Então aproximo minhas mãos da tela e o pego trazendo até mim. Brinco um pouquinho com o filhotinho e com ele nas mãos volto para meu quarto.
Muito tempo depois saio com o menininho e meus cachorrinhos de verdade. Andamos pelas ruas Uberaba, João Napoleão Cruz, Uberlândia, Sabará.
- Sempre que na tv aparecerem outros chirrins é só pegá-los para brincarem um pouquinho mais.
- Sim! Eles gostam de brincar comigo; e eu também.
Outra vez na Uberaba entramos em nossa casa enquanto a chuva cai banhando as andorinhas que nuveiam ainda mais o céu já nublado enquanto cantam para o céu cantor.


En español

Pájaros negros bajo de las nubes oscuras en el cielo gris. Alrededor de todo un niño de casi sesenta años me imagina un regalo: Un chigín (es como él llamas los perros cachorros).
- Juanito, ¡acércate, acércate! Mire el chigín negrito con trozos blancos en la tv. Es tuyo. ¡Cójalo! Estoy donándotelo.
Entonces acerco mis manos de la pantalla y lo cojo trayéndole a mí. Juego un ratito con el cachorrito y con él en las manos me volvo a mi habitación.
Horas después salgo con el niñito y mis perros reales. Caminamos en las calles Uberaba, João Napoleão Cruz, Uberlândia, Sabará.
- Siempre que en la tv surgir otros chigíns es solo cogerlos para jugaren un poquito más.
- ¡Verdad! A ellos les encantan jugar conmigo; y a mí también.
Otra vez en la Uberaba entramos en nuestra casa mientras la lluvia cae bañando a las golondrinas que nubean aún más el cielo ya nublado mientras cantan para el cielo cantante.


Ofereço como presente aos aniversariantes da semana
Flavia Rohdt, Mª José Izquierdo, Felipe de Medeiros, Sarah Coelho, Alvine Kengni, Maximiano Lagares, Felipe Freitas, Graça Maria, Sarah Helena, Samanta Bela, Homero Dias, Vilma Escarlate, Marilelia R. Ezequiel, Marcelo Rocha, Gerusa Melo, Josué S. Brito, Vitória Amaral, Pedro Book, Elizete S. Losignore, Ana Lucia e Edson Nascimento.


Escrito originariamente en español en la tarde de 11 de diciembre de 2016. Y trabajado en las dos lenguas entre los días 15 de diciembre de 2016 y 01 de enero de 2017.

domingo, 25 de dezembro de 2016

TRÁFEGO DE BORBOLETAS

TRÁFICO DE MARIPOSAS


Potira itapitanga.
Cada povo tem o governo que o desmerece porque merece.

Contudo:
Amanhã será aniversário de minha mãe.
Felicidades hoje e sempre, mamãe;
e muito obrigado por tudo.

Adeus ano velho!
¡Adiós año viejo!
Good bay old year.

Recomendo o vídeo sugerido por Luís Gonzáles:


Em português

Novembro natalizado
Comemora-se a compra
Amor comercializado
Conservo-me, porém, flor.
Tento trafegar pela BR
Mas borboletas amarelas a congestionam
Tanto há que me fere
Mas elas me emocionam.

- Bonitinho o poema...
Diz, mas pensa “não entendi nadinha, nadinha”. Enquanto pensa e eu sei que pensa – talvez não raciocina, mas pensa... – eu lhe entrego o meu presente.
- Pra mim? Obrigada... Mas eu não lhe comprei nada…
- Não tem problema. Comprei porque quis, não para ganhar outro.
- Mas assim não vale. Tem que ter troca de presentes. E boas comidas. E boas bebidas. E muita gente. Vem de noite que lhe darei um presente.
- Tudo bem.
Saio sem dizer o que penso. Soaria como lição de moral se eu dissesse que troca de presentes é comércio, escambo e não doação? A gente dá porque gosta, não para ter outro em troca. Ou assim deveria ser... É claro que é bom ter boas comidas e bebidas. Mas será que não seria melhor ter menos gente, mas que sejam boas pessoas?
Com estas reflexões que temo soarem como lição de moral eu compro mantimentos porque os de casa já estavam no fim. Com esta necessidade satisfeita vou pensando ainda mais nas borboletas e...
Christmas’s Trenzinho. Este equipamento recebe prevent maintenance e é vistoriado diariamente. Caso queira contratar nossos brinquedos para eventos indoor e outdoor para centros comerciais entre em contato conosco. Também vendemos bichinhos de estimação. Temos fish, dog and cat. Mas se precisar de calçados, visite nosso departamento dreams dos pés.
- Benito! Bom ver você, cara!
- Oi! Bom te ver também.
- Onde vai passar o Natal?
- Em casa. Amanhã é que farei uma coisinha simples. Na verdade, que comprei no Tuffik Cozinha Árabe.
- Rirri. No Natal do Menino Jesus vocês vão comer comida de Alá...
- Rerrê. É! Um pouco mais de sincretismo é bão.


En español


Acerca de mis palabras:
- Piensa “no comprendí nada, nada”. Mientras piensa y sé que piensa – tal vez no raciocina, pero piensa… – le doy mi regalo.
- ¿Para mí? Gracias… Pero no le compré nada…
- No pasa nada. Compré porque quise, no para ganar otro.
- Eso no puede ser. Hay que cambiar regalos. Y tener buenas comidas. Y buenas bebidas. Y mucha gente. Vuelve por la noche que lo daré un regalo.
- ¡Sí, volveré!
Salgo sin decir lo que pienso. ¿Sonaría como si fuera lección de moral si dijese que cambios de regalo es comercio, trueque y no donación? Donamos porque es agradable, no para tener otro en cambio. O así debería ser… Es facto que es bueno tener buenas comidas y bebidas. Sin embargo, ¿será qué no sería mejor tener menos gente, mas que sean buenas personas?
Con estas reflexiones que temo sonaren como lección de moral compro los mantenimientos porque los de mi casa ya estaban en el fin. Con esta necesidad satisfecha me voy pensando todavía más en las mariposas y…
Christmas’s Tren. Este aparato recibe prevent maintenance y es inspeccionado diariamente. Si deseas contractar nuestros juguetes para evento indoor y outdoor para centros comerciales entre en contacto con nosotros. También vendemos mascotas. Tenemos fish, dog and cat. Pero si necesitar de calzados, visite nuestro departamento dreams de los pies.
- ¡Benito! Me gusta verte, hombre.
- ¡Hola! También me gusta verte.
- ¿De dónde va pasar la Navidad?
- En casa. Mañana es que haré una cosa sencilla. En verdad, que compré en el Tuffik Cocina Árabe.
- Jijí. En la Navidad del Niño Jesús se van a comer comida de Alá…
- Jejé. ¡Verdad! Un poco más de sincretismo es buenísimo.


Ofereço como presente aos aniversariantes:
Deiverson Tófano, Éderson Caldas, Simone Silva, Arto Freitas, Italo Rafael, Souza Maria, Didier Ferreira, Kívia Kiara, Joaquim Tiago, Ivanete Valverde, Melyssa Freitas, Marconio Souza, Gustavo A. Spada, Nathy Costa e Pedro Pacheco.

Recomendo a leitura de “Ceia de Natal”, de Vinícius Siman; “Certacolia e Belacolia”, deste que vos fala; “Prólogo a los sorias de Alberto Laiseca”, de Javier Villanueva; e “Fotografia”, de Xúnior Matraga. Respectivamente nos endereços:


Manuscrito em português por volta de meio dia de 16 de dezembro de 2015 ao observar diversos cartazes em um shopping. E trabalhado nas duas línguas entre 09 de janeiro e 25 de dezembro de 2016.

domingo, 18 de dezembro de 2016

O MUNDO DANÇA

EL MUNDO BAILA – WORLD DANCING


Potira itapitanga.
Cada povo tem o governo que o desmerece porque merece.


Em português

Uma árvore verde possui bolas vermelhas e amarelas em seus galhos. Um pássaro vermelho e preto vive nela. E ele canta para o Sol entre as nuvens.
Um homem tem uma arma em sua mão.
O pássaro está morto. As nuvens choram. O Sol não brilha. A árvore ficou sozinha.
Entretanto, o homem tem um livro preto. Ele reza e sorri em paz.


En español

Un árbol verde lleva pelotas rojas y amarillas en sus ramas. Un pájaro rojo y negro vive en él. Y él canta para el Sol entre las nubes.
Un hombre tiene un arma en su mano.
El pájaro está muerto. Las nubes lloran. El Sol no brilla. El árbol se queda solo.
Sin embargo, el hombre tiene un libro negro. Él hace plegarías y sonreír en paz.


In English

A green tree has red and yellow balls in your branch. A red and black bird lives in it. It sings to Sun between clouds.
A man has gun in your hand.
The bird is dead. The clouds weep. The Sun not shines. The tree is alone.
But, the man has a black book. He prays and smiles in peace now.


Ofereço como presente aos aniversariantes:
Rodrigo P. Di Stani, Ícaro Freitas, Eliés F. Souza, Joe Arthuso, Jhony Uriel, Renata Matos, Clayton Heringer, Alexsandra Gregório, Carlos W. Barbosa, Fabiana Ribeiro, Juliana Novaes, Joyce Oliveira, Alison W. Martins e Natalia Coutto.

Recomendo a leitura de “Tá Declarado”, de Xúnior Matraga; “Triste História dum Artista Triste”, de Vinícius Siman; e “Perfume e Estertores”, deste que vos fala.


Escrito originalmente em inglês na tarde de 05 de janeiro de 2016. Reescrito em espanhol na noite que lhe seguiu. Trabalhado nas três línguas entre os dias 29 de fevereiro e 18 de dezembro do mesmo ano.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

A CHUVA E A VIDA

LA LLUVIA Y LA VIDA


Quando um homem não valoriza o que faz, acaba não se valorizando. Quando um homem diminuiu o seu valor, acaba diminuindo o valor de sua vida. Quando a vida perde o valor, que sentido há em vivê-la?
(KONDO, 2015)


Em português

O domingo está chuvoso, mas ainda assim o Feirarte aconteceu; capengando, mas teve.
- Na rua, sapatos velhos jogados entre galhos secos e o pó preto da fábrica. Na rua, gente se joga na sujeira que se fabrica. Da rua, ninguém por eles briga. Na rua, sapatos velhos, gente viciada, ninguém e pó-bre-pre-to.
Declama Uque, um dos quatro hippies que conheci. E Igor, o único novinho deles, diz:
- Somos tronco e membros... Mas onde está a cabeça?
- Onde? Não quem é a cabeça?
- O que eu disse, disse!
Nauhlm (pronuncia-se algo anasalado: Naulm), o mais velho e mais filosófico dos quatro, proclama que somos seres tríplices; tudo é tríplice. Ou seja, universo, galáxia e sistema solar; ou planeta, continente e país; ou país, estado e cidade; ou manhã, tarde e noite; ou corpo, mente e espirito; ou vida, desejo e morte; ou pai, mãe e filho; humanidade, sociedade/comunidade e família; ou...
Enquanto isso tudo acontece, Lobo fica calado. Só ouvindo, observando e no celular. Então eu disse:
- Donga, desconhecido como Ernesto dos Santos, mas é reconhecido como o autor, junto com Mauro de Almeida, de “Pelo Telefone”. O tango foi registrado em 27 de novembro de 1916 e é considerado pela Biblioteca Nacional do Brasil como o primeiro samba. É engraçado que a letra original sofreu uma paródia falando da tolerância da polícia em relação aos cassinos; e esta acabou prevalecendo em detrimento daquela.
- 27 de novembro? Então poucas semanas atrás fez um século... Mas... O que interessa isso? – Falou com o tato que a sociedade tem para o povo.
- Fabrico vidas falsas / Sou, portanto, criatura malsã, / Minhas personagens não existem / Por isso há quem se mantém.
- Que valor você tem? – Diz com seus ouvidos moucos ao poema.
- O meu. Apenas o meu.
- Nenhum, então.
- É bem possível. Ou talvez eu seja uma história de André Kondo.
- Nunca ouvi falar.
- Surpreenderia-me se o conhecesse.
A música não me agrada, a conversa é interessante e – delícia! – a chuva ainda cai.


En español

El domingo está lluvioso, pero ni mismo así el Feirarte se quedó vacío; tuerto, pero ocurrió.
- En la calle, zapatos viejos lanzados entre ramas secas y el podrido polvo de la fábrica. En la calle, gente se lanza en la suciedad que se fabrica. De la calle, nadie por ellos pelean. En la calle, zapatos viejos, gente viciada, nadie y el podrido-pueblo-polvo…
Declama Uque, uno de los cuatro hippies que conocí. E Igor, el único menudo de ellos, dijo:
- Somos tronco y miembros… Pero, ¿a dónde se queda la cabeza?
- ¿Dónde se queda? ¿No quién es la cabeza?
- Que dije, ¡dije!
Nauhlm (se pronuncia algo nasalizado: Nauln), lo mayor y más filosófico de los cuatro, proclama que somos seres tríplices; todo es tríplice. O sea, universo, galaxia y sistema solar; o planeta, continente y país; o país, departamento/provincia y ciudad; o mañana, tarde y noche; o cuerpo, mente y espíritu; o vida, deseo y muerte; o padre, madre e hijo; o humanidad, sociedad/comunidad y familia; o…
Mientras todo eso ocurre, Lobo se queda callado. Solo escuchando, observando y en el móvil. Entonces dije:
- Donga, desconocido como Ernesto dos Santos, pero es reconocido como autor, junto a Mauro de Almeida, de “Pelo Telefone”, “por el teléfono” en español. El tango fue registrado en veintisiete de noviembre de mil novecientos dieciséis y es considerado por la Biblioteca Nacional de Brasil como el primer samba. Una cosa divertida a saber es que la letra original sufrió una parodia hablando de la tolerancia de la policía en relación a los casinos; y esta se prevaleció en detrimento de aquella.
- ¿27 de noviembre? Entonces pocas semanas pasadas la canción completó un siglo… Pero… ¿Qué nos interesa eso? – Habló con el tacto que la sociedad tiene para el pueblo.
- Fabrico vidas falsas / Soy, por lo tanto, criatura malsana, / Mis personajes no existen / Por eso hay quien se mantiene.
- ¿Qué valor tienes? – Dijo con sus oídos sordos al poema.
- El mío. Solamente el mío.
- Ningún, entonces.
- Es bien posible. O tal vez yo sea una historia del brasileño André Kondo.
- Nunca he oído hablar de él.
- Me sorprendería si lo conociese.
La música no me gusta, la charla es interesante y – ¡delicia! – la lluvia aún cae.


Ofereço como presente aos aniversariantes
Mikael V. Zeleke, Ione Dumont, Lenilson Fonsêca, Patricia Rodrigues, Heloisa Davino, Martínez John, Dado Aragon, Renata Sousa, Lucas Alvisi, Kemilly Almeida, Marilene Tuler, Aninha Pjl, Fábio S. Rodrigues, Mila Eduarda, Gerci Santos, Thaylyny Emanuela, Drika Nunes e Jamille Amaro.

Recomendo a leitura de “Em tempos de golpe, a importância de assistir ‘3%’”, de Vinícius Siman; “Ruim Bão”, deste que vos fala; “Uma Feliz Coincidência”, de Sued; “Los Condenados de la tierra. Frantiz Fanon”, de Javier Villanueva; e “Ferreira Gular”, de Rosa da Serra.

KONDO, André. Contos do Sol Renascente. Jundiaí: Telucazu Edições, 2015. Página 30.


Escrito entre 27 de novembro e 12 de dezembro de 2016.

domingo, 4 de dezembro de 2016

PELA JANELA

POR LA VENTANA – THROUGH THE WINDOW


Sembrando hogueras, donde joven y desnuda la imaginación se quema.
LORCA, 2001


Em português

Antes da igreja, as aulas. Em ambas ouviu sobre a condição da mulher com uma missão. E depois de tudo, em seu quarto:
Ela abriu seus negros olhos. Pela janela viu um escuro céu. Pegou seus negros cabelos. Extasiada, pôs as mãos em seu negro buquê e foi muuuito bom.
Percebeu-se mulher e ser humano.


En español

Antes de la iglesia, las clases. En ambas oyó sobre la condición de la mujer con una misión. Y después de todo, en su habitación:
Ella abrió sus negros ojos. Un oscuro cielo vio por la ventana. Cogió sus negros pelos. Extasiada, puso las manos en su negro buqué y fue buenísimo.
Se percibió mujer y ser humano.


In English

Before the church, the class. In both heard about the condition of the woman with a mission. And after all, in your room:
She opened her black eyes. A dark sky she saw through the window. She took her black hair. In ecstasy, she places hands in her black posy and was good.
She perceived herself is women and human.


Ofereço como presente aos aniversariantes
Lorrayne Sancar, Welington G. Silva, Vanda Ribeiro, Alcemar Ferreira, Patrick Castro, Larissa SA, Ricardo Escudero, Cleber L. Assis, Regina M.T.P. Simao, Alfredo Pires, Xúnior Matraga, Chimeni Lins, André Resende, Camila Santos e Rayssa Rangel.

Recomendo a leitura de meu poema Vivo?; no Ad Sustantiam:

LORCA, Federico García. Antología. Madrid: LIBSA, 2001.


Escrito originalmente em inglês na noite de 14 de janeiro de 2015. Trabalhado nas três línguas entre os dias 01 de outubro e 04 de dezembro de 2016.