terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Resultado de oficina na E. Henrique de Freitas Badaró, Ipatinga MG. Foi ministrado oficina de quadra e trova para alunos do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental.


Hoje é sexta-feira
Fui a uma feira
Gastei todo meu dinheiro
Comprando uma peneira.

Sabrina A. Teixeira – 5ª C


Um belo dia na escola
Fui até o jardim
Toquei uma coisa áspera
E ouvi uma história bela

Sabrina A. Teixeira – 5ª C


No dia super legal
Vivemos os desatinos da vida:
Ficar sem ver
Eis um dos desafios da vida

Karine V. Alves – 5ª B


Ficar sem ouvir
E outro desafio
Parece o mundo sumir
Descendo por um fio.

Karine V. Alves – 5ª B


Quando cheguei à escola
Eu estava todo molhado
Vim correndo
Estava morto de cansando.

Miler C. Gonçalves


Minha vó é bonita
Apesar de ter dentadura
Ela é doce e come rapadura
E brinca com sua cabrita.

Manuele G. Oliveira


O gato branco da minha avó
É muito fofo
Parece leite em pó
E se chama Astolfo.

Nayara C. Silva


Meu bairro não tem praça
Mas meu pai faz muita graça
E às vezes vamos ao clube
Com nosso cachorro Escube.

Ellen C.S. Marinho


Eu gosto de me alegrar
Por isso vou sempre ao mar
Onde quero mergulhar
Deixando o mar me levar.

Nayara C. Silva – 5ª C


Vendo meu peixe pular
Brincar e pular, vou.
Sentir um pouco do ar
E a Deus dou meu louvor.

Nayara C. Silva – 5ª C


Eu gosto de me amar.
Vou me alegrar
Indo ao mar
Onde posso mergulhar.

Nayara C. Silva – 5ª C


Ipatinga! Ipanemão
É meu lugar de coração
Onde vou morar, ter filho
Plantar pé de feijão ou milho.

Helem B. Duarte


Ipatinga é legal
Tem escola, que legal
Tem criança genial
Tem adulto genial

Caleb A. Gomes


Ipatinga é meu lugar
Eu tenho orgulho de morar
Nunca vou sair deste lugar
É minha paixão, não vou largar.

Karen S. Fernandes


Hoje acordei apressada
Quando cheguei à escola
Parecia estar deserta
Era uma visão incerta.

Karen S. Fernandes – 5ª B


Em meu bairro não tem praça
Eu vou com minhas irmãs
Em praças de outros bairros
Brincar, correr e sorrir.

Maria Eduarda – 5ª C


Meu bairro é Esperança
Tem praças e parques
E o amo sem por quê
Quando adulto e criança.

Maria Eduarda – 5ª C


Ciranda, cirandar vamos;
Pequena, pequenina
Bola, bolinha; quem brinca
Com bola é menino e menina.

Helen B. Duarte


Ipanema é legal
Lá é sensacional
Eu já fui com minha prima
Sempre brincamos de rima.

Manuele G. Oliveira


Alguns textos em prosa:

O bom de ver filme é que você fica nervoso pra ver o que vai acontecer. E ontem vi o filme Python. Foi bom e misterioso; e os intervalos me davam raiva por parar na melhor hora. Também gosto de filmes de ação e de fadas; só que não dão o suspense dos filmes de terror.

Kethelen P. Euzébio


Hoje conheci uma pessoa. Um escritor. Ele levou umas crianças no pátio e sentimos as flores, o tronco da árvore, o mato... Aí, depois, sentamos no chão. A gente estava com um pano no rosto. Brincamos na pedra, chei-ramos, sentimos. Voltamos à sala e batemos um papo tranquilo.

Helem B. Duarte


Eu senti pedra, árvore, planta, flor. E torço pro Galo. Gosto muito de brincar, divertir, contar histórias. Logo que cheguei à sala, no primeiro dia, fiquei muito curiosa, revi muitos amigos, conheci nova profes-sora. Gostei muito da aula, mas para tirar o legal... hoje teremos prova de matemática.


Eduarda

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

OLHOS FRANZOS

Obax nafisa.


Em português

A Avenida JK e as ruas Serra Dourada e Serra dos Cocais deltam uma pequena pracinha no bairro Jardim Panorama. Em um canteiro de folhagens vermelhas dois bancos quase de costas entre si. Um rapaz observa outro. Pensa em se aproximar, conversar, conhecer, namorar. Com meus olhos tristes percebo seu receio e sorrio. Alcanço seus pensamentos. Será que devo? Mas e se ele me ofender? Me agredir? Ai, meu Deus, e se ele falar para todo mundo? Pausando as reflexões para olhar as pessoas ao redor ele não vê a praça e de novo: Ele é bonito. Eu também não sou feio e sou um cara inteligente. Acho que vou até lá puxar conversa. Dependendo da reação vou direcionando para algo mais... É, acho que vou mesm...
- Tá olhando o quê?
- Ah, nada!
- Tá querendo alguma coisa?
- Ah, nada não.
- Que pena! Eu queria conversar com você.
O observado se levanta e vai embora. O observador não apreende nada e continua sentado. E eu
Caminho lentamente
Sentindo do dia a transição
Algo em mim latente
Em meu rosto tomou posição.
Saio de um lugar
Traspasso um parque
Do dia para a noite
Na grama me ponho a dançar
Olhos franzos querem que eu me adeque.


En español

La Avenida JK y las calles Serra Dourada y Serra dos Cocais deltan una pequeña placita en el barrio Jardín Panorama. En uno cantero de follaje rojas dos escabeles casi de espaldas entre sí. Un muchacho mira otro. Piensa acercárselo, charlar, conocer, enamorárselo. Con mis ojos tristes percibo su recelo y sonrío. Alcanzo sus pensamientos. ¿Será que debo? Pero… ¿se él me agraviar... Me agredir? Ay, Dios mío, ¿y se él hablar para todas las personas? Suspendiendo las reflexiones para mirar las personas alrededor él no ver la plaza y otra vez: Él es bonito. Yo también no soy feo y soy un chico inteligente. ¡Si! Me voy a platicar con él. Dependiendo de la reacción voy a direccionar para algo más… ¡Sí! me voy mismo a charl…
- ¿Está fijando lo qué?
- ¡Nada!
- ¿Qué quieres?
- ¡Nadie!
- Qué lástima. Quería charlarte.
El fijado se arriba del escabel y se va. El fijador no aprehende nada y continúa sentado. Y yo
Camino lentamente
Sintiendo del día la transición
Algo en mí latente
En mí rostro ha tomado posición.
Salgo de un sitio
Traspaso un jardín
Del día para la noche
En el césped me pongo a bailar
Ojos frunzidos quieren adecuarme.


Ofereço como presente de aniversário
Alfredo Pires, Chimeni Lins, Camila Santos, Nubia Teodoro, Rayssa Rangel, Joe Arthuso e Carla Carvalho.
E parabenizo à Biblioteca Leitura e Olhares (Viva, Portugal!)

Amanhã aqui no aRTISTA aRTEIRO, veja o resultado de uma oficina que ministrei para crianças de dez anos na escola Henrique F. Badaró, bairro Esperança, Ipatinga MG.

Os versos em espanhol tiveram revisão de Luís Gonzáles.

Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.


Escrito entre as tardes de 08 de maio e madrugada de 08 de dezembro de 2014.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O SILÊNCIO E A PALAVRA

Obax anafisa.


- Acabei de ter um sonho tão bem feitinho...
- Huuum! Bom dia, amor.
- Bom dia!
- Com que sonhou?
- Estávamos nós dois em um debate sobre silêncio e palavra e participavam conosco Wenderson Godoi, Luciano Betelho, Cloenes e Rosângela, Nena de Castro, Marquim Faria, Beto Faria, Érikis Sena, Carlos Glauss, Marília Siqueira, Gorette Freitas e uns artistas de fora, que puxavam a conversa.
- E do que falavam? Consegue lembrar-se de algo?
- Do silêncio e da palavra, uai! Você tentou falar três vezes e sempre alguém não deixava. Tomava sua vez. Ainda bem que diziam coisas interessantes.
- Menos mal, rerrê. Continue.
- Vamos levantar para fazer o café.
No banheiro e na cozinha continuaram.
- Quando finalmente conseguiu falar dois participantes foram para um canto, mas conversavam muito alto.
- Huuum, chato. Rerrê.
- Depois falei também, mas aconteceu o mesmo comigo. Um tomou minha vez, Todavia consegui na segunda tentativa. Inclusive outras pessoas foram para um canto e falavam igualmente alto.
- Um saco.
- Eu disse que as pessoas temem o silêncio porque força o sujeito ver a si mesmo e permute pensar. Duas coisas que as pessoas não gostam. Aí, você tomou a palavra.
- Que eu falei?
- Deu exemplo. As pessoas que discutiam nos cantos atrapalhavam porque no fundo o assunto possibilitava os participantes verem a si mesmos e dificultava refletir o assunto.
- Minhas palavras valem o silêncio...
- Nossas, querido!
O café. Seu cheirinho percorria a sala e junto com o leite agradava nossas línguas.
- Um dos artistas de fora pegou de sua carteira um papelzinho bem pequeno e nos mostrou. Parecia um duende ou coisa assim. Só que não recordo suas palavras.
Uma mordida no pão aquecido na tostadeira mais um golinho do café com leite ao som dos pássaros nos silenciaram uns minutos.
- Vai, termina o sonho.
- A gente falou que se calar evita discussões desnecessárias e mais importante e melhor que isso é manter silêncio para ouvir a si mesmo e ver o outro. Dissemos mais que isso, mas é o que recordo.
Beijamo-nos e já prontos, cada qual foi para seu trabalho.


Ofereço como presente de aniversário
A grande poeta Marília S. Lacerda, el gran músico Alejandro Vera, Luizin Ribeiro, Hudson Welling, Nauana Louzada, Ana P. Benacon, Edivane Ribeiro, Juliana Queiros, Cleide Takahashi, Marcelo Vieira, Vanda Ribeiro, Lorrayne Sancar, Claudiney de Sá, Welington G. Silva, escritora Patricia C. Mackowiecky, Maxwell Antunes, Patrick Castro, Lucas B.M. Alto, Larissa SA. Ligia Mara, Iara Barona, Sergio Lopes e Regina M.T.P. Simao.

Humilde homenagem ao meu GAAALOOOOO! CAMpeão da COPA DO BRASIL. Bica eles, GAAALOOOOO!

Convido a ler também os textos:
Não é Milagre, é Atlético Mineiro, de Ique Carvalho; Vampiros no Transatlântico, de Adriano Siqueira; e Engenho, de Bispo Filho.
Respectivamente:

Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.


Escrito entre os dias 04 de abril e 01 de dezembro de 2014.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

NATURALEZA

Minha humilde homenagem à grande poeta Goretti de Freitas, merecidamente agraciada com a Medalha de Mérito Legislativo pela Câmara Municipal de Ipatinga (MG) em fins de novembro de 2014.

Obax nafisa.


Rain of flowers fall above me.
As well as it rains water of clouds, flowers fall of tree. Truly they seem to rain in me as little stars. So, in fact, about me rains stellar flowers.
And I cross the square seeming shadow between persons. In my loneliness I write. About what I talk? Read my words and you will know¹.


En español

Una semilla se cambió tallo y hoja
El tallo creció y la hoja multiplicó
Después se tuvieron flores
Que se cambiaron frutos
Cantaron los pájaros
Trasportaron sus semillas
Nuevos tallos y hojas fueron convertidos
Viejas hojas, frutas, flores se murieron
Sin embargo, dejaron sus energías en la tierra
Entonces, semillas, tallos, hojas, flores y frutos…
¿Hay que decir lo que aconteció?
No obstante, digo
Oyendo jazz y clásicos
Me adentré en un recinto automotor
Vuelo entre árboles y coches
Viajo para un amigo
Navego con pájaros por la noche.


Em português

Uma semente se converteu em caule e folha
O talo cresceu e a folha se multiplicou
Depois nasceram flores
Que se transforam em frutos
Cantaram os pássaros
Transportaram as sementes
Novos brotos se converteram
Velhas folhas, frutos e flores morreram
Entretanto, deixaram suas energias na terra
Assim, sementes, talos, folhas, flores e frutos...
Preciso dizer o que aconteceu?
Todavia, digo
Ouvindo jazz e clássicos
Adentrei-me em um ressinto automotivo
Vôo entre árvores e carros
Viajo para um amigo
Velejo entre sonhos e pássaros.


Ofereço como presente de aniversário
Laryssa Leris, Stéfany Késsya, Débora Juliane, Esdras Aurélio, Erdinachele M. Salatiel, Aline Medeiros, Gunther Estebanez, Edilaine S. Peres, Stefanni Marion, Mingau Ácido (Marcelo Garbine) e Joubert Moises.
E ofereço à
Companhia Bruta de Teatro e Arterapía Escritos.

Convido a ler os textos
Vitória-Minas, de Bispo Filho; Versos Pingados por Léo Prudêncio
Respectivamente:

¹ Chuva de flores caem sobre mim. \ Assim como chove água das nuvens, flores caem da árvore. Realmente elas parecem chover em mim como estrelinhas. Então, na verdade, sobre mim chovem flores estelares. \ E eu atravesso a praça parecendo sombra entre as pessoas. Em minha solidão eu escrevo. Falo sobre o quê? Leia minhas palavras e você saberá.

Escrito en español en el día 26 de abril de 2014. Trabajado entre los días 18 y 24 de noviembre del mismo año.


Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

RAZÃO NAS NUVENS

Obax anafisa.
In memorian Manoel de Barros.

Brasil era roubado e explorado por Portugal, mas ai o povo brasileiro lutou por sua independência e provou que consegue se roubar sozinho. Seria cômico, se não fosse verdade.
Paulo Bonfá.


Uma manhã em uma praça. Debaixo de uma árvore, olhando os canteiros floridos, pensando. Chega um cidadão e falamos sobre falos, falas e viragos. Até que lhe pergunto:
- Oi! Vamos à Feira do Livro?
- Fazer o quê?
- Ver, comprar, ler...
- Pra quê?
- Pelo prazer de le...
- Pra que vou desperdiçar dinheiro com livro? Papel por papel vale mais o higiênico. Se é pra gastar que seja com o mais útil. Melhor que comprar livro é comprar papel higiênico.
- Realmente! Para quê? O que sua cabeça produz se distribui pelo fiofó.
À sombra de uma árvore olho os canteiros floridos. Penso enquanto o cidadão se vai e me chega outro. E nossa fala é sobre viragos, falos e falácias. Até que muda de tema e me pergunta:
- Oi, Benito, tudo bem?
- Sim, graças a Deus. Estudando muito, trabalhando bastante, lendo igualmente. Rerrê. E você, tudo firme e forte?
- Tô nada! Sei lá... Cada dia minha vida tá de um jeito.
- Cara! Profunda e sinceramente torço para que não perca a consistência. Que avance resoluto; não importando as pedras do caminho, que você vá e vença!
- Também quero isso mais não tá fácil. Tem horas que penso em desistir de tudo.
- Conhece o “Poeminha do Contra”, de Mário Quintana? Pense sempre nesse poema: “Todos estes que aí estão atravancando meu caminho. Eles passarão, eu passarinho”. Assim, entendo sua vontade porque às vezes, e não são poucas, tenho o mesmo desejo. Mas persisto porque não vou dar a ninguém o direito sobre minha vida e, mais importante, porque eu sou filho de Deus.
- Ah... Se fosse fácil assim.
- Veja o blog do Rubem Leite e leia “Lua Inquieta” e “Poemas Para”.
- Ah se fosse fácil assim. Agora, vou indo. Abraços!
- Rerrê. Coragem, cara! Coragem
- Vou tentar. Se não me ver mais aqui é porque desisti de viver até um dia. Beijos...
- Espero que persevere. Para um dia de beleza e de harmonia, ouça Bachianas Brasileiras número 5.
- Vou tentar, cara. Vou tentar.
Ele se vai sem si e eu fico olhando a praça. Uma borboleta branca e preta pousa numa flor. Outra amarela voa por mim e não sei porquê crio em inglês e canto:
Butterfly sings in air
Men shout in clod
My heart tries to be fair
My eyes are in cloud.
- Senhor! Compra um lanche pra mim?
Olho para o andrajo ao sol e vejo sua mão estendida para um terno à sombra.
- Quer comer? Vá roubar! Que é o que vocês fazem.
O andrajo perde a voz e o terno se vai.
- Quer um lanche? Vamos àquele bar.
Seu sorriso me segue até eu diminuir meu ritmo para ficarmos lado a lado. Conta-me de onde é, diz por que está aqui e me fala de sua esposa e filhinho. Mas não quero conversar e saber sua história; real ou falsa. Só não me interessa que ele tenha o que nunca tive. Fome.


Ofereço aos aniversariantes
Chicão Fidideus, Andreia Lima, Daniel S. Morais, Savio Tarso, Nary Farias, João V. Barros, Helon Tavares.
Ofereço ao Grupo Pagojean, Livro Etc. e Hibridus Dança.

Lua Inquieta e Poemas Para:

Aproveito para convidar a ler também:
Poema para Manuel de Barros (em ocasião de seu encontro com as estrelas), de Thiago Domingos
Não é só uma carta de amor, de Karine Danielly

Em banto, obax anafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.


Escrito entre os dias 23 de abril e 17 de novembro de 2014.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

MELOPÉIA

Obax nafisa.

A saudade é a que fica entre os dentes e os galhos da mangueira do tempo. (Marcelo Oliveira, ator. Falando-me sobre mangas).


Canta galo levando a noite
Canta galo trazendo o dia
Não sei se há sorte
Mas é preciso teimosia.

Ontem, meu apê parecia zona rural
Passaram dois ratos tão grandes que eu disse “ual”
Pensei até que eram capivara e anta ou outro animal
Mas vieram dos entulhos do vizinho, coisa normal.

Canta galo levando a noite
Canta galo trazendo o dia
Não sei se há sorte
Mas é preciso persistência.

Eu invento, se não tivessem feito,
O passear com o vento e ver
As mangas amarelas brincando de balanço
Nos galhos ao vento.

Canta galo levando a noite
Canta galo trazendo o dia
Não sei se há sorte
Mas é preciso rebeldia.

“É carnaval”
Canta um galo do vizinho
“Isabel, me dá beijinho”
Canta outro prá não ficar sozinho.


Ofereço como presente aos aniversariantes
Ângella Santhos, Eduardo R.L. Toledo, Izabela Azevedo, Luciana Laris, Isac Silva, Fernanda La Noce, Eder M. Loures, Rodrigo Neiva e Rita Clemente.

Umas estrofes escritas em 04 de março de 2013. Outras, na manhã de 05 de julho de 2014. E poema remexido entre 06 e 10 de novembro de 2014.


Em banto, obax nafisa significam flores e pedras preciosas. O texto é minhas flores para você e faço votos de que encontre nele pedras preciosas.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

CORREDEIRA

Honrados sejam todos os Santos!
Honrados sejam nossos antepassados!

Obax anafisa.


“O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia
...
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele”.
CAEIRO.


O rio e as pedras
É um pequeno rio
Três pedras em seu caminho
Nenhuma em seu leito.

O rio e os peixes
É um pequeno rio
Três peixes nadam devagarinho
Nenhum toma jeito.

Apenas uma pena
Escorre no córrego que corre
A pena dá pena
Some no dia que morre.


Ofereço aos aniversariantes:
Sócrates P.N. Atayde, Elton C. Souza, Thais Santana, Alvarino Silva, Álida Santos, Gabriella L. Silva, Moisés Correia, Cláudio Quirino, Dayana Andrade e Andre Brytto.

CAEIRO, Alberto (Fernando Pessoa). O Tejo.


Escrito entre a madrugada de 18 de abril e 03 de novembro de 2014.