domingo, 20 de setembro de 2020

A VIDA EXIGE LUTA

  

Las tiendas están abiertas, los mercaditos están abiertos, las iglesias están abiertas. ¿Por qué solamente el Feirarte preservaría la vida? Y hablando de iglesias… La Biblia nos enseña que Dios nos ama tanto que aquellos que no lo amaren han de ir al infierno…

 

Septiembre es un mes destinado a pensar en el suicidio y para apoyar y confortar los que sufren. Uno de mis hermanos se suicidó. Mi cuñada, mis hermanos y yo sufrimos muchísimo pero no tanto como nuestra madre. Los tres hijos de él no utilizan el apellido paterno; ¿cómo estar orgulloso de un padre que los abandona?

Benito pausa el habla para contener una lágrima y reforzar la voz que estaba fallando.

Pienso no cuánto él, con certeza, estaba angustiado.

Yo, me tratando de depresión y ansiedad, me siento mucho vacío, casi la misma cantidad de desánimo, un poco de tristeza, falta de aire, corazón latiendo locamente, exceso de sueño, ligeros aburrimientos, impaciencia e irritaciones, miedo de envejecer, pero no a causa de la vejez en sí misma; es que no quiero continuar más tiempo aquí…

Un deseo de morir. Sin embargo, no desfrutaré esa voluntad porque, de la muerte de mi hermano, tengo marcado a fuego en mi piel lo que sentí y lo que vi sufrir quien se quedó.

 

Pienso que los alacranes no pican por maldad; pican porque es de su naturaleza. Errado es quien los agarra. En la política es la misma cosa.

Equivocado es quién vota olvidando la historia del partido, el pasado del candidato o ignorando sus propuestas.

¿Y el fuego en el Pantanal brasileño?

Un tío dijo “el bosque seguía muriendo, y los árboles seguían votando por el hacha. Ella era astuta, los había convencido que por tener el mango de madera, era uno de ellos.

El hacha volvía porque los árboles en él votaban…


 - Não se percebe o tempo. Ao contrário do peso o tempo não se percebe. Vi algo assim na tradução para o português do livro Elevetion, de Stephen King. Sinto sua ação ou a corroeção com a qual me devora. E só isso capto do tempo. Nisso a gente vai fazendo sempre o mesmo até que num momento qualquer tenta algo diferente¹. Com isso uma coisa acontece: o sujeito cai. Da queda duas coisas acontecem. Uma é que o sujeito se quebra. A outra é que se reergue modificado, melhor. Mas pode-se realmente dizer que se cai porque é fraco e se reergue por ser forte? “A matéria vida é tão fina”².

Um momento para pensar nas palavras de Carlos e beber um gole.

Por causa da pandemia Carlos Glauss, Benito, Girvany de Morais, Josiane Humgria, Gabriel Miguel, Diego Arthur, Bruna Thariny e os colombianos Dolly Cuervo Arcos e Erika Aviles dão um dedo de prosa em videoconferência.

- Aqui, em Ipatinga, o Feirarte reabriu no dia 13 de setembro de 2020. – Diz Benito. – Gostaria muito, muitíssimo de ir. Mas não seria a mim que eu mataria.

- E o que há de mais nisso? O shopping está aberto, as lojas estão abertas, as feiras ao ar livre estão abertas, as igrejas estão aberta. Por que só o Feirarte preservaria a vida? – É o pensamento que Gabriel nos expõe. – E por falar em igrejas... Deus nos ama tanto que aqueles que não O amarem irão para o inferno.

- ¡No! Aún así nos sigue amando. Él es incondicional. – Diz Cuervo.

- Cuervo, – responde Gabriel – creo en el Amor de Dios. Mi ironía es en relación a como la Biblia describe el amor de Dios.

- Como os valores estão trocados. Precisamos de cidadãos do mal. – Fala Benito. Rimos um pouco e Benito continua:

- Setembro é um mês destinado a pensar no suicídio e em apoiar e confortar os que sofrem. Dar força para persistirem. Um de meus irmãos (RHWL) se suicidou; não neste mês, que seria aniversário dele. Senti dor, vergonha e tristeza. Meus outros irmãos passaram por algo semelhante. Minha mãe sofreu muitíssimo mais. Meu pai já era falecido. Minha cunhada se sentiu, no mínimo, muito mal. Os três filhos dele não utilizam o sobrenome paterno; como ter orgulho de um pai que os abandonou?

Benito pausa a fala para conter uma lágrima e reforçar a voz que estava falhando.

- Penso no quanto ele, com certeza, estava angustiado. Eu, em tratamento de depressão e ansiedade, sinto muito vazio, quase o mesmo tanto de desânimo, um pouco de tristeza, falta de ar, coração acelerado, excesso de sono, leves impaciência e irritações, medo de envelhecer, mas não por causa da velhice em si, mas por continuar mais tempo aqui... Desejo de morrer.

- Faz isso não, rapaz. – Diz Girvany por primeira vez em nosso dedinho de prosa. – Também sinto angústias. Se um faz induz a outros...

- Não farei porque, da morte de meu irmão, tenho marcado o que senti e o que vi sofrer quem ficou.

- Algumas vezes é importante dizer para as pessoas o que de positivo achamos dela. Apontar defeito todo mundo aponta, mas elogiar é coisa rara. Esse é o mal, as pessoas dão flores só para os mortos, elogiam somente os mortos; mas ignoram, falam mal e ataca as pessoas quando vivas... Como judeu, herdei a tradição de colocar uma pedrinha no túmulo da pessoa que visito no cemitério. Um dia um rabino me disse que colocamos pedras e não flores no tumulo das pessoas, porque as flores são para ser dadas em vida, e as pedras são para fortalecer a memória de quem foi aquela pessoa.

Fala Diego e todos se calam para pensar nessas palavras e guardá-las para si.

- Recordo de um amigo que estava bravo com a cachorrinha porque quando ia brincar com o animalzinho ela se deitava expondo suas “partes íntimas”. – Bruna introduz novo assunto. – Expliquei a ele que cachorros não fazem sexo naquela posição. E apesar de não raciocinarem sabem por instinto que na barriga estão as partes vitais. Por isso, quando brigamos com os cães eles colocam o rabo entre as pernas e se encolhem, como se quisessem virar uma bola.

- E o ser humano, como age? – Fala Benito e continua com uma quadra – Nas ruas esferas rolam. Elas vão do muito branco ao bem preto. Nessa multidão de esferas apenas uma caminha, todo aberta.

- En nuestra sociedad, ¿hay alguien que se abre? – Filosofa Erika.

Outra pausa de silêncio para pensar nas palavras de Bruna, Benito e Erika.

- Penso que escorpião pica não por ser mau, mas porque é sua natureza. Errado é quem o pega. Na política é a mesma coisa. – Benito retoma a palavra Josiane, que só assimilava, dá sua contribuição:

- Errado é quem vota esquecendo o histórico do partido, o passado do candidato ou ignorando suas propostas.

Depois de todos beberem mais um gole de cerveja e beliscarem algo, Carlos retoma a palavra:

- E o fogo no Pantanal³?

- Alguém disse: “O bosque seguia morrendo, mas as árvores voltavam como machado. Ele é astuto e as convencia que era uma delas porque seu cabo é de madeira”.

Falou Benito e Bruna completa:

- Como disse Josiane, o machado só voltava porque as árvores nele votavam...

- Quanta falta fazem os livros na vida do povo. – Reflete Girvany. 


- Por falar em votos, quais são os candidatos a prefeito em Ipatinga?

Pergunta Gabriel e Carlos Responde:

- Por ordem alfabética: Diego Arthur pelo PCB (17), Gustavo Nunes pelo Partido Só Laranja (17), Jadson Heleno pelo Escravocratas (25), João Magno pelo PT (13), Juliano Nogueira pelo Partido Tudo Bandido (14), Nardyello Rocha pelo Cidadão Nada Valia (23), Nilson Pereira pelo Idiota (51), Rair Anício pelo Partido Socando Trabalhador até Eliminá-lo (16) e Robinson Ayres pelo PSOL (50).

- De Esquerda temos Diego Arthur e Robinson Ayres. – Diz Benito. – Esses dois são pessoas capacitadas e também dignas.

- Só dois?

- Bem, há também João Magno. Agora, para vereador, três nomes são essenciais: Gabriel Miguel, Daniel Cristiano e Lene Teixeira. – Uma pausa para um golinho de cerveja e muda de assunto. – Mas voltemos ao fogo no Pantanal...

- He visto que un tipo siniestro, digo, el ministro Ricardo Salles sacó unas fotos del pantanal y dijo que el incendio estaba controlado. – Fala Erika – Pero las fotos son de la Mata Atlántica, no del Pantanal.

Demos risinhos amargos.

- Hermanos, ya es tarde. Mañana el trabajo nos llama temprano. Y pandemia, fuego y políticos han que ser combatidos. – E Cuervo nos lembra a todos. – La vida requiere lucha.

 

 

Ofereço como presente aos aniversariantes:

Mª Carmo F. Vaz, David da Silva, Jaqueline Rocha, Cassia Tavora, Erikis Sena, Fabim Souza, Edvânia Oliveira, Paulo A. Matlombe, Wolmer Ezequiel e Adriana C. Martins.

 

Recomendo a leitura de:

Versos Ácidos do Vale do Aço” é uma antologia poética que nasceu do desejo de tornar o vale menos cinza. A obra foi escrita por dez poetas. Apoie a literatura e encha sua vida de poesia! Pré-venda: http://wa.me/553198986-5821

“Dizem-me”, de António MR Martins:

http://poesia-avulsa.blogspot.com/2020/09/dizem-me.html

 

¹ GHIRALDELLI JÚNIOR, Paulo. A Tal “Ideologia de Gênero”. A Filosofia Explica Bolsonaro. São Paulo: Leya, 2019. P. 66.

² Trecho adaptado de um verso da música Cajuína, de Caetano Veloso. Disponível https://www.letras.mus.br/caetano-veloso/44704/ . Acesso 28 Mar 2019.

³ Sobre o incêndio de 2020 no Pantanal:

https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2020/09/05/pericia-afirma-que-incendio-no-pantanal-mato-grossense-foi-intencional.htm

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-54159499

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-09/pf-e-orgaos-estaduais-apuram-causas-de-incendios-no-pantanal

 


Rubem Leite
é escritor, poeta e crontista. Escreve  todo domingo neste seu blog literário: aRTISTA  aRTEIRO.

É professor de Português, Literatura, Espanhol e Artes.

É graduado em Letras-Português. E pós-graduado em  “Metodologias do Ensino da Língua Portuguesa e  Literatura na Educação Básica”, “Ensino de Língua  Espanhola”, “Ensino de Artes” e “Cultura e  Literatura”.

Autor dos artigos científicos “Machado de Assis e o Discurso Presente em Suas Obras”, “Brasil e Sua Literatura no Mundo – Literatura Brasileira em Países de Língua Espanhola, Como é Vista?”, “Amadurecimento da Criação – A Arte da Inspiração do Artista” e “Leitura de Cultura da Cultura de Leitura”.

Foi, por duas gestões, Conselheiro Municipal de Cultura em Ipatinga MG (representando a Literatura).

Imagens:

Caipora: https://www.facebook.com/photo?fbid=4155148261234435&set=a.414162075333091

Versos Ácidos do Vale do Aço: Roberta Rocha.

Foto do autor pelo autor.

 

Manuscrito 01/12/19. Trabalhado entre os dias 28 de março e 20 de setembro de 2020.

domingo, 13 de setembro de 2020

O BEM É COMO FLOR MEDICINAL, SE BEM CUIDADA VINGA

 


 

Em um país muito grande e bonito há uma escola de super-heróis que se evolucionaram dos poderosos dinossauros: os Super-Galos.

O seu mestre, o Grande Galo, ensina aos seus alunos técnicas de artes marciais e a usarem os seus superpoderes.

Nesse mesmo país também vivem seres retrógrados e por isso tem uma ganguezinha de mafiosos azuis que planejam implantar um sistema de terror e depois destruir o mundo.

Uma vez dois integrantes da máfia azul: o líder Pó Rela no Pé e o Senado Aessim estavam em um helicóptero com toneladas de cocaína quando foram detidos pelos Super-Galos, mas o único que se manteve preso foi o piloto, pois era pobre e, para os supervilões, não merecia apoio.

Porém para cada supervilão há um super-herói. E os galináceos planejaram minuciosamente ir a sede da máfia azul (também conhecida como Toquinha da Rarrapoçinha do Rabo Felpudo) para desbaratar a ganguezinha de mafiosos.

E em plena luz do dia os alunos com faixas preta e branca, chefiadas pelo Grande Galo, extinguiram o grupo de extermínio com seus superpoderes. Foi assim que os Galináceos salvaram o mundo outra vez.

Mas o mal é como erva daninha, surge outra vez.

Em outro ponto do país, no jardim do Palácio do Planalto, moravam emas, parentas dos galináceos e também descendentes de dinossauros.

O supremo ser das trevas, aquele que não pode ser nomeado, mas conhecido como Capitão Cloroquina, covarde como é teme as emas e por isso mandou retirá-las como Zemagogo retirou os moradores do Quilombo Campo Grande:

Zemagogo, também membro da máfia azul, mandou a polícia queimar as plantações, derrubar a escola, casas e qualquer outra edificação e com truculência expulsou as quase quinhentas famílias de moradores.

Uma vez que o Jardim do Palácio do Planalto ficou despovoado das opositoras do Vocessabequem este a repovoou com rarraposinhas, suas cúmplices.

Mas o bem é como flor medicinal, se bem cuidada vinga.

Os galináceos receberam as emas e estão treinando-as para o combate. Pois fascistas não passarão e neoliberais não ficarão nem em Minas nem no Brasil.

 

 

Ofereço como presente aos aniversariantes:

Sara Santos, Tiago Bastos, Ricardo Alves, Barbara Brasil, Cecilia Marchesi, Gabriel Buda e Wenderson Godoi.

 

Recomendo a leitura de:

Versos Ácidos do Vale do Aço” é uma antologia poética que nasceu do desejo de tornar o vale menos cinza. A obra foi escrita por dez poetas. Apoie a literatura e encha sua vida de poesia! Pré-venda: http://wa.me/553198986-5821

 


Rubem Leite
é escritor, poeta e crontista. Escreve todo domingo neste seu blog literário: aRTISTA aRTEIRO.

É professor de Português, Literatura, Espanhol e Artes.

É graduado em Letras-Português. E pós-graduado em “Metodologias do Ensino da Língua Portuguesa e Literatura na Educação Básica”, “Ensino de Língua Espanhola”, “Ensino de Artes” e “Cultura e Literatura”.

Autor dos artigos científicos “Machado de Assis e o Discurso Presente em Suas Obras”, “Brasil e Sua Literatura no Mundo – Literatura Brasileira em Países de Língua Espanhola, Como é Vista?”, “Amadurecimento da Criação – A Arte da Inspiração do Artista” e “Leitura de Cultura da Cultura de Leitura”.

Foi, por duas gestões, Conselheiro Municipal de Cultura em Ipatinga MG (representando a Literatura).

Imagens:

Versos Ácidos do Vale do Aço: Roberta Rocha.

Foto do autor pelo autor

 

Escrito na noite de 18 de março de 2019. Trabalhado entre os dias 27 de agosto e 13 de setembro de 2020.

domingo, 6 de setembro de 2020

QUERO FICAR DORMINDO, MAS HÁ QUE COLHER O POMO

 

Estado de luto pela morte de Renato Napoleão, professor de Geografia em Timóteo e pré candidato a vereador em Ipatinga.

Em primeiro de setembro de 2020 foi morto pelo covid-19 e outras complicações agravadas pelo sars. O que equivale a dizer que fora assassinado por Boçalnato, por Zemagogo e, igualmente, por cada um que votou nesses seres das trevas.

Não esqueçamos que os cúmplices desse e outros muito mais de cem mil assassinatos pelo covid-19 são os prefeitos de Ipatinga e Coronel Fabriciano (Nardielo Rocha e Marcos V.S. Bizarro) assim como dos vereadores de Ipatinga que fizeram em plena pandemia uma moção de aplauso ao Boçalnato:

Os bandidos Adelson Fernandes, Ademir Cláudio, Adiel Oliveira, Avelino Cruz, Cassinha Carvalho, Fábio Pereira, Chiquinho, Gustavo Nunes, Rominalda Paula, Nilsin Transnil (autor da moção), Toninho Felipe, Ley do Trânsito e pastora Márcia Perozini que nega e renega o segundo mandamento “Não usar o Santo Nome de Deus em vão”; e os demais, a exemplo dela, não medem esforços para desadorar a Deus e odiá-lo sobre todas as coisas.

 

Amanhã será Sete de Setembro, 198º aniversário da Independência do Brasil. Contudo, essa data é machista e xenófoba. A verdadeira proclamação da Independência fora cinco dias antes pela Princesa Leopoldina, uma intelectual de origem austríaca. Esta, ao receber uma carta do Rei ordenando a volta do Príncipe Regente a Portugal e o retorno do Brasil, também conhecido como Reino Unido a Portugal e Algarves, à condição de colônia. A Princesa convocou o Conselho de Estado e assinou o decreto de proclamação da independência.

O Príncipe Dom Pedro nada mais fez que repetir no dia sete as palavras de sua esposa.

 


Sobre a foto no alto da prefeitura, infelizmente minha câmara de celular não tem zoom. Assim não pude registrar os detalhes, mas na ocasião da publicação desse cronto é possível ir à PMI confirmar a veracidade.

Por outro lado, como prova do conhecimento histórico dos representantes do povo:

Na ocasião da comemoração em que o Brasil se torna Império, a estampa exposta no alto da prefeitura está velha, amassada, rasgada, desbotada e tem escrito na parte de baixo, como uma faixa que se dobra em um parte superior inteiriça escrito “República Federativa do Brasil” e duas partes na parte de baixo escrito em uma delas “15 de Novembro” e na outra “de 1889”.

Nossos representantes sequer sabem a diferença entre Império e República assim como ignoram o povo e o bem estar público.

 

Em Português:

 

“Escrevemos a partir de uma necessidade de comunicação e de comunhão com os demais, para denunciar o que dói e compartilhar o que dá alegria”.

(Eduardo Galeano).

 

No silêncio do meu quarto falo para a sombra.

- Não tem um só dia que não peço à Morte: “Leve-me daqui. Tira-me daqui”. Mas a Arte me fala: “Consola-te comigo e te fortalecerei”.

A arte é tão diversa. Tem momentos que é bela e outros que é feia. Também pode ser sutil ou barulhenta. Porém, a Morte é silenciosa e chega a quem não a quer com muito mais presteza do àqueles que a desejam.

Da sala ouço:

- Ele não faz nada em casa.

A casa é minha. – Penso. – Estou tratando de depressão e ansiedade. Não mentiria se eu dissesse que cem por cento de todos os gastos da casa sou eu quem pago. Quase todos os dias eu faço o almoço; minhas roupas eu lavo.

- Você é besta. – Em mim ouço meus amigos dizendo. – Responder-me me cansa. Então escrevo em quadra para ficar só pra mim:

Por que o sono tarda a chegar?

Quem quer ficar acordado, dorme.

Eu, eu tenho vontade de ler,

Mas só quero dormir.

A Arte me diz: Veja como expurgo sua dor. Venha até mim e me siga.

 

 

En español:

Escrito originariamente en español y después reescrito en portugués.

 

QUIERO QUEDARME DORMIDO,

PERO HAY QUE COSECHAR LA MANZANA

 

“Comenzamos con la necesidad de comunicación y comunión, como lo haces tú, para informar o lo que compartes o lo que te hace feliz”,

(Eduardo Galeano).

 

En el silencio de mi pieza charlo a la sombra.

- No hay uno solo día que no pido a la Muerte: “Llévame; sáqueme de aquí”. Pero el Arte me habla: “Consuélate conmigo y te fortaleceré”.

El Arte es tan diversa. Ay ratos que es bella y otros que eres fea. También puede ser sutil o alborotadiza. Sin embargo, la Muerte es silenciosa y se acerca a quien no la quiere con una dedicación de causar envidia a aquellos que a desean.

De la sala oigo:

- Él no hace nada en la casa.

La casa es mía. – Pienso. – Me trato de depresión y de ansiedad. No mentiría se hablase que cien por ciento de todos los gastos de la casa soy yo que pago. Casi todos los días el almuerzo lo hago; mis ropas lo lavo.

- Eres un tonto. – En mí oigo mis amigos platicándome. – Contestarme me enfada. Entonces escribo una cuadra para quedar-se solamente conmigo.

¿Por qué el sueño retrasa tanto a llegar?

Quien quiere quedarse despierto, duerme.

Yo, yo tengo ganas de leer,

Pero solo quiero dormir.

El Arte me dice: Vea como expurgo su dolor. Venga hacia a mí y sígame.

 

 

Ofereço como presente aos aniversariantes:

Maxwell Pêgo, Gustavo Henrique e Will Delarte.

 

Recomendo a leitura de:

“Inesperadas Partidas”, de António MR Martins:

http://poesia-avulsa.blogspot.com/2020/08/inesperadas-partidas.html

 

Sobre a Independência do Brasil:

https://cecgp.com.br/antes-da-proclamacao-feita-por-d-pedro-i-maria-leopoldina-assinou-o-decreto-de-independencia-do-brasil/

https://asminanahistoria.com/2016/05/03/voce-sabia-que-uma-mulher-assinou-o-decreto-da-independencia-do-brasil/

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45424583

 


Rubem Leite
é escritor, poeta e crontista. Escreve todo domingo neste seu blog literário: aRTISTA aRTEIRO.

 É professor de Português, Literatura, Espanhol e Artes.

 É graduado em Letras-Português. E pós-graduado em “Metodologias do Ensino da Língua Portuguesa e Literatura na Educação Básica”, “Ensino de Língua Espanhola”, “Ensino de Artes” e “Cultura e Literatura”.

Autor dos artigos científicos “Machado de Assis e o Discurso Presente em Suas Obras”, “Brasil e Sua Literatura no Mundo – Literatura Brasileira em Países de Língua Espanhola, Como é Vista?”, “Amadurecimento da Criação – A Arte da Inspiração do Artista” e “Leitura de Cultura da Cultura de Leitura”.

Foi, por duas gestões, Conselheiro Municipal de Cultura em Ipatinga MG (representando a Literatura).

Imagens: fotos do autor.

 

Escrito na tarde de 24 de junho de 2020. Trabalhado entre os dias 27 de agosto e 06 de setembro do mesmo ano.